61º - Vamos cuidar dele.

Dedicado à Isabella Lopes, ou a minha Bela dos boys. Haha

Rober POV. 

Andava de um lado pro outro desesperado com o Dudu. Haviam ligado pra ele, que ligou pra mim e agora a gente estava na emergência de um hospital que eu nem sei qual é. Pedi a transferência pro hospital do plano dele, mas primeiro seriam feito os primeiros socorros.

Ele havia sofrido um acidente bem feio. O carro ficou bem estragado e pegou em cheio na lateral do Luan. Estava morrendo de medo. 

- O que a gente vai fazer? - Pedi pro Dudu. 

- Tem ligar pros pais dele. 

- Ja liguei no caminho. Daqui a pouco sai a notícia. - Suspirei. 

- E a Liz? 

- Tem que avisar ela, o pai dele querendo ou não. Ela está morando com ele. 

- Você tem o telefone? Eu ligo. 

- Não sei, acho que não. - Procurei. - Não tenho, e o que eu faço? 

- Calma, ele vai ficar bem. - Ele disse. - Só tinha que avisar ela antes de sair a notícia. Se não ela vai se sentir mal e ele pode ficar bravo depois. 

Ficamos alguns minutos ali até que seus pais entraram rápido na nossa direção com a irmã. Dona Mari estava nervosa, e Bruna veio me abraçar. 

- A gente não sabe nada ainda. - Falei. 

- Meu Deus, protege meu filho. - A mãe dele falou se sentando e o pai foi tentar acalma-lá. 

Bruna questionou o que eu sabia e eu expliquei por cima, na sabia quase nada.

- Mas parece que não é tão grave. 

- Tem que ligar pra Liz. - Ela falou. - Eu não tenho telefone dela. 

- Já tentei também, e não tenho. 

- Ligar pra quem? - Seu pai perguntou. 

- Não é hora Amarildo! - A mãe olhou feio pra ele e fiquei sem entender a tensão.

- Espera ele acordar. 

- Não, ele vai querer ela aqui, já sei como conseguir esse telefone. - Ela saiu andando pra fora do hospital e Bruna foi atrás, então voltamos a ficar em silêncio. 

Liz POV. 

Havia ido dormir cedo, quase quando ele saiu. Quando ele estava comigo, era difícil a gente dormir bem, sempre estávamos juntos. Aproveitei que ele avisou que chegaria bem tarde e dormi muito.

Era mais ou menos umas 06h00 quando acordei com o barulho do meu celular tocando. Luan não estava. A cama e eu estranhei, já que achei que o tarde ele era pelo menos mais cedo que isso. Atendi sem ver quem era e me surpreendi com Marquinhos na linha. 

- Nossa, é muito cedo, não acha? - Reclamei falando sem dar espaço pra ele. - Seu amigo ainda não chegou, não sei o por que, achei que ele já tivesse voltado. Só se dormiu na sua cama. 

- Liz, espera, me escuta. 

- O que foi? 

- Luan sofreu um acidente. - Meu coração parecia parar. - As notícias já estão na TV, mas não vê, se troca que Bruna está passando pra pegar você. 

- É grave? - Foi a única coisa que consegui dizer.

- Não muito, acho que ele não corre risco. A Mari que me ligou e pediu pra mim te avisar. Eu não sei de muita coisa, e estou nervoso também. - Disse aflito.

- Como ela sabia? - Disse me levantando e pegando uma roupa. 

- Ela disse que Luan chegou a comentar algo. Enfim. Bruna deve estar chegando. 

Assim que desliguei entrei no banho correndo. Sentia tanto medo, que nem consegui chorar ou algo do tipo, só me arrumei e sentei na cama quando meu telefone tocou e era Bruna, dizendo que já estava lá embaixo. Peguei minha bolsa, alguns documentos do Luan que estava guardado pra alguma emergência, não sabia se ia precisar, e sai. Bruna me recebeu com um sorriso fraco e me deu um beijo, depois em apertou forte num abraço.

- Ele… 

- Não sabemos nada ainda, mas o carro ficou muito quebrado, pegou bem do lado dele, o cara estava bebado, mas parece que não se machucou muito.

- Isso que indigna, mas ele vai ficar bom? 

- Acho que sim, ele se machucou bastante; mas nada de muito assustador, pelo menos foi o que a enfermeira falou. 

- Meu Deus, como isso foi acontecer? - Levei a mão na cabeça. 

- Estou muito assustada. - Ela quase começou a chorar. - Ele sempre foi cuidadoso. 

- Eu estou tão assim ainda que nem acredito. - Passei a mão por seu ombro. - Não chora, seu irmão é forte. 

- Eu sei, eu sei. Vai passar. 

Logo chegamos ao hospital e encontramos seus pais e dois amigos do Luan. O Dudu eu ainda não conhecia, mas Rober logo me apresentou ele. Mari estava chorando, e eu tentei acalmar ela, Bruna se preocupou e disse que pegaria algo pra ela comer de café da manhã. Seu pai também estava bem nervoso e eu preferi não chegar muito perto. Não queria que ele se preocupasse comigo ainda. Bruna me chamou pra ir até uma padaria com ela e eu fui. Sentamos e tomamos café juntas, já que ela estava muito nervosa também. 

- Minha mãe tem um negócio se eu derem notícias logo. 

- Eu imagino, por que meu Deus Bruna… - Falei sentindo as lágrimas caírem. - Eu não sei o que eu faço se algo acontecer com seu irmão. Eu amo ele demais. 

