quinta-feira, 24 de novembro de 2016

106º - Você vai ser um bom marido Luan.

- Vamos, ainda temos uma noite e quero ver você bem lindo hoje já que quem está fazendo a surpresa sou eu. - Pisquei o olho. - Olha, não é que agora eu vi vantagem… - Ele riu, comprando o casaco.
Também escolhi uma roupa bonita e elegante, despistando Luan da loja pra ele não ver. Queria ser eu a surpresa da noite, e fazer ele se sentir cada vez mais amado.
Consegui dois ingressos da mesa pra nós dois no show do Bruno Mars de um casal que estava precisando vender e não iria mais. Combinei para me encontrarem na porta do local e fiz Luan ficar pronto a tempo. Estava arrumada quando ele entrou no banheiro e eu sorri, vendo que ele estava todo bonito e elegante.
- Esse é meu amor? - Perguntei sorrindo.
- E você? - Ele se aproximou rindo e pegando na minha mão me girou. - Nossa senhora, tem certeza que precisamos ir embora logo depois que a sua surpresa acabar? - Perguntou malicioso.
- Precisamos gatinho, você trabalha amanhã. - Respondi sorrindo.
- Aí, nem me lembra. - Riu. - Você está maravilhosa, muito sexy. Nem tá parecendo  minha neném. - Riu. 
Estava vestida com um vestido justo vermelho, bota alta de salto de couro preta e coloquei um sobretudo por cima.
- Posso saber onde vamos? - Ele perguntou.
- Surpresa. - Beijei seus lábios, e hoje eu dirijo. - Disse pegando a chave da sua mão.
- Fui colocado pros panos mesmo. - Reclamou fazendo graça.
Coloquei no GPS o endereço do estádio e saímos, ouvindo música pelo caminho. Luan estava curioso, e mau acreditou quando paramos no estacionamento do local que tinha um banner enorme do cantor. Luan gostava muito de suas músicas e ficou super feliz. Me deu um beijo animado.
- Isso que é surpresa gatinha! - Disse animado.
Entramos sem tumulto, tinha muita gente mas estava bem organizado. Quando chegamos no local indicado ficamos super empolgados, estava muito perto. O show começou na hora certa, era bem romântico e também animado. Luan levantou e me puxou pra dançar bem na música que ele mais gostava e até já havia colocado nos shows, It will rain.                        
“There's no religion that could save me, no matter how long my knees are on the floor, oh so keep in mind all the sacrifices I'm makin', to keep you by my side, and keep you from walkin' out the door.” - Ele cantou no meu ouvido. - Essa é nossa música, ela é perfeita pra nossa história.
- Você é perfeito. - Beijei seus lábios.
- Obrigado amor, eu adorei. - Ele me abraçou.
Era incrível a cada música ele cantando no meu ouvindo, estava encantada.
O show foi um dos grandes momentos da nossa viagem que ficariam pra sempre na minha memória, e ficamos muito chateados de ter que sair do show e voltar pro hotel pra fechar a diária e ir pro aeroporto, mas estava feliz de ver minha menina, já estava com muitas saudades.

Luan POV.

Me surpreendi muito com minha menina e sua surpresa no show. Ela era tão linda, me conhecia muito bem. Voltamos pro Brasil nas nuvens, Liz abraçada comigo e feliz. Tinha se trocado no hotel, não estava com dores dessa vez já que não havia deixado ele vir de calça jeans, e sim com uma roupa mais confortável. Bella iria com os meus sogros nos buscar na aeroporto, e eu estava muito feliz de ver minha menina, já estava com saudades, e via Liz também cansadinha mas com o mesmo sentimento.
Assim que pousamos eu mesmo peguei nossas malas. Liz foi na minha frente, correndo pra abraçar a pequena e matar a saudade. O encontro foi tão fofo que ela até chorou, e eu também, de saber qual agora eu voltaria pra casa e pra nossa família. Cumprimentamos Lúcia e Roberto, e depois Liz e Bella me ajudaram com algumas fãs já que havia dispensado meu segurança. Elas se mostraram felizes de ver nós dois juntos, no fundo elas sabiam que era ela que eu amava o tempo todo, desde quando me casei de caso pensado.
Voltamos pra casa dos meus sogros como uma família feliz, e almoçamos por lá, loucos por comida brasileira. Logo tivemos que pegar estrada, Liz e Bella me acompanharam. O show foi muito animado, estava com saudades e empolgado. No fim da noite voltamos pra São Paulo com as duas, e então conseguimos dormir em casa até muito tarde. Dormi no quarto de casal com minha menina e eu sabia que estava no melhor lugar do mundo, meu lugar.

A semana que se seguiu não foi fácil. Liz e eu conversamos, e acabei decidindo volta para nossa casa, com muita alegria de ambos, mas também muita cautela para não confundir a Bella. Em meio às mudanças e fechando o apartamento, tive que gravar uma série de programas de TV e dar algumas entrevistas para revistas e veículos de comunicação, o que acabou deixando tudo meio complicado. Assim, quando cheguei em casa na quinta com o que faltava das minhas coisas antes da Bella sair da escola, sentei com Liz novamente quando ela me chamou.
- Quero conversar com você sobre uma coisa. - Disse pegando a minha mão e sentando no meu colo no sofá.
- Quer conversar? - Beijei seu rosto rindo. - Sentada no meu colo não é um bom momento pra uma conversa séria. - Ri e levei um tapinha.
- Você é muito descarado. - Ela riu e me deu um selinho. - Estive pensando em alugar o escritório. - Disse me olhando com jeitinho.
- E você não vai trabalhar? - Perguntei confuso.
- Não. - Ela sorriu e eu fiquei meio sem saber o que dizer quando fui pego de surpresa. - Eu não quero mais ficar longe de você, e da Bella, não quero mais perder nossa família. - Ela aconchegou sua cabeça em mim e eu fiz carinho confuso. Nunca imaginei uma atitude dessa dela, e estava meio nervoso e sem saber como agir.
- Liz… - Chamei baixinho e ela desviou pra mim os olhos bonitos sem tirar a cabeça do meu ombro. - Você não vai me perder nunca mais, nem se quiser.
- Eu sei, mas…
- Olha, eu sei que a gente teve problemas no passado, mas eu acho que eu amadureci demais perdendo você. - Disse sincero. - Eu quero que você seja muito feliz, e não vou ser feliz se achar que você abriu mão da vida que você queria pra me agradar.
- Eu não estou fazendo isso pra te agradar. - Ela disse se afastando e sentando ao meu lado, pegando na minha mão. - Quero fazer isso por que eu quero me sentir mais perto de vocês. Quero fazer isso por que eu quero, não faria isso só por você. - Ela sorriu de canto e eu ri. - Não quero sair dos seus braços nunca mais meu amor. - Ela disse voltando a juntar em mim.
- Você não vai sair, nunca mais. Vou cuidar direitinho de você. - Disse sorrindo. - Menina mais linda desse mundo, tão doce, tão singela. - Sorri pra ela, que retribuiu. - Quero que saiba que eu vou apoiar qualquer decisão sua novamente a partir de agora.

Liz POV. 

