sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

63º - Você acha que Luan volta pra casa?

- Entra Mari! - Abri a porta pra minha sogra e cumprimentei ela. 
Era domingo e a família do Luan iria almoçar em casa, já que ele havia saído a apenas um dia do hospital e a mãe estava preocupada. Bruna ainda não conhecia a casa e veio também. 
- Cadê o resto?! - Perguntei sorrindo. 
- Estão subindo. - Ela sorriu. - E Luan? 
- Passou a noite bem, dormiu bem, e tudo mais. Sem dor também. Ajudei ele a ir tomar banho agora a pouco, ele quis. Só está com um humor um pouco ácido por causa dos shows. 
- É melhor assim, ele pode se recuperar melhor em casa. 
- Não tem nem condições né… - Falei indo pra cozinha com ela. - Eu disse pra ele, aproveitar em casa esse tempinho, nunca fica aqui em SP mesmo. 
- Verdade querida. 
- Eu ia comprar comida, mas o Luan não me deixa sair sozinha de metrô e nem de taxi que ele não conhece, então sair pra comprar hoje era meio impossível. O máximo que consegui foi ir num mercado aqui perto, espero que dê certo. - Disse rindo e chamei ela pros quartos.
- Luan, seus pais chegaram. - Ele estava sentado vendo TV com a perna esticada na cama.
- Chama eles aqui amor.
Mari entrou e foi falar com ele e eu ouvi as vozes de Bruna e do pai, então fui recebê-los. Seu Amarildo ainda foi seco comigo, mas Bruna já era quase um amiga e foi super simpática, mas voltei pra cozinha enquanto eles viam o Luan também. Resolvi deixar eles lá um pouco e sentei na sala até que Bruna apareceu. 
- Ele está bem. - Sorriu se sentando comigo.
- Está! - Falei sorrindo. - Foi só um susto. 
- Nem parece o mesmo que estava no hospital. 
- Ele comeu bem ontem, jantou aqui com seus pais, com Rober, hoje tomou café, e não comia bem no hospital. 
- É, e tem a questão de estar em casa também.
- É claro que vai se sentir melhor em casa né? - Sorri. - Vem conhecer o apartamento. - Chamei e ela saiu comigo. 
Apresentei todos os locais pra ela. 
- Ficou lindo aqui, a cara de vocês, sabe? 
- Eu gostei, é pequeno mas é tão nosso, sabe? A gente não precisa de um lugar enorme. 
- Claro, vocês ficaram bem aqui. 
- Estou feliz Bruna, só preciso que Luan resolva isso… Isso magoa ele, eu não quero sabe? 
- Meu pai vai perceber. - Ela sorriu e eu fui ver a comida com ela. - Você cozinha bem assim? 
- Não cozinhava, mas eu aprendi algumas coisas aqui. - Disse. - Fiz um curso, vejo algumas coisas na internet. Seu irmão gosta, ele fica querendo comprar toda hora, mas é complicado, aqui pelo menos é melhor pra nós dois. Mas quando é só pra mim, eu quase nem faço. - Sorri. 
- Quando você faz 18 Liz? 
- No início do ano, quase de começar as aulas. - Fiz careta. - Espero já estar na faculdade até lá. 
- O que você vai fazer? 
- Arquitetura, quero passar na USP. Não é longe daqui. 
- Isso é bem interessante. 
Escutamos Mari me chamar e fomos até o quarto. 
- Oi…
- Luan… - Ela riu apontando.
- Amor, cadê você? 
- Estava vendo a comida e mostrando a casa pra sua irmã. - Me aproximei sobre os olhares atentos da sua família e coloquei a mão sobre a testa. Ficava “medindo” a febre direto, com medo. 
- Não estou com febre muié. - Ele riu e pegou minha mão beijando. - Ela fica toda hora fazendo isso. - Disse pra mãe e eu sorri. - Quero um remédio de dor. - Pediu. 
- Muita dor? 
- Não, só um pouco, mas pra não ficar pior já. 
- Vou pegar, calma. 
Sai em direção a pequena farmácia que o médico havia receitado pra diversas coisas e peguei o de dor. Peguei um suco e levei pra ele, que tomou tudo. 
- A comida está quase pronta. - Disse pra eles.
- Me ajuda ir pra lá? - Luan pediu pra mim. 
- Fica um pouco aqui ainda, daí você já vai direto pra mesa e poupa um pouco essa perna pra ela parar de doer. 
- Isso meu filho, daí você só precisa andar uma vez. 
- Quero ficar um pouco na sala depois, pode ser? - Pediu. 
- Pode, eu levo o negócio de você apoiar a perna. 