- Eu sei, eu sei. - Ela passou a mão pelo meu rosto. - Não vai acontecer nada, fica tranquila. 

Não demoramos muito e Bruna escolheu algumas coisas pra levar pra mãe. 

- Vamos pegar pro seu pai Bruna. Ele estava bem nervoso. 

- Deve estar se sentindo mal por que brigou com o Luan não é? Ele contou que foi falar com ele ontem. - Ela fez careta. - E você ainda se preocupa com ele. 

- Ele só quer o bem do seu irmão. 

Voltamos pro hospital e fiquei conversando com Mari pra ela comer. Bruna foi olhar o pai e Rober andava de um lado pro outro atendendo mil telefonemas. Graças a Deus não demorou pra receber notícias. O médico veio até nós e disse que ele já havia sido transferido pro outro hospital, mas garantiu que Luan estava bem e não corria riscos. 

Fomos de carro até o outro local, esperamos um pouco e depois que ele estava instalado o médico apareceu. 

- Ele está bem, não vai precisar passar por cirurgia ou algo assim, mas quebrou uma perna e um braço. Está com alguns hematomas mas vai ficar bem. - Ele nos acalmou e eu respirei aliviada. - Mas vai precisar de repouso e cuidados. Ele também está um pouco nervoso, queria que alguém fosse acalma-lo. 

Fiquei quieta já aliviada dele estar bem e quem entrou foi a Mari. A angústia por ela sair e dar notícias foi grande, mas eu fiquei quietinha. 

- Ele já está bem Liz. - Rober se sentou ao meu lado. 

- Acho que esse nervoso só vai passar quando eu ver ele. 

- Pede pra entrar, ele deve ter chamado por você. 

- Não, de forma alguma. Tem a família dele ainda, eles já são meio assim comigo e eu não vou entrar no lugar deles nunca. 

- O pai dele queria que te avisassem só quando ele perguntasse. - Ele fez careta. - Mas eu não deixei, Mari ficou brava e tudo mais. 

- Ele não vê que está fazendo mal ao Luan. - Disse. - Mas obrigado. - Abracei ele. 

- Só fiz o que ele ia querer. 

Ele ficou conversando comigo mais um tempo e depois Mari chegou. Ela estava bem sorridente, dizendo que ele estava bem. Só tinha um pouco de dor, mas estava bem. 

- Ele pediu pra ver você. Está meio agitado, quer você lá. - Disse pra mim, mas eu neguei. 

- Não Dona Mari, tem a Bruna, o seu marido ainda. - Disse. 

- Ele quer ver você. - Bruna disse. - Não pode ficar nervoso. Eu vou depois. Meu pai não vai se importar. 

- Tudo bem pro senhor? - Perguntei e ele só afirmou, então eu entrei ansiosa. 

O enfermeiro me levou pra um quarto e ele estava deitado. Assim que abri a porta já vi que estava bem machucado, com alguns arranhões no rosto, mas nada demais, mas tinha o braço engessado e a perna também. 

- Minha menina. - Ele chamou assim que me viu. 

- Oi meu amor… - Disse sorrindo e beijei seu rosto com cuidado, acariciando ele. - Você quase me matou de susto. Não faz isso comigo mais. 

- Desculpa minha princesa. Estava louco pra te ver, estou agitado, não consigo parar quieto, esses trens no meu braço.

- Está com dor? 

- Mais ou menos, me deram um remédio forte, e falaram que não pode ninguém ficar aqui hoje pra mim dormir. Você dorme aqui comigo? 

- Não sei se posso amor, sou menor ainda. - Disse. 

- Mas emancipada. Será que não pode? 

- Se puder eu fico, mas acho que tem que ser homem também. 

- Se minha mãe mandar meu pai eu mando ele embora. 

- Não é hora de brigar. - Repreendi.

- Eles te avisaram, certinho? 

- Sim. - Omiti a parte que Rober me contou. - Avisaram. 

- Pedi pra minha mãe não deixar ele maltratar você. - Disse.

- Luan, por que não gasta suas energias em ficar bom? Faz tudo que os médicos pedirem. 

- Está tudo bem comigo, ele fizeram bastante exames, mas estavam preocupados com traumatismo, mas não deu, está tudo tranquilo. Não vai se livrar de mim tão cedo. 

- Fiquei tão preocupada, como medo de perder você. - Sequei algumas lágrimas que caíram. 

- Meu amor não chora por favor… - Ele pediu. 

- Estou mais calma agora. - Limpei meu rosto e fiquei ali algum tempo com ele mas me pediram pra sair pra ele tomar um remédio e descansar. 

Foi proibido a visita durante aquele dia e fomos todos pra casa descansar, mas voltei ao hospital de noite pra dormir com Luan e consegui, então avisei que o pai não precisava ir pra Bruna. Ele estava bem sonolento e não deu trabalho. Na manhã seguinte fui pra casa descansar e sua mãe ia ficar de dia. Quando cheguei lá em baixo seu pai pedia recomendação de enfermeiras por que aparecia que Luan sairia na manhã seguinte. 

- E como vai ser? - Perguntei pra Mari. 

- Ele vai voltar pra casa querida. 

- Vamos cuidar dele. - Disse seu pai me olhando serio. 

Eu sabia o que iria acontecer. Ele não ia me deixar ver o Luan. 

Caprichem pra mim que hoje tem mais! Beijos...

Queria agradecer os comentários lindos em especial o da Conexão Santana, eu amei! E me desculpem pelo atraso... ♥