Depois de muita conversa, acabou que resolvi alugar o escritório.
Luan decidiu ir até lá ver a obra finalizando e depois irmos até a escola de Bella pegar ela. Quando chegamos, realmente me surpreendi com a obra, que havia avançado muito desde então. Mateus estava lá, e ele veio sorrindo na nossa direção.
- Gostaram?
- Ficou a cara da Liz. - Luan disse sorrindo pra mim, e beijou minha mão. Sabia desde o início que ele ia demostrar pro Mateus que queria marcar território igual a um cachorrinho.
- Ficou ótimo mesmo. - Ele disse cruzando os braços e passou as nos mostrar detalhes. Ele estava sorrindo, me olhava normalmente, e eu sorria conforme Luan ou ele falavam comigo.
- Não vou colocar o nome. - Avisei e Mateus me olhou confuso. - Ainda não ficou pronto?
- Acho que vai ser montado semana que vem. - Eram letras artesanais, com iluminação.
- Vou alugar o escritório, então podemos cancelar as letras de início. - Disse, e ele afirmou com a cabeça, agora mais sério.
Nesse momento, o telefone de Luan tocou e ele me olhou ponderando se atendia, mas respirou fundo e pediu licença, saindo.
- Então vocês voltaram mesmo? - Mateus me perguntou, agora mexendo em uma folha sobre a mesa, anotando algo.
- Voltamos, ele até já voltou pra casa. - Disse mexendo nas minhas mãos.
- Que ótimo, fico feliz. - Ele disse me olhando. - Só não me agrada a forma como ele de controla.
- Do que você está dizendo? - Perguntei ficando irritada.
- Você vai parar de trabalhar? - Ele riu. - Alugar o escritório que você planejou cada detalhe por que ele quer você em casa?
- Não diz o que você não sabe. - Disse.
- E o que eu eu tenho que dizer?
- Nada. - Disse. - A decisão foi minha, somente minha. E eu sei como amo minha profissão, mas eu amo mais ainda minha família, e quero passar mais tempo com eles. Tenho pensado nisso desde o acidente do Luan.
- Bom, se é assim… - Ele ia continuar, mas parou e bufou. Então Luan entrou de volta na sala.
- Atrapalho? - Luan perguntou nos olhando.
- Claro que não meu amor. - Disse abrindo um sorriso. - Mateus estava dizendo o quanto estava feliz por estar terminando.
- Claro. - Mateus sorriu.
- Vocês estão de parabéns. - Disse educado. - Liz, está quase na hora de pegar a Bella. - Avisou.
- Então vamos. - Disse pegando minha bolsa sobre a mesa. - Qualquer coisa você me liga. - Disse pro Mateus.
- Claro. - Ele se despediu e saiu com deus papeis. Luan apontou mais algumas coisas que gostou e depois já entramos no carro.
- Pensei que poderíamos comer no shopping. - Luan completou. - E ver o desenho que a Bella quer no cinema, e durante o almoço explicar pra ela que eu estou voltando. - Falou rindo.
- Ah meu Deus, que tortura! - Ri botando as mãos na cabeça. - Eu topo. Ainda bem que sai bem arrumada de casa, e você também está bem. - Disse analisando.
- Quer parar de implicar com as minhas roupas? - Ele fez careta e eu ri. - Você não achou que eu viria de qualquer jeito no lugar que está sem ex ficante né Liz, por favor!
- Eu sabia! - Mordi os  lábios fazendo charme. - Você está muito gato, e eu sou muito mais você.
- Bom mesmo.
Bella entrou no caro animada, e ficou ainda mais feliz quando eu contei os planos do dia. Luan estava radiante, e durante o caminho, pra distrair uma pessoinha que estava com muita fome, ele foi cantando e chamando ela pra compor o dueto, e eu amei. Bella amava esses momentos, gostava muito de música, e admirava muito o pai.
- Você vai trabalhar esse fim de ano? - Perguntei quando paramos no estacionamento do shopping.
- Não. - Ele sorriu. - Separei as férias junto com a da Bella dessa vez. - Sorriu pra mim enquanto trancava o carro. - Podemos viajar nós três, ou juntar meus pais e os seus, ir pra algum lugar.
- Vamos pra Orlando papai! - Bella pediu, pegando a mão dele. - Na casa da bisa.
- Olha só que ideia boa. - Ele sorriu pra mim. - Vamos pra casa da bisa. - Pegou ela no colo.
- Eu estou morrendo de saudades de lá. - Comentei.
Eu não ia pra lá desde quando havíamos nos separado. Nesse meio tempo Luan tinha escolhido as viagens sem pedir minha opinião, e eu acabei indo com ele e a família em todas por conta da Bella, então não sobrou momentos pra visitar meus avós, que ainda tinham perfeita saúde e eram cheios de vida.
- Me desculpa. - Luan disse enquanto paramos em frente à fila do cinema pra comprar primeiro os ingressos. - Eu sei que não pensei em você nas últimas viagens.
Sorri pra meu amor, e passei minhas mãos pelo seu pescoço, selando seus lábios.
- Vamos esquecer tudo. - Ele afirmou.
Logo em seguida escolhemos um restaurante italiano que era um dos preferidos de Liz, onde costumávamos almoçar com frequência com Bella antigamente. Ela estava familiarizada com a comida, que era excelente. Havia então puxado a mãe no paladar, e preferia massa a sushi, coisa que eu, bem pai coruja, não me importava.
- Filha, a mamãe estava pensando, o que você acha do papai voltar pra casa? - Liz perguntou enquanto Bella estava distraída com a comida. A gente sabia que ela ia ficar muito feliz.
Bella abriu um sorriso e olhou pra nós dois.
- Pra sempre?
- Pra sempre pequena! - Peguei sua mão por cima da mesa e deu um beijinho.
- Papai, você vai ficar em casa pra mamãe trabalhar? - Perguntou feliz.
- A mamãe não vai mais ficar muito tempo fora meu anjo. - Liz acariciou a cabeça dela e sorriu pra mim.
- E a gente ainda pode viajar pra casa da vó Clarice?
- Pode filha. - Respondi rindo. - Vou pedir pra organizar a viagem já, hoje fala com seus pais, dai podemos alugar uma casa lá.
- Meus país vão querer ficar na casa dos meus avós. - Liz avisou. - E nós ficamos na casa com seus pais.
- Podemos passar o Natal e o Ano Novo lá. - Disse.
- A gente pode ver os fogos no castelo da Cinderela? - Bella perguntou agitada.
- Não sei filha, vamos ver. - Liz falou.
Comemos enquanto Bella fazia planos sobre a viagem pra Disney, Liz tentava controlar a mente fértil da pequena e eu tentava manter o equilíbrio e fazer Liz deixar Bella sonhar com as princesas.

Quando voltamos pra casa durante a noite, depois do filme de animação, meus pais ligaram chamando pra jantar. Minha mãe recebeu Liz com um abraço apertado dizendo o quanto amava ter a nora dela de volta, enquanto eu ria com a Bella no meu colo. Ela estava sonolenta e acabava ficando chata e manhosa, mas isso melhorou quando o meu pai chegou brincando com ela, dizendo que tinha uma surpresa pra ela na sala.
- Cada vez que ele saia de noite eu ficava perguntando quando vocês iam voltar. - Mari disse me olhando feio. Ela ficava preocupada comigo, e de certa maneira Liz era uma ajuda e tanto. Liz me controlava naturalmente.
- Mãe, quer parar? - Ri beijando seu rosto quando Bella saiu com meu pai.
- Então ele saia bastante né Mari… - Liz me abraçou rindo, com as bochechas vermelhas pelas palavras da minha mãe.
- Saía Liz, nossa senhora! - Começou a reclamar de mim e as duas se juntaram em um complô.
Larguei mão e fui até a sala, onde encontrei meu pai mostrando um aquário médio que estava perfeitamente posicionado na sala. Bella assim que me viu, já deu um grito.
- Papai, papai, o vovô comprou peixinhos! - Disse puxando minha mão e eu ri.
Meu pai mostrava um por um deles pra ela.
- Eu adoro aquários. - Disse pra Bella e me acomodei com ela. - Olha filha, o coral. - Expliquei pra ela o que era, e depois ela me olhou sorrindo.
- Papai, eu quero um aquário com uma estrela do mar.
- Temos que conversar com a sua mãe Bella, não sabemos como vai ficar as coisas ainda.
- Por favor papai…
- Vamos ver Bella. - Disse mostrando pra ela um peixinho.
Logo em seguida já conversamos sobre a viagem. Meus pais aceitaram, e eu fiquei bem contente. Liz já havia ligado pros seus pais, e então só faltava Bruna e a família, então iríamos de qualquer forma. Conversamos muito sobre os planos, e então eu sai um pouco com meu pai, que me chamou pra ver uma coisa sobre o escritório. Estava com planos na cabeça, e pedi a ajuda dele.
- Primeiro você precisa ver se dá pra fazer isso lá. - Meu pai disse.
- Vou ver, e dai eu ligo pra Bruna. - Disse.
- Vou avisar sua mãe que você mesmo vai fazer isso.
- Preciso da ajuda dela. - Disse.
- Bom, espero que dê certo. - Meu pai disse anotando o que eu pedi.  - Você vai ser um bom marido Luan, alias, já é. - Disse sorrindo pra mim.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

105º - Vai casar comigo?

Luan POV.

Acordei nas nuvens, com Liz nos meus braços. Estava mais apaixonado do que antes, e me perguntava como isso era possível. Liz era minha vida!
Agora que tudo estava certo, pretendia que as coisas acontecessem devagar, mas se ela quisesse, eu casava amanhã.
Olhei meu relógio e já era quase meio dia, atrapalhando meus planos de viajar com ela pra Giverny, que teriam que ficar pra amanhã. Levantei com cuidado e fui ao banheiro, depois voltei pro quarto subindo de volta da cama.
- Bom dia neném… - Disse beijando seu rosto sobre seu corpo.
Liz se mexeu pros dois lados e eu ri, depois ela abriu um sorrisão, jogando seus braços sobre meu pescoço.
- Bom dia meu príncipe.
- A gente dormiu muito boneca. - Ri. - Precisamos aproveitar Paris.
- Estava cansada amor.
- Eu sei. - Ri e ela me deu um tapinha besta.
- Bobo.
- Eu te amo. - Disse olhando em seus olhos.
- Eu também te amo muito. - Ela respondeu e então nos beijamos.
- Não escovei os dentes ainda. - Ela fez graça.
- Tem problema não, mas agora, você vai tomar banho comigo.
Ela levantou rindo, e eu logo já fui entrando no box. Liz ainda parou pra escovar os dentes, e eu já fui começando o meu banho.
Tomamos banho rindo, abraçadinhos, trocando beijos e carícias. Perguntei onde Liz queria almoçar e decidimos comer perto da Torre Eiffel, depois visitar os principais pontos turísticos.
Antes de sair do hotel ligamos pra Bella, que já reclamou de saudades e deixou nós dois de coração apertado. Liz contornou, dizendo que levaria um presente lindo pra ela, então a gente teria a achar algo bom.
Saímos e comemos num café perto da Torre, onde estacionei o carro. Programamos de fazer compras a noite enquanto caminhava até a Torre, e tiramos algumas fotos pelo caminho. Um casal de brasileiros me parou e Liz educada bateu a foto. Queria postar uma foto da viagem, mas pensei em postar a primeira com ela novamente no jardim em Giverny já que ainda precisava falar com ela sobre isso.
E então conhecemos a Torre, e era muito linda também de dia e no inverno, e estar ali ao lado de Liz era sensacional. Pedimos pra um casal tirar uma foto e mandei pros meus pais e pros meus sogros. Estava muito feliz, e Liz adorou. Quem olhava com certeza pensava que estávamos de Lua de Mel, trocando beijos e carinho em frente à praça da Torre. Depois passamos pelo Arco do Triunfo, e pela Catebral de Notre-Dame, que Liz quis entrar e conhecer. Em cada um deles tiramos fotos e aproveitamos muito.
Decidimos não voltar pro hotel, e fomos jantar direto no shopping. Comemos comida francesa, Liz estava apaixonada pela gastronomia, e eu apaixonado por ela.
Durante a noite, fomos às compras, e além de muitas roupas, escolhemos pra Bella uma Barbie francesa, com roupas típicas. Ela adorava a Barbie, e com certeza iria amar o presente.
Chegamos no hotel já era tarde, e dessa vez fizemos amor no banho antes de dormir, abraçados.

