58º - Na minha casa essa menina não entra mais!

Dedicado pra Laura Nunes!

Está aqui seu extra, desculpa passar do seu dia, queria dedicar o extra como pediu, mas eu me atrasei. Esse é pra você. Parabéns, muito obrigado pelo comentário e por estar aqui lendo! Feliz aniversario linda!

Liz POV. 

Depois do jantar meio fracassado meio surpresa na casa do Luan, fomos pra casa. Eu já esperava ser recebida daquela forma pelo seu pai. Me senti muito mal pelas coisas que ele começou a falar sobre a Paula, mas eu sabia que o que ele queria, e não ia deixar. 

- Você está bem? - Meu anjo me perguntou quando tirava nos sapatos no sofá. 

- Estou, acho que foi só um susto. 

- Tem que colocar despertador pra tomar remédio certinho. - Ele falou vindo na minha direção com os meus saltos na mão e colocou em um canto. - Não liga pro que meu pai falou, por favor. 

- Não, eu sei o que ele quer. - Disse. - Ele não vai afetar a gente. Estou feliz, pela sua irmã. E pela sua mãe também, acho que ela gostou de mim. - Fiz um careta e sorri. 

- Tem como não gostar? 

- Você é suspeito! - Passei a mão pelo seu pescoço e ele me deu selinhos delicados. 

- Vou te dar um banho, o que acha? 

- Igual neném? - Ri, brincando com o apelido dele. 

- Ué, é isso que você é. - Rimos e ele pegou em minha mão me puxando pro nosso banheiro. 

Ainda no quarto tirou meu vestido abrindo os zíper nas costas e depois o sutiã. Eu mesmo tirei a calcinha e fui até o banheiro com as roupas pra colocar no cesto enquanto ele se despia sozinho. Liguei o chuveiro no quente e entrei, cuidando pra não molhar meu cabelo, e logo Luan entrou também. A gente ficou trocando carinhos, mas nada demais, e não demorou pra sairmos. 

- Sua irmã quer vir conhecer nossa casa. - Disse, enquanto estava deitada sobre seu peito. 

- Não sei ainda. Vamos esperar um pouco, ver como as coisas vão ficar por um tempo, e depois podemos convidar ela pra jantar aqui. 

- Ela me disse que vê que você está feliz, então ela gostou de mim. - Disse sorrindo. 

- É claro que sim princesa. Ela disse que quer ser sua amiga. Mas a Buna é meio louquinha, não vai muito na onde dela, por favor. 

- Tudo bem senhor! - Rimos. 

- Está me chamando de velho? - Fingiu estar inconformado. 

- Só um pouco. - Rimos. 

- Está preparada pro fim de semana? 

- Meu Deus, não! Quero nem pensar nisso agora. - Rimos. - Amanhã eu estava pensando em chamar meus amigos. Queria que você conhecesse eles melhor. 

- Tudo bem, podemos fazer tipo uma festinha. 

- Não, amor, uma coisa simples. Tipo pizza. 

- Tudo bem sua coisa. - Disse. - Preciso ir no escritório a tarde, mas posso te deixar no shopping ou algo do tipo, depois a gente vem pra casa. 

- Você tem que ir pra casa dos seus pais. 

- Amanhã a gente vê isso princesa. - Ele apagou a luz do abajur. 

- Vamos dormir agora. 

- Vamos agarradinhos. 

O despertador tocou cedo pra mim tomar o remédio e quando estava voltando pro quarto Luan veio atrás de mim todo dengoso me abraçando. 

- Senti sua falta na cama. 

- Vamos voltar a dormir amor.

- Tomou o remédio direitinho? 

- Tomei meu anjo. 

Então vamos. 

Só levantamos pouco antes da hora do almoço quando sentimos fome.

- Vamos almoçar no shopping? - Ele perguntou. 

- Vamos. 

Tomamos banho juntos e depois saímos de casa. Luan foi dirigindo até o Ibirapuera, onde saímos de mãos dadas. Era próximo de casa e do escritório também. Fomos parados algumas vezes e eu fiz a função de fotografa, mas ninguém questionou minha presença, só que chamou a atenção e fomos fotografados. 

- Sinto muito. - Disse sentando na mesa de um restaurante. 

- Não tem nem o que Luan, é sua vida. 