A comida estava pronta e Bruna me ajudou a colocar a mesa. Depois fomos até o quarto chamar seus pais e peguei a muleta do Luan pra ele ir até a sala. Seu pai ofereceu ajuda e ele negou, com calma, sem brigas. 
- A Liz só vai do meu lado por medo de eu cair mesmo. - Ele riu e eu fui ao seu lado. 
Sentamos na mesa e eu servi ele, que lamentou muito muito a mão boa ser a esquerda. 
- Quer que eu te ajude? - Pedi colocando suco pra ele. 
- Não amor, só quando a gente está sozinho. - Ele disse baixinho. 
- Não acredito que você dá na boca pra ele Liz! - Mari acusou e ele ficou vermelho enquanto a gente ria. 
- Tadinho, ele fica nervoso quando não consegue. - Disse rindo.
- Que vergonha Luan! - Bruna tirou uma dele e todos riram.
- Isso aí é inveja sua. - Acusou. - Só por que minha menina cuida de mim. - Mostrou a língua e nem o Seu Amarildo disfarçou a risada. 
Comemos naquele clima, depois começou um jogo na sala do Corinthians e ele foi ver com o pai. Fiquei fazendo bolo com a Mari e fizemos cookies, já que o Luan adorava. Contei pras elas sobre meus planos pra faculdade e o quanto Luan me apoiava. 
- Mentira que ele te ajuda. - Bruna falou. 
- Ele me ajuda muito, sempre. - Sorri. - Tarefas, trabalhos, tudo… 
- E como vocês se conheceram? - Mari perguntou. 
- Numa festa, na boate do pai do meu melhor amigo. Era aniversário dele e ele conseguiu que o pai deixasse a gente entrar. - Sorri pra ela pegando suco pra nós. - Foi ali que conheci ele. E eu não sei como tudo isso foi acontecer. 
- Eu gosto de você Liz. - Mari disse. - Sei que meu filho está em boas mãos. 
- Você não sabe como é bom ouvir isso Mari. - Sorri tímida. 
- Amarildo também vai perceber. 
- Eu espero, Luan fica tão triste com isso. 
- Vai dar tudo certo querida. 
Assim que ficou pronto comemos na sala. Levei pro Luan dei o bolo na boca, mesmo ele sendo zuado pela família, por que não podia segurar o prato e comer com a mão esquerda ao mesmo tempo. Os cookies ele comeu sozinho. 
- Está ficando cada vez melhor Liz, vou engordar esses dois meses em casa. 
- Estou vendo mesmo. - Mari riu. - Ficar forte filho. 
- Ela está querendo me engordar pra me cozinhar igual no João e Maria. - Disse e todo mundo riu. - Mãe! - Gritou. 
- Oi Luan. 
- Você deixa eu casar com a Liz? - Riu e fiquei envergonhada. 
- Deixo ué. 
- Alá amor, ela deixou! - Ele me deu um beijo no rosto. 
Até que foi um domingo agradável. 

Bruna POV.

- Mãe, você acha que Luan volta pra casa? - Perguntei no carro enquanto voltávamos de uma tarde agradável. 
- Não, eu duvido. 
- Você tem que pedir desculpas. - Falei séria pro meu paí. 
- Ele não volta nem se seu pai pedir perdão de joelhos. Ele está bem lá, ela faz bem pra ele. - Ela olhou pro meu pai. - Você jogou ele no colo dela, e não percebeu. Não viu que o que você fez só fez ele ir embora de uma vez. - Ela sorriu e me olhou. - Mas ela faz bem pra ele, fazia tempo que não via ele tão feliz. Ela está cuidando dele tão bem, com um carinho tão puro… Só seu pai não viu ainda. 

Posto mais hoje depois de 12 comentários. ♥ 

11 comentários:

  1. que amor os dois, que a paz reine pra sempre kkkkkkkkkk
    mas eu sei que a Paula aparecerá já

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  2. Casal perfeito! Continua

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  3. Por isso que eu amo tanto a Mari <3 Quero maaais. Isa

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  4. Que bom que o Amarildo da quebrando o gelo nem que seja aos pouquinhos, Luan com vergonha eh muito fofo kkk
    Mari e Bru apoiando eh td, tenho medo do que estar por vir, a Paula ta muito sumida pro meu gosto.
    Cont amre

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  5. Leitora nova. Meu Deus to apaixondaa 😍😍 pode continuar linda

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  6. ah mari por isso q te amo q fofo esse cap cont
    cátia

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  7. Que a paz continue reinando entre eles.

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  8. Tão fofos. Todos gostam dela menos o Amarildo que fica com um pé atrás ainda.

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