Liz POV.

Na quarta-feira acordei antes de Luan. Tomei banho, pedi o café e acordei o meu anjo com beijinhos. Estava refletindo muito sobre nós dois, e tinha tomado decisões que apesar dele só saber no Brasil, iria amar.
Ele acordou sonolento, tomou um banho e veio comer comigo. Decidimos dar uma volta por Paris, tomar sorvete e almoçar com calma, depois ele disse que teria uma surpresa pra mim.
Acabamos passando a manhã na Villa Savoye, a casa arquitetônica que Luan havia me dado, e ele mesmo amou o passeio. Depois ainda visitamos uma loja de música, onde Luan comprou discos históricos que ele amava e não tinha, e objetos de decoração pro escritório. Foi uma manhã muito feliz, e depois de um almoço perto do Sena e de passear pelas famosas pontes francesas, Luan me levou até uma estação de trem logo após o almoço.
- Para onde vamos querido? - Perguntei confusa.
- Tenho uma surpresa pra você. - Ele disse depois que voltou com duas passagens.
- Tudo bem. - Sorri. - Precisamos voltar pro hotel e pegar nossas coisas?
- Não, voltamos antes de anoitecer. - Sorriu me dando um beijo. - Nosso trem sai em dois minutos! - Disse me dando as mãos e me puxando pra plataforma.
Amei a ideia, e estava muito ansioso pela surpresa. Luan sempre me deixava muito feliz, e eu precisava lembrar de agradecer ele por isso.
            
Luan POV.

Liz estava inquieta dentro do trem, e eu me mantive firme e não revelei o nosso destino precioso, queria pegar ela de surpresa. Aproveitei o caminho pra experimentar meus talentos fotográficos, e tirei fotos dela observando o caminho, até que Liz ficou sem graça. Não era raro perceber os olhares das pessoas, que se encantavam fácil com nosso amor.
Quando chegamos em Giverny, ainda mantive segredo, entrando num ônibus que levava os turistas que quase em unanimidade visitavam o jardim.
Quando paramos em frente, Liz olhou encantada.
- Sabe onde estamos? - Perguntei ansioso.
- Não amor. - Disse com toda sua doçura.
- Aqui é Giverny, 80km de Paris, e nesse local aí bonito, é o jardim de Monet.
Liz abriu um sorrisão lindo e pulou nos meus braços. Ergui a pequena, e rodei, ganhando um beijo na boca.
- Não acredito amor, eu sempre queria conhecer…
- Então não vamos perder tempo. - Disse puxando ela pela entrada.
Não era alta temporada, então não haviam muitos turistas. Logo avistamos a casa verde e rosa, e todo o local era rodeado por árvores esvoaçantes e belas plantas. Começamos um tour, que foi bem impressionante. Cada pedacinho daquele local era um convite pra ser explorado, tudo bem cuidado e maravilhoso. A impressão que dava era que estávamos dentro de uma pintura ou que fazíamos parte de natureza que engolia o lugar.
Pedimos pra um casal tirar uma foto nossa abraçamos sobre a ponte que estava em uma das mais famosas pinturas, e a preferida de Liz. Aquela foto ia pro meu instagram assim que estivéssemos dentro do trem voltando pra Paris.
Nunca havia feito uma viagem tão cultural, e agradecia Liz por sempre trazer coisas novas pra minha vida.

Liz POV.

Visitar o local onde meu artista preferido pintou meus quadros preferidos foi maravilhoso e fiquei maravilhada quando Luan revelou, mas nada se comparava a visitar o jardim de Monet com Luan integrado a paisagem. Seu sorriso estava aberto, espontâneo e lindo e não havia nada superior a ele naquele mundo, em Paris ou em qualquer lugar, com exceção da nossa menina que continua sendo uma extensão do homem da minha vida. Luan tinha tornado essa viagem mais do que sonhei algum dia, e eu jamais me esqueceria de nada.                        
Voltamos pra casa encantados. Estava comentando sobre as flores, sobre o lago, sobre tudo quando Luan me olhou com carinha de sapeca.
- O que foi?
- Hum, você vai voltar pra mim? - Perguntou me puxando pra seu colo no trem.
- Não voltei ainda?
- Vai casar comigo? - Perguntou colocando o rosto sobre meu ombro.
- Você não pediu?
- Vou ter que pedir de novo? - Perguntou rindo.
- Vai. - Passei a mão no seu rosto rindo.
- Então vou pedir. - Ele falou. - Mas vou poder contar que você é minha?
- Vai querer contar? - Perguntei.
- Claro que sim, os homens têm que saber que você não está mais na pista e sair bem de fininho como o Mateus vai fazer. - Ri.
- Você pode fazer o que você quiser meu amor. - Disse baixinho e lhe dei um selinho.
- E a gente vai continuar morando separados?
- Precisamos decidir isso agora? - Perguntei.
- Precisamos. - Ele riu e mordeu minha orelha.
Parei um pouco, olhei seu rosto e pensei no quanto ele era minha vida.
- Aquele dia que você passou mal meu amor, fiquei tão preocupada. Eu fiquei com muito medo de te perder.
- Você não vai me perder. - Ele respondeu olhando nos meus olhos. - Esquece isso, não gosto nem de lembrar.
- Você está fazendo exames né? - Perguntei. - Se cuidando.
- Liz, esquece isso. - Luan desviou o olhar e percebi na hora que havia algo errado e que ele estava me escondendo.
- O que você está escondendo? - Perguntei saindo de seu colo.
- Nada. - Luan respondeu impaciente.
- Como se eu não te conhecesse né! - Disse virando o rosto pra mim. - Anda Luan, você não passou mal de novo né?
- Não Liz, foi só aquele dia. - Disse com o olhar baixo.
- Luan, não brinca com isso. - Falei brava.
- Só fiquei nervoso e passei mal, meu médico disse que está tudo bem.
- Por que você passou mal e ficou nervoso. - Luan demorou alguns segundos pra me responder e quando fez, falou com impaciência.
- Não importa mais.
- Me diz… - Pedi. - Você não vai mentir pra mim vai?
- Liz, eu fui na sua casa, e vi você dormindo com o Mateus. - Disse rápido. - Eu só me descontrolei, mas já passou, não importa mais.
Luan continuou a falar como se aquilo não fosse nada, mas eu não consegui processar a ideia. Estava nervosa e fiquei muito chateada naquele momento porque senti que a culpa era exclusivamente minha. Por minha culpa, quase perdi Luan pra sempre.
              
Luan POV.

Quando acabei contando por insistência de Liz, fiquei chateado. Ela iria se culpar e eu não tinha essa intenção e pretendia nunca mais contar pra ela sobre o passado, e agora estava tudo revelado e ela estava se sentindo culpada. Ela ficou quieta e me me culpei por ter estragado o nosso dia mais feliz mas ficar ficar mentindo eu não conseguia e estava péssimo.
- Liz, esquece isso. - Disse após ela se afastar, chegando perto.
- Por que você não me disse antes? - Perguntou perplexa.
- Pra você não ficar assim como você está agora. - Disse suspirando. - Eu merecia, tá legal? - Falei. - Eu também tinha outra e pronto, me serviu pra mim ver que ela tinha os mesmos direitos, apenas. Me fez abrir a cabeça demais.
- Ainda bem que você está bem! - Ela disse pegando no meu rosto, com o rostinho triste. - Eu nem sei o que seria mim se não tivesse, eu ia morrer.
- Para de falar besteira. - Disse, mas ela ainda não olhou pra mim. - É nosso dia mais feliz, esquece isso.
Liz ficou estranha o resto do caminho, e me deu trabalho quando chegamos em Paris. Ela falava pouco, e quase nada bom. Já havia me arrependido e muito de ter contado pra ela.

Liz POV.

Me sentei de frente pra ele, completamente preocupada com a situação. Nunca imaginei que pudesse causar algo do tipo com Luan, ainda mais por causa de Mateus que de forma alguma representava algo na minha vida. Não havia parado pra pensar nisso, e aquilo deixou meu coração apertadinho. Luan me chamou diversas vezes, mas por fim me deu o tempo que eu precisava pra entender aquilo.


- Liz, já chega de ficar assim docinho, me perdoa. - Disse pra mim quando estava saindo do banho.
- Você não tem que pedir desculpa Luan, sou eu que tenho. - Disse penteando os cabelos. - Você devia ter me contado antes.
- Pra você ficar assim toda chateada? - Perguntou.
- Luan, deixa eu ficar triste. - Disse brava.
Ele entrou no banho pra gente sair pra comer e eu resolvi entrar um pouco na internet. Meu instagram estava movimentado e percebi logo que Luan tinha me marcado em algo, e abri sua página. Luan tinha colocado uma foto nossa, a que tiramos em Giverny e postado um texto lindo que quase me fez chorar.    
                    
"Por você eu busquei e encontrei forças que jamais achei que teria, eu chorei lágrimas que pareciam não acabar, eu me senti amado como nunca achei que alguém me amaria, eu sorri só pra te ver sorrindo também, eu te segurei quando minha vontade era de cair junto com você, eu lutei e persisti mesmo sabendo que me restava pouca força, eu caí mil vezes e levantei por saber que precisaria de mim, eu achei que havia enlouquecido por manter apenas você no pensamento. Por você eu acreditei que meu mundo girava em torno de apenas uma pessoa, eu acreditei em contos de fadas e pensei que voaríamos juntos, com você construí história de amor daquelas de cinema, por você eu aprendi a ser alguém, cresci e tirei os pés do chão. Por você eu tive vontade incansável de sair por aí ao teu encontro só pra ganhar um beijo, eu pensei em morrer só pra te ter em mais de uma vida. Por você eu respirei e respiro até hoje, por você eu faria tudo de novo, e faria ainda mais.”

Quando acabei de ler derrubei uma lágrima. Luan era incrível, e eu só precisava agarrar e não soltar nunca mais. Nosso amor era puro e acima de todas as coisas, afinal, passamos por muitas provações mais sobrevivemos, e eu precisava me agarrar cada vez mais aquilo.
Naquele momento decidi enterrar todas as coisas, e então fazer uma surpresa pra ele.
Tinha visto um cartaz de um show que ele gostava aqui em Paris na nossa última noite, amanhã. E decidi comprar dois ingressos pra gente.
Quando ele saiu do banho, só abracei ele bem forte, agradecendo por estar sempre ao meu lado e pedindo desculpas pelo incidente do Mateus.
- Você está aqui comigo, e é isso que me importa. - Ele me respondeu. 
Naquela noite fizemos amor de todas as maneiras possíveis e acabamos esgotados.
A manhã de quinta-feira, nosso último dia em Paris, foi de compras e de ver pela última vez os pontos turísticos e comer comidas gostosas. Luan me surpreendeu e estava animado pra ir no museu do D'Orsay, onde vimos muitos quadros do Jardim, onde estivemos no dia anterior. Ele tinha gostado muito, e eu amei.
De tarde, fiz ele comprar uma roupa bonita, estava muito frio.
- Amor, estamos indo embora, não vamos usar isso. - Ele disse.
- Vamos, ainda temos uma noite e quero ver você bem lindo hoje já que quem está fazendo a surpresa sou eu.
- Olha, não é que agora eu vi vantagem… - Ele riu, comprando o casaco.
Também escolhi uma roupa bonita e elegante, despistando Luan da loja pra ele não ver. Queria ser eu a surpresa da noite, e fazer ele se sentir cada vez mais amado.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

104° - Promete que a gente não vai mais ficar nenhum dia sem fazer amor?

- Capitulo HOT -

Cinco dias depois, no domingo, estava em frente à casa dos pais de Liz, no jardim, enquanto Liz se despedia de Bella. Ela estava chorosa, era a primeira vez que não viajava com a gente, porque mesmo enquanto separados, Liz sempre me acompanhou com a família toda nas férias e também não viajou sozinha com ela. Era a primeira que íamos deixá-la, e estava cortando meu coração. Eu já estava mais acostumado, mas Liz estava triste.
- Vamos voltar logo pequena. - Disse abraçando ela. - Você vai passear bastante com a vovó e o vovô. - Beijei seu rosto.
- Vamos todos os dias a praia, você adora. - Lúcia falou sorrindo.
- Eu vou sentir saudades. - Liz falou beijando sua cabeça. - Mamãe vai te ligar todos os dias, tudo bem?
- Papai te ama querida. - Disse pegando ela no colo.
Tive que acabar puxando a Liz, se não perderíamos o voô. Seu Roberto nos levou até o aeroporto, e parecia animado, e não nos questionou sobre a viagem. Agora, ninguém mais se metia entre a gente, e eles até torciam. No aeroporto recebi um boa viagem mais sério, e Liz foi beijada e apertada por ele. Falou em seu ouvido algumas coisas e ela ficou mais séria, com certeza estava dando conselhos sobre nós dois.
A viagem foi tranquila, não tinha quase ninguém na classe executiva, já que fiz questão de pedir pro meu pai os melhores lugares. Liz não ficava muito bem em viagens longas, e queria que ela não tivesse problemas.
Ela ficou quietinha quase o tempo todo, e eu estava meio travado, nervoso. Era muito importante pra gente.
Percebi que com umas cinco horas de viagem ela mexia muito as pernas, estava impaciente.
- O que foi? - Perguntei tocando seu joelho.
- Minhas pernas estão doendo.
- Por que não vai no banheiro lavar o rosto só pra andar um pouco?
- Essa calça é justa, eu devia ter trocado. - Ela nunca andava de avião de jeans, mas estava incrível dentro de um.
- Está frio lá, vai chegar preparada. - Sorri beijando sua mão.
Assim que chegamos, já sentimos o clima da cidade. Liz colocou sobretudo grosso e luvas antes de sair do avião e me ajudou com meu casaco.
Estava um frio de quase 5ºC por ser fim de ano e nós dois não éramos muito fãs.
Com seu belo inglês pegamos um táxi pro nosso hotel. No táxi eu estava nervoso, era bem de manhã e eu tinha até à noite pra quebrar o gelo com Liz, já que em um difícil decisão, eu aluguei somente um quarto. 
A pequena correu até a varanda sorridente enquanto o funcionário me ajudou com as malas. Estávamos no último andar de um prédio enorme e assim que ele abriu encontrou uma das vistas mais lindas do mundo: Paris amanhecendo em pleno inverno. Escolhi o local a dedo, sabendo que dava pra ver na imensa janela a Torre Eiffel. Assim que ficamos a sós, me aproximei pelas suas costas e coloquei minha cabeça no seu ombro.
- Você gostou?
- É lindo. - Ela se virou pra mim sorrindo.
- Eu concordo. E o que você prefere fazer hoje?
- Eu estou um pouco cansada. - Disse. - Podemos dormir pela manhã?
- Claro, podemos. - Disse sorrindo. - Depois vamos almoçar e passear, ainda tem algumas horas.
Liz tomou o banheiro pra si em alguns minutos. Decidi pegar alguma roupa na mala e folhear o panfleto do hotel. Estava distraído quando Liz abriu a porta, já trocava, com um pijama de rendinha, todo delicado como ela. Estava linda, e me olhava envergonhada.
- Você vai tomar banho também?
- Vou. - Disse sorrindo e pegando minha roupa da cama e seguindo pro meu banho.
Lá fora fazia frio, mas o quarto estava aquecido.
Quando estava saindo, encontrei Liz já dormindo profundamente. Eu estava muito feliz de estar ali naquele momento, muito. Me deitei ao seu lado na cama grande, realizado e cheio de expectativas. E foi assim que eu dormi muito bem.

Liz POV.

Despertei com calor. Me mexi na cama com preguiça até me dar conta que realmente estava em Paris com Luan. Eu tinha sonhado muito com uma viagem do tipo, mas nunca ocorreu depois que Bella nasceu e logo depois a gente se divorciou. Com seu convite, renovei dentro de mim a vontade de que tudo ficasse bem novamente. Olhei pra ele dormindo. Era doce, menino, e eu amava olhar. Eu o amava demais.
Depois de alguns minutos de completo mergulho inconsciente sobre sua beleza, eu levantei e olhei no relógio as horas. Estava com fome, e rapidamente constatei que já era hora do almoço. Arrumei o aquecedor e entrei no chuveiro pra um banho rápido, e depois que me troquei e vesti roupas apropriadas pro inverno parisiense, chamei Luan com calma. Ele não demorou pra levantar e foi ao banheiro. Estava com fome, esperando que Luan não demorasse.
Estava me maquiando quando Luan saiu, de calça e blusa.
- Estou morrendo de fome. - Disse rápido, calçando seu coturno.
- Você não vai se agasalhar?
- Vou. - Disse rindo e pegando uma blusa sua, que mais parecia sobretudo, e luvas. Seu cabelo já estava arrumado e ele então parou me olhando enquanto pegava a carteira e o celular.
Ele sorriu e veio até mim, então pegou meu rosto e meu deu um selinho.
- Bom dia princesa. - Acariciou meu rosto.
- Bom dia. - Sorri.
- Vou ter a sua companhia assim, linda desse jeito?
- Como você é bobo! - Disse segurando o braço dele.
Pegamos nossos óculos, minha bolsa e saímos. Luan me pediu pra esperar quando chegamos no hall. Ele foi até a recepção e depois voltou, dizendo que já sabia onde iríamos. Ele já tinha alugado com carro e depois de colocar um endereço no GPS. Disse que me levaria pra comer uma comida típica, e depois a gente ia passear.
- O que você programou pra hoje? - Perguntei colocando a mão sobre sua coxa.
- Na verdade programei que íamos fazer o que você quisesse.
- Tudo bem. - Sorri.
O restaurante que a gente chegou era bem típico francês. Parecia um café, com mesas na calçada e tudo mais. Decidimos ir pra dentro, não estava lotado e eu estava com fome.
Fizemos os pedidos e ficamos conversando sobre as primeiras impressões de Paris.

Luan POV.

Amamos a comida do restaurante, o que acabou meu surpreendendo, já que Liz não gostava de comidas muito diferentes da brasileira. Em seguida, comemos macarons, que Liz amava, enquanto eu dirigia até o Museu do Louvre. Liz estava muito ansiosa pra ver, e eu também. A arquitetura realmente era linda, e digna de estar em miniatura, era exuberante. Com a ajuda de um pau de selfie, que era um grande amigo dos casais viajantes, nos tiramos algumas fotos. Entramos e fiz companhia a minha garota apaixonada por museus. Ela me deu a mão, e comentava com amor e empolgação cada obra que a gente encontrava. Ela ficou encantada com os quadros de Leonardo Da Vinci, com as esculturas de Michelângelo e eu tinha que concordar que era belíssimas, e com a exposição egípcia, que era totalmente diferente e fantástica. Não havia muita gente em volta da Mona Lisa, e foi outra coisa que encantou muito Liz. Ela realmente gostava desse tipo de programa, e eu me certifiquei que devia fazer isso com ela mais vezes. Durante nossas conversas fiquei muito surpreso que Liz amava Monet. Assim que avistei e percebi que um guia falava português, larguei ela com uma escultura de um mulher nua, e fui pedir informação. Descobri que em um outro museu ali em Paris era o principal do impressionismo e que lá estavam as principais obras de Claude Monet. Marquei o nome de lá, e também descobri que ali perto, a pouco mais de uma hora de Paris havia os jardins das pinturas dele, em uma cidade que chama Giverny, e era um passeio incrível pra quem gostava. Liz iria amar.
Saímos de lá pensando em voltar mais vezes. Eu, apesar de não ser muito a minha cara, amei a experiência.
Chegamos no hotel um pouco apressados. Liz foi tomar banho primeiro pra pode ser arrumar e eu liguei pra casa. Conversei com meus pais, que estavam curiosos pra saber como as coisas estavam indo e depois resolvi ligar pra minha sogra. Bella atendeu o telefone numa empolgação só, contando sobre seu dia na praia. Eu amava muito aquela menina.
Liz saiu do banho enquanto eu ainda falava com ela, e quando ouviu a voz da mãe; Bella ficou toda empolgada e eu passei pra ela, indo pro banho.

Liz POV.