- Você é incrível. - Disse.

Nós dois almoçamos conversando e depois fomos até uma loja de bebidas comprar algumas pro nosso jantar, já que já tinha convidado meus amigos. Luan levou as bebidas pro carro depois de se despedir de mim, já que ia ficar no salão fazendo as unhas e uma escova enquanto ele ia até o escritório. Não estava muito a fim, mas ele insistiu dizendo que não queria que ficasse sozinha. Então eu fiquei lá até ele me ligar de volta pra me pegar.

Luan POV. 

Cheguei no escritório cheio de sacolas e tava uma confusão de um lado pro outro. 

- Nossa, o que está acontecendo em plena terça-feira? 

- Saíram suas fotos no shopping e tem um monte de jornalistas ligando e…

- Aí que sono dessa história. - Disse levando as coisas pra pequena cozinha que a gente tinha ali e guardando na geladeira. 

- Luan, você está aí! - Meu pai apareceu. 

- Oi pai. 

- Quero falar com você, agora! - Disse sério e saiu andando pra sala dele. 

Respirei fundo e sai atrás né, já imaginando a bomba. 

- Você deu um apartamento pra ela? - Perguntou e eu fiquei confuso. 

- Não entendi pai. 

- Você colocou o apartamento que ela está morando no nome dela. - Afirmou. - Você tem problema Luan? Pelo que você disse esse apartamento vale dinheiro demais! Você fica apaixonado e sai fazendo besteira! - Começou a se alterar. - Quando vai me escutar? Depois que quebrar a cara? 

- Pai, relaxa. - Disse. - Não está no nome dela. 

- Não está no seu também. Eu fiz a pesquisa, não consta aqui Luan! - Disse nervoso. - Você não tem juízo. 

- Não coloquei no nome meu por que sabia que você faria a pesquisa e poderia descobrir. - Disse. - Mas também não coloquei no nome dela pelo mesmo motivo. Fiquei com medo do pai dela fazer essa pesquisa. Apenas por isso, por que ia colocar sim.

- Você não tem juízo! - Repetiu. - Colocou no nome de quem? - Falou bravo. - Por que essas coisas não se coloca no nome de qualquer um que cruza sua frente. Seu inconsequente! 

- As coisas não são assim pai. Eu sei o que estou fazendo. 

- Não sabe! Você não sabe a merda que está fazendo. Ela é uma ótima pessoa, mas não é suficiente pra me convencer que esse namora não vai te jogar no buraco. - Ele bateu na mesa. - Você não pode sair fazendo o que acha que quer e ignorar sua família, amigos e sua carreira. Ao vou te deixar jogar tudo no lixo. Na minha casa essa menina não entra mais! - Gritou. 

- Então eu saio. - Disse assustado e levantei. - Então fique com sua merda de opinião sobre o que o senhor quiser que pra mim já deu. - Apontei o dedo. - Você tratou ela muito mal ontem e não vou mais aceitar esse tipo de tratamento. E se ela não pode frequentar nossa casa, eu não ligo, eu sai e pronto! 

- Vai casar com ela ela agora? - Ele debochou sem acreditar no que eu estava dizendo.

- Vou. Queria comprar uma briga comigo e conseguiu. - Disse. - Você agora acaba de ter um filho que saiu de casa. - Falei dando as costas pra ele e sai batendo à porta com força. 

Passei sem olhar pra ninguém, mas senti todos os olhares em cima dê minha. Peguei as bebidas e sai, voltando por AP e guardando tudo na geladeira. 

Sem nem pensar direito, aproveitei que sabia que minha mãe não estava em casa e fui até lá. Se eu parasse, eu ia voltar atrás. Joguei dentro do carro tudo de mais importante e sai sem olhar pra trás, mas sabendo que aquilo era temporário. Ele teria que aceitar por bem ou por mal. 

Assim que cheguei com as coisas no apartamento joguei tudo na cama e sentei no sofá da sala, me permitindo chorar um pouco. Aquilo tudo estava me pressionando demais, eu não podia permitir. Me doía, mas era necessário pra eles saberem que não estava de brincadeira. 

Fiquei algum tempo ali e depois levantei rápido, enxuguei o rosto e fui buscar Liz. Tinha que estar 100% pra nossa noite, era importante pra ela, e eu estaria lá ao seu lado. 

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