Depois que falei com Bella, fui me arrumar. Luan disse que precisava de uma roupa social e eu já tinha levado uma própria pra aquele momento. Estava empolgado de ver ele com uma roupa social, e ansiosa pra saber qual seria nosso destino. A gente tinha tido um dia agradável e esperava que a noite quebrasse o gelo totalmente.
Depois que me maquiei, escolhi um vestido tudinho preto e salto agulha, com uma bolsa carteira. Estava preocupada, já que não sabia onde iríamos.
Luan saiu do banho já vestido com uma camisa e uma calça jeans preta.
- Você está linda. - Sorriu se aproximando e me surpreendeu com um selinho demorado.
- Obrigada. - Sorri.
- Mas não vai passar frio? - Passei minhas mãos pelo seu pescoço senti seu perfume forte.
- Vou vestir um casaco por cima. - Disse. - E luvas.
- Eu devia te trazer mais vezes pro frio, por que você fica linda de roupas de inverno.
- Como você é bobo. - Disse aconchegando meu rosto nos seus ombros.
- Liz, essa noite, eu espero que você se sinta tão bem comigo quanto a anos atrás.
- Já estou me sentindo. - Disse sincera.
- Então ótimo. - Ele sorriu. - Vou só vestir meu blazer, e você pode ligar na portaria e chamar um táxi?
- Você não vai dirigindo?
- Hoje não. - Sorriu, calçando seus sapatos.
Luan, quando terminou de se arrumar ficou incrivelmente lindo. Estava maravilhoso com cachecol, e as bochechas vermelhas com o frio. Descemos na recepção e nosso táxi já estava esperando. Luan avisou então, que iríamos até o Bateaux Mouches, um barco que oferece um restaurante sofisticado flutuante, com música ao vivo e passeia por todo o rio Sena. Demonstrei surpresa, ele tinha planejado muita coisa e fiquei bem feliz.
- Já sabe o que é? - Perguntou sorrindo.
- Talvez o passeio mais romântico de Paris, claro que sei! - Ri, beijando seus lábios!
- Logo veremos a Torre Eiffel. - Disse. - Eu sabia que você iria gostar. Espere só pra ver o que preparei pra amanhã.
- Meu Deus, mal posso esperar. - Disse sorrindo e beijei seus lábios novamente. - Obrigada.
Assim que chegamos no nosso destino eu estava muito feliz. Luan havia reservado uma mesa do lado de fora e daria pra ver toda a vista no caminho. O ambiente era agradável e ele puxou sua cadeira pra se sentar o mais perto de mim possível. Fiquei muito confortável em seus braços, amamos a comida. Tudo era incrivelmente gostoso, e o passeio destacada as luzes deslumbrantes da cidade. Passamos pelo Louvre, a Catedral Notre-Dame de Paris, a Conciergerie, o Museu d'Orsay. Luan me apontou o último e sorriu, dizendo que pelos seus cálculos visitaríamos ele.
- Eu vou adorar. - Disse sorrindo. - Eles tem os quadros do Monet.
- Eu sei, e ele é seu artista preferido.
- Depois de você. - Sorri abraçando ele e lhe dando um beijo doce e intenso.
- Então é uma pena que Monet perdeu, mas eu adorei esse beijo. - Disse no meu ouvindo rindo.
- Olha, você não está fraco hein…
- Estou ganhando dele, estou fraco? - Riu. - Estou muito bem. - Rimos.
Fiquei muito feliz, e naquele momento me sentia como a anos atras, amando muito, e apaixonada.
Quando chegamos perto da Torre, Luan me apontou sorrindo.
- Ela é incrível de noite. - Fiquei observando por um tempo, e Luan me acompanhou em silêncio.
- Muito obrigada por estar aqui comigo. - Disse deitando meu rosto no seu colo.
- Eu estaria em qualquer lugar do mundo com você.
-
Voltamos pra casa completamente apaixonado. Luan tinha bebido um pouco de vinho e estava alegre e eu tinha acompanhado, então estava rindo à toa quando entramos no quarto. Ele na hora ligou o aquecedor, e foi se livrando da roupa de frio.
- Eu acho que não nasci pra isso não, não tem nada haver comigo. - Jogou o cachecol rindo.
Tirei meu casaco enquanto olhava pra ele e ria.
- Nasceu sim, você fica lindo com ele. - Falei me aproximando dele e sorrindo com malícia.
- Vish, acho que me dei bem. - Ele falou e eu ri passando minhas mãos por seus ombros.
- Por que? - Perguntei.
- Quando você vem com essa carinha de sapeca, eu realmente me dei bem. - Disse e depois mordeu meus lábios. - Eu me dei bem demais! - Acompanhei.
- Então… - Disse levando minhas mãos até a gola de sua camisa. - Fica quietinho e aproveita. - Sorri, enquanto abria botão por botão e acariciava seu tórax.
Luan segurou na minha cintura assim que terminei de abrir sua blusa e me puxou com tudo, me colando em seu corpo. Eu amava a pegada dele, e havia sentindo muito falta dos nossos momentos durante esses últimos novos.
- Eu tenho sorte demais. -  Disse beijando meu pescoço. - Não preciso de mais nada na minha vida.
- Você acredita se eu falar que durante esses dois anos, andei sonhando muito com você? - Perguntei com malícia, passando minha mão com carinho no seu membro.
- Você está é me surpreendendo gatinha… - Disse e me deu um chupão que com certeza ficaria marcado.
Segurei seu cabelo com desejo, e ele sorriu contra a minha boca em segundos.
- Vira! - Disse sussurrando.
Luan mexeu nos meu cabelos assim que virei de costas, e tirou eles do meu ombro, depois cheirou. Levou a mão no zíper e começou a descer ele, me deixando semi nua.
Me abraçou pelas costas, beijou meu pescoço e colou meu corpo no dele.
- Eu amo esse seu cheiro Liz. - Disse sorrindo. 
Voltei a olhar pra ele de frente, e Luan me olhava com os olhos brilhando. Levei minhas mãos até sua camisa e tirei, acariciando cada parte do seu corpo. Luan me agarrou pela cintura, e me empurrou pra cama, ficando bem perto de mim, por cima.
- Só que hoje você vai ter uma missão. - Disse sorrindo e beijou minha mandíbula. - Você vai ter que me dizer se eu fazia isso no seu sonho… - Falou, tirando meu sutiã com uma agilidade incrível e começando a acariciar meus seios.
Quando eu menos esperava, Luan levou a boca até eles, e começou a chupar enquanto com o outro acariciava, e ficou trocando entre eles. Meus mamilos ficaram vermelhos logo, estava com muito desejo.
- Vamos querida, me diga se eu fazia isso no seu sonho… - Sorriu me olhando com malícia.
- Fazia… - Falei num sussurro.
- Leu meus pensamentos então, estava louco pra fazer isso. - Disse rindo. - Bom, então vamos pro próximo. - Sorriu.
Luan se levantou, ficando novamente de pé e fez menção de tirar sua calça, mas eu me levantei, sentei na beirada da cama e fiz isso, enquanto acariciava seu membro vez ou outra.
Ajudei ele a tirar a calça e ia me sentar melhor quando Luan voltou a me empurrar, enquanto pegava meus pés com o salto nas mãos.
- Esses saltos são lindos. - Disse acariciando minha perna. - Você ficou muito poderosa neles! - Riu, me estendendo pra me beijar e jogou meus sapatos longe.
Luan passou então a beijar minhas pernas, inteiras. Ele distribuiu beijos por todos os lugares, enquanto me dava a mão. Não consegui deixar de me arrepiar quando ele tocou o interior da minha coxa.
- Eu fazia isso? - Perguntou.
Só assenti com a cabeça, mas ele voltou a perguntar.
- Responde querida…
- Fazia. - Falei pegando em seu cabelo, queria que ele continuasse os beijos.
- Impaciente… - Riu.
Ele segurou as barras da minha lingerie e puxou pra baixo devagar, enquanto ajudava ele erguendo o corpo.
Luan então, depois de jogar minha calcinhas longe, passou a olhar minha intimidade, e depois toca-la. Ele começou a acariciar meu clitóris com todo o jeito incrível que ele tinha. Ele era bom demais nisso.
Fazia movimentos em círculos e às vezes alternava com a boca. Quando soltei um gemido baixo e ele se afastou um pouco e me olhou.
- Aí que saudade do seu gemido. - Falou sorrindo e se aproximou do meu rosto, mordendo meus lábios.
Protestei que ele havia parado de me chupar.
- Vamos ver, você gemia gostoso pra mim no seu sonho? - Perguntou mordendo novamente meu lábio.
- Bem gostoso amor. - Disse sorrindo e ele gargalhou, e voltou a sua tarefa, dessa vez me surpreendendo e me invadindo com dois dedos, me causando um gemido. E então sua boca tomou o caminho do meu clitóris e bem rapidamente eu estava completamente excitada.
Luan então, não me deixou gozar, ele se levantou, e sentou na cama, tirando a sua cueca e fazendo ela voar pelo quarto. Engatinhei até ele, e segurei seu membro, fazendo movimentos pra baixo e pra cima. Decidi levar minha boca, e quando fiz menção disso ele me parou.
- Eu amo sua boquinha e nesse dois anos ela estava nos meus sonhos, mas deixa isso pra deixou que eu não aguento mais neném. - Disse puxando minha boca pra si.
Ele já estava excitado, e eu sorri com sua fala.
- Senta, senta… - Pediu segurando meu rosto com carinho e eu acatei seu pedindo.
Luan estava encostado na cama, e então segurei seu membro e fui me invadindo devagar.
Luan tinha os olhos fechados, com a cara de prazer evidente, e eu segurei em seu ombro pra me mexer pra baixo e pra cima, devagar. Estava muito bom, e tinha gosto de saudade. Ele levou as mãos a minha bunda e deu um tampinha enquanto abriu o olho e sorriu. Logo, passei a rebolar.
- Você está ainda mais gostosa, ainda mais rebolando assim pra mim. - Sussurrou no meu ouvido. - Ainda mais apertada, quente. - Suspirou. - Aí como eu amo estar dentro de você.
Podia jurar que estava corada, o que era bem contraditório. Mas estava entregue de todo meu corpo e coração.
- Fazer amor com você é a melhor coisa do mundo.
Ele soltou um riso contido e depois começou a lamber meus seios, me olhando nos olhos enquanto eu ainda me mexia em um ritmo controlado. Quando comecei a perceber que estava perdendo o controle dos movimentos, Luan me agarrou pela cintura e me segurou, sem sair de dentro de mim e então se virou, me deitando e ficando de joelhos. Ergueu uma das minhas pernas no ar e começou a controlar as estocadas, indo cada vez mais rápido. O frio não tinha mais espaço.
- Tá vendo neném, você só estava me torturando. - Disse rindo e logo em seguida soltei um gemido alto respondeu a sua estocada profunda.
Luan passou a estimular meu clitóris, e eu estava impaciente pra gozar logo, de uma vez por todas, e falei isso pra ele.
- Quero gozar amor. - Fiz bico.
- Eu sei, também quero. - Ele respondeu rindo. - Não consigo controlar quando estou com você. - Ele disse e segurou meus seios com a sua mão livre.
Segurei seu braço e comecei a gemer alto, sem conseguir evitar.
- Vai acordar o prédio neném, já esta tarde. - Ele riu e senti meu orgasmo se aproximando.
Sem forças, segurei no braço dele e apertei minha unha, com certeza ficaria marcado depois, mas não estava ligando.
Luan percebendo meu estado, aumentou o ritmo e passou a estimular mais meu clitóris. Logo ele se deitou sobre mim e me deu um beijo. Chegamos juntos ao orgasmo, e Luan gozou dentro de mim.
Ele ficou deitado sobre meu corpo, suspirando e enquanto eu ofegava. Sua boca estava no meu ouvido e ele riu baixinho.
- Promete que a gente não vai mais ficar nenhum dia sem fazer amor? - Gargalhamos, abraços, enquanto ele ainda estava dentro de mim.
- Prometo. - Acariciei seu rosto e ele se jogou ao meu lado, ainda me olhando. - Eu te amo Luan.
- Eu te amo minha neném. - Acariciou meu rosto e por fim me deu um beijo na boca.
Nós ficamos abraçados até se recuperar, depois fizemos amor várias outras vezes, quase a noite. A saudade estava transbordando pouco a pouco e cada segundo só aumentava a vontade de estar cada vez mais colados.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

103º - Eu te prometo o céu se assim você quiser.

Quando cheguei em casa com Bella, decidimos montar o museu do Louvre. Ela achava que era mais simples e ficou irritada logo em seguida, decidimos montar seus legos normais. Fiquei a noite toda concentrada naquilo, queria ver pronto, mas também só conseguia pensar que queria que Luan estivesse ali comigo. Nossa tarde, o problema de saúde dele, seu toque no meu rosto, só me fez perceber que amava cada pedaço daquele homem. E se não tivesse ele ao meu lado, nenhuma faculdade ou sonho do mundo me faria feliz.

Luan POV.

Eu não tinha dúvidas de que minha vida era Liz e nossa menina. Quando estava no quarto e Bella chegou me convidando pra um piquenique, eu não conseguia medir a minha felicidade. Queria dormir e acordar com as duas, queria casar e ter mais uns 3 filhos. Queria paz, viajar, sonhar junto da minha neném. Eu só pensava nisso.
- Como foi? - Minha mãe perguntou assim que eu entrei em casa.
- Ótimo mãe. - Disse sorrindo. - Ela amou o presente. - Contei pra eles. - E acho que a gente nasceu um pro outro, não tem jeito não. - Disse. - Eu já estou planejando o último capítulo dessa surpresa, e preciso da planilha de shows. - Meu pai me olhou e depois olhou pra minha mãe.
- Bom, então vamos lá no escritório que eu te ajudo com tudo.
Ele subiu comigo e contei tudo que estava planejando. Passávamos à tarde fazendo anotações, estudando minha agenda de show pra descobrir onde eu conseguiria encaixar tudo. Mas no fim consegui, e deixamos tudo pronto. Até consegui ligar pros pais da Liz e conseguir os dois de cúmplices. Tudo sairia perfeito.

- Mãe, vou sair! - Disse descendo arrumado e dando um beijo nela.
- Vai com a Liz e a Bella? - Perguntou.
- Não, preciso resolver uma coisa aí, mas eu não sei se demoro.
- Olhe lá Luan, está tudo bem encaminhado com a Liz e você não vai deixar tudo dar errado né…
- Não Dona Marizete, vou só terminar de ajeitar tudo. - Ri dela. - Beijos.
Tinha que resolver as coisas com a Isa, e ela já devia estar magoada comigo. Iria jantar na casa dela, e antes passei pra pedir comida japonesa. Aproveitava pra comer com ela já que Liz odiava. Ela me recebeu com carinho, me deu um abraço e um selinho. Era uma pessoa muito carinhosa e boa, eu gostava muito dela.
- Você sumiu, fiquei preocupada. - Disse enquanto me abraçava.
- Eu sei, me desculpa. A gente precisa conversar um pouco, tudo bem?
- Voltou com a Liz foi? - Ela sorriu arrumando a gola da minha camisa. Ela já sabia.
- Não voltei, mas eu estou tentando, vou voltar. Resolvi aceitar seu conselho. Eu amo ela Isa.
- Eu sei. - Ela sorriu fraco. - Fico muito feliz por você, até demorou demais.
- Quero que encontre alguém que te ame como você merece Isa. - Disse lhe dando um selinho. - Você é uma pessoa maravilhosa, não aceite menos do que o melhor tratamento do mundo.
- Você é um anjo Luan, Liz tem muita sorte.
- Ela ficou enciumada com você. - Disse rindo, acariciando o cabelo dela.
- Diga a ela, que você só tem olhos pra ela. - Riu.
- Vou dizer. - Acompanhei na gargalhada. - Comprei comida japonesa, daqui a pouco eles vêm entregar.
- Nossa que delicia! - Disse rindo.
Isa era uma grande amiga, e quando contei pra ela dos meus planos enquanto a gente comia, ela foi legal comigo e me deu algumas dicas a mais, pra acabar com aquilo de uma vez. Quando essa confusão passar, irei apresentá-la melhor a Liz, e a Bella, já que ela sempre quis muito conhecer a pequena.
Eu estava bem feliz quando voltei pra casa já meio tarde, e talvez bem mais aliviado, já que estava tudo bem encaixado agora.
Passei a noite compondo. Tinha tido um belo dia, estava feliz e  inspirado. Liz causava em mim as mais belas sensações.

Bella chegou em casa logo pela hora do almoço. Estava pretendendo voltar pra casa em alguns dias, queria aproveitar meus pais um pouco.
- Cadê a Liz? - Perguntei depois de abraçar ela e beijar forte.o
- Perguntou se eu podia pegar ela, já que precisava resolver umas coisas do escritório. - Meu pai disse.
- Se eu soubesse tinha levantado. - Disse tentando arrumar o cabelo dela, que estava um pouco bagunçado.
- Ela também parece que ficou acordada de noite, montando as miniaturas. - Eu pai disse sorrindo e eu não resisti a ficar todo bobo. Cara apaixonado é complicado.
- Deve estar cansada.
- Mamãe montou quase inteirinho papai! - Disse agitada.
- E você ajudou a mamãe? - Ela logo negou com a cabeça.
- Difícil.
- É por que não é de criança.
- Eu não sou criança! - Me olhou brava, saindo do meu colo e cruzou os braços.
- Não? - Perguntei enquanto meu pai ria. - Desculpa então boneca. E quantos anos você tem?
- Dez! - Disse emburrada e saiu magoada comigo.
- Essa menina é uma figura. - Meu pai comentou olhando o jornal.
- Liz inteirinha. - Disse rindo.
- Você tem um ensaio daqui a pouco né?
- Tenho. - Fiz careta. - Queria ficar com a Bella.
- Por que não leva ela? - Disse. - Ela vai amar.
Sai a procura dela e perguntei se queria trabalhar com o papai. Ela ficou louca, então levei pra dar um banho logo depois que comemos. Arrumei ela bonitinha, toda menininha no verão, e fomos com a equipe que passou na minha casa.
- Bella vai obedecer o tio! - Rober disse pra irritar a borboletinha.
- Não preciso obedecer tio! - Disse irritada.
- Precisa sim, criança obedece Bella. - Disse.
- Mamãe diz que eu sou mocinha. - Rimos.
- Como se sua mamãe tivesse tamanho de gente né… - Rober falou.
Tirei fotos pra uma revista. Estava todo empolgado, era uma revista legal, ia ficar um ensaio bem casual, e diferente. Depois de anos já me sentia a vontade mesmo em fotos, e estava no meio ambiente. Bella por sua vez explorou o estúdio com Rober na sua cola. Ela estava se divertindo, até imitava as minhas posses, estava se achando. Era uma criança quietinha, mas extrovertida, ao contrário de Liz e até da minha personalidade. Às vezes jurava que ela havia puxado a Bruna nisso. Fez amizade com todos, e adorou sair pra comer no meio da tarde com o tio Rober, e tomar sorvete. Voltou toda contente me contando que ele tinha dito que podia.
- Liz vai te amar. - Disse pegando ela no colo com o copo assim que eles chegaram.
- Ela não comeu doce hoje ainda. - Ele justificou.
- Verdade. - Disse. - Então pode né filha!
- Papai, quero tirar foto também. - Me olhou passando a mão no meu rosto.
- Quer? - Todos presentes riram.
- Temos uma pequena estrela na casa pelo visto. - Meu pai disse.
- Nem da ideia. - Disse. De alguma forma, ficaria muito feliz se ela fosse artista, mas também completamente preocupado.
Bella roubou toda a cena, e acabou que acabamos tirando algumas fotos juntos, que a equipe me mandou por e-mail. Ficaram lindas, e algumas dela sozinha também. Até queriam colocar na revista uma das nossas, e eu acabei aceitando. Bella era bem preservada, mas não era a inacessível. Eu fazia questão de que minhas fãs acompanhassem um pouco do crescimento dela, mas sem exagero. Queria que ela crescesse sem aquela coisa de ser intocável, como muitas vezes eu fui, injustamente. Bella devia crescer se achando uma pessoa normal, que era o que ela era. Esconder demais só iria atrapalhar.
Depois que saímos de lá, resolver jantar num Outback perto de casa. Bella adorava a comida de lá, e estava aguentando bem, toda princesa, mas sabia que ia desmaiar quando chegasse. Isso aconteceu por volta das 21h00, e decidi ir pra casa primeiro e depois de tomar banho, levar Bella. Minha mãe me ajudou a distrair ela enquanto eu tomava banho já que já havia me molhado todo com ela. Sai rapidinho e me arrumei, com uma roupa confortável e botei ela no carro. Bella chegou em casa desmaiando de sono, e Liz abriu a porta rindo enquanto eu pegava ela no colo.
- Oi mamãe. - Disse pra Liz.
- Oi filha. - Riu.
Entrei com ela e coloquei Bella na cama da Liz. Olhei o ambiente, estava exatamente igual ao dia que vim pela última vez. Balancei a cabeça tentando esquecer. Bella pediu com manha, pra deitar com ela. Fechei o carro da janela, e deitei, tirando o chinelo.
- Ela pediu pra mim deitar. - Disse pra Liz, quando ela entrou sorrindo.
Ela deu um beijo na Bella e desceu, dizendo que qualquer coisa estaria lá embaixo. Não vi quando ela dormiu, por que acabei desmaiando junto, na cama da Liz.

Liz POV.

Estava concentrada finalizando a primeira peça que Luan tinha me dado quando percebi que já fazia muito tempo que Luan estava deitado com Bella. Resolvi subir pra ver, e sorri quando encontrei os dois dormindo profundamente na mesma posição. Bella estava com as mãos no rosto dele, e ele virado pra ela. Pareciam dois anjos, e dormiam pesado. Decidi não acordar ele, e dormir ali também. Desci pra sala e fechei a casa, verificando se o carro do Luan também estava fechado. Apaguei as luzes e então subi pro meu quarto. Os dois ainda estavam na mesma posição. Peguei uma coberta e aproveitei pra cobrir Bella e Luan. Me deitei ao lado dela, deixando a borboletinha no meio de nós dois. Tive uma noite incrível de sono, como não tinha a muitos anos.

Luan POV.

Acordei de relance, meio perdido, porém me acalmei assim que vi que Bella estava encostada em mim, e Liz dormia profundamente. Fechei os olhos e respirei fundo, sorrindo em seguida. Decidi ficar, me sentia em paz ali com elas. E então eu fiquei, e estava encantado. Durante a noite até sonhei.

Ouvi barulhos na cozinha. Bella falava alto, Liz respondia animada. Me espreguicei e levantei. Desci as escadas devagar e quando consegui ver as duas, Bella veio correndo e pulou no meu colo.
- Filha, já disse pra não fazer isso, pode assustar seu pai. - Liz reclamou rindo, enquanto colocava a mesa.
- Não tem problema não. - Disse dando beijos na borboleta que estava no meu colo. - Bom dia amor da minha vida. - Disse pra ela. - Dormiu bem?
- Dormi papai. - Respondeu enquanto colocava ela no no chão.
Fiquei meio sem graça, mas decidi também ir até Liz, e dar um beijo na sua testa.
- Bom dia. - Disse sorrindo.
- Bom dia. - Respondeu sorrindo. - Eu fui na padaria, e sua mãe ligou. - Disse enquanto eu me sentava com Bella pedindo pra sentar no meu colo.
- Avise que você dormiu aqui, ela ficou preocupada.
- Eu esqueci. - Disse. - Mas ela deve ter imaginado.
- Você estava dormindo tão gostoso, fiquei com dó de te chamar.
- Agradeço. - Disse olhando ela me servir com suco, do jeitinho que eu gostava. - Eu realmente dormi bem.
Comemos conversando, num clima de paz que não tinha a muito tempo. Ela contou da última reunião na escola da Bella, que eu não consegui ir, apesar de estar presente em quase todas e explicou por que a pequena não tinha aula naquele dia.
- Ela adorou trabalhar comigo ontem né Bella? - Perguntei rindo, peguei meu celular e enviei as fotos pra Liz.
- Que coisa mais linda da mamãe! - Disse rindo.
- Olha o cabelinho… - Disse, mostrando a minha foto preferida.

- Eu quero tirar mais fotos! - Disse rápido.
- Vamos fazer um ensaio então. - Falei pra Liz, que concordou.
Tomamos o café como antes, rindo, brincando um com o outro. Nem parecia que não estávamos mais juntos.
Fui pra casa logo em seguida. Minha mãe me recebeu me olhando com um sorriso.
- Você dormiu com a Liz? - Perguntou animada e eu ri.
- Dormi na casa dela com a Bella e com ela, pode ser dona Marizete? - Ri e ela me olhou feio.
- Vocês não conversaram nem um pouquinho?
- Não. - Ri roubando um pedaço de bolo do prato dela. - Vou almoçar no escritório, estou umas duas horas atrasado pra uma reunião.
- Eu sei, seu pai já ligou.
- O que a senhora disse?
- Que você tinha dormido na casa da Liz e ele disse que adiaria.
- Ótimo. - Disse beijando ela é subindo pra tomar um banho.
Cheguei no escritório todo feliz, cantando, beijando todas as meninas, e meu pai começou a rir.
- Que bom humor é esse?
- Nossa senhora, não se pode mais ficar feliz nesse mundo. - Ri cumprimentando ele.
- Isso dai tem outro nome… - Roberval falou passando com cara amarrada.
- Liz. - Meu pai disse rindo e eu revirei os olhos.
- Conseguiu as passagens? - Perguntei já pensando o que iria comer.
- Consegui! - Ele disse me estendendo o envelope. - Você tem 5 dias pra convencer ela, ou vai perder um bom dinheiro.
- Se ela não quiser ir, não vai fazer diferença dinheiro nenhum. - Disse pegando e então, todos estavam prontos pra reunião. Meu almoço pelo visto iria esperar.

Estava de noite parado em frente à casa da Liz. No envelope na minha mão tinha o resto da minha surpresa, e eu não tinha a mínima coragem de tocar o interfone. Parecia um idiota, parado dentro do carro. Depois de cerca de 10 minutos eu toquei. Liz me recebeu com um sorriso no rosto, mas estava surpresa. Vestia um shorts curto, uma roupa de ficar em casa e estava usando os seu óculos de descanso. Ela ficava linda com eles.
Bella, a meu pedido, estava com meus pais no cinema.
- Seus pais saíram com a Bella. - Disse depois de me cumprimentar.
- Eu sei. - Disse sorrindo. - Vim falar com você. - Fui direto.
Ela fez uma expressão preocupada e me deu passagem.                        
- Aconteceu alguma coisa? - Ela perguntou ao me ver colocar o envelope sobre a mesa do hall.
-  Não, na verdade eu queria saber o que você achou do presente, já montou? - Ela abriu um sorriso animado.
- Montei duas, estava louca pra te mostrar, falta a Torre Eiffel, vem ver.
Ela saiu me puxando pela mão até a sala de TV. Era um sala de cultura, Bella fazia tarefas lá, tinham livros como um pequena biblioteca, e alguns jogos que a gente incentivava Bella a usar.
- Nossa! - Disse vendo o Louvre. Tinha ficado lindo. Claro que pelo tamanha da miniatura, não tinha muitos detalhes.
Eu nunca tinha ido à Paris, e estava animado com a ideia.
A outra miniatura da casa arquitetônica também tinha ficado maravilhosa. Era uma harmonia e tanto, e Liz explicou animada sobre o quanto gostava daquele estilo, que lembrava a futura fachada do seu escritório. Eu fui com meu pai na primeira visita do local, quando ele me ajudou a comprar pra ela. Eu devia isso.
- Ficaram lindas Liz. Estou muito feliz que tenha gostado. - Sorri, encantado.
- Você quer montar a Torre? - Disse sorrindo. - Você vai me ajudar né…
- Claro que sim. - Disse, sem a mínima vontade de recusar.
Liz me mostrou basicamente como fazia, e em vez de separarmos por parte, decidimos montar juntos. Só sei que virou a noite, e só percebemos quando Liz disse que estava com fome e foi arrumar coisas pra comer.
- Isso é muito bom. - Disse comendo salgadinhos. - Terapia nossa, demais mesmo!
- Você devia fazer mais vezes. - Ela falou sentada ao meu lado. - Estamos quase terminando.
- Desde quando você tem salgadinhos em casa? - Perguntei amando a porcaria.
- Eu adoro isso. - Ela disse rindo.
- Eu sei. - Ri.
- E escondo da Bella. - Rinos juntos.
- A coitada só toma refrigerante de fim de semana! - Disse rindo, e me senti ainda mais feliz quando ela riu e pegou nos meus braços, bem leve, descontraída.
- Tem que controlar, você não vai contar que a gente está comendo porcaria se não você também não vai comer mais! - Disse fingindo estar brava.
- Eu prometo que não vou reclamar. - Disse olhando pra ela sorrindo.
Liz foi parando de rir aos poucos, e começou a ficar sem graça diante do meu olhar intenso.
Eu amava olhar pra ela, ela já devia saber disso. Peguei na lateral de seu rosto pronto pra beija-lá, e como não recebi protesto, eu avancei. Sentir seus lábios nos meus depois de tanto tempo foi uma coisa maravilhosa. O mundo poderia parar naquele momento, eu estava completamente entregue pra ela. Acariciava seus cabelos enquanto nossas línguas se tocavam. Seu beijo era melhor do mundo, e me perguntei se algum dia havia dito isso a ela.
Quando nossas bocas se separaram, Liz me olhou dentro dos olhos, e se levantou, cruzando o braços e se afastando de costas. Eu não podia deixar tudo retrogredir, então levantei e segurei seu braço.
- Liz…
- Isso foi um erro. - Ela disse rápido.
- Não foi um erro, você sabe disso. - Ela me olhou. - Quero tentar reconstruir o que existiu entre nós, e ainda existe. Eu sei que não deixamos de nos amar.
- Você quem foi embora…
- E já está mais que na hora que ter um conversa sobre isso.
Ela me olhou sem graça. Sabia que aquela hora ia chegar.
- É pra isso que estou aqui. - Disse, e ela recuou, me dando a mão e sentando no sofá.
- Eu não fui embora por que não te amava.
- Eu achei que sim. - Disse olhando as mãos.
- Muito pelo contrário. Fui embora por que te amava muito. E iria mil vezes mais se que falasse novamente que não é feliz comigo. - Liz tentou protestar, mas interrompi. - Eu tenho um presente. - Ela me olhou surpresa. - Duas passagens pra Paris, no início da semana que vem. Bella pode passar uns dias com os avós maternos que já aceitaram, e você vem comigo, em nome do nosso amor.
- Eu… - Ela me olhou confusa.
- Não aceito um não.
Ela, como sempre fez, olhou dentro dos meus olhos. Acariciou meu rosto com um doce sorriso.
- Por que você fez aquilo com a gente?
- Por que você me disse que estava infeliz. - Disse sincero, e peguei as mãos dela beijando. - Você é minha menina, meu neném, a mulher da minha vida, eu não te quero infeliz, principalmente por minha causa.
- Luan, desde que te conheci, eu só fui infeliz quando você não esteve ao meu lado, apenas. - Ela sorriu envergonhada. - Você foi minha maior felicidade, principalmente quando me deu a Bella. Era só da boca pra fora.
- Faltou diálogo. - Sequei com os dedos as últimas lágrimas que caiam pelo seu rosto. - É por isso que eu preciso que você vá até Paris comigo. Eu só preciso do seu sim.
Ela me abraçou doce, se aconchegou nos meus braços e sorriu.
- Eu vou, se você me promete que vai me fazer voltar a pessoa mais feliz do mundo.
- Eu te prometo o céu se assim você quiser. - Sorri largo.
As coisas pareciam que iam dar certo agora, e eu só torcia muito pra que sim.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

102° - Isso mostra que nem tudo está perdido não é?

Dias depois…

Meu telefone estava tocando e novamente era Isabella. Já estava na estrada chegando em casa depois do retorno aos palcos e mais uma vez estava sendo um idiota com ela.
- Por que você não atende e diz pra ela a verdade? - Rober perguntou.
- Não quero magoar ela. - Disse chateado. - Mas eu vou dizer, não quero falar pelo telefone e não sei se vou conseguir agir normalmente com ela. 
- Isso só vai piorar as coisas. E o negócio da Liz?
- Chegou hoje de manhã, graças a Deus. - Disse. - Minha mãe comprou o resto e meu pai vai trazer as flores hoje á tarde. Espero que até a noite ela já receba. - Disse ansioso.
- E depois você vai fazer o que?
- Vou esperar a ligação dela. - Sorri. - Acho que ela vai gostar.
- Você acha? - Rober riu. - É a cara dela, e é muito simbólico também, receber algo assim de você, que sempre lutou tanto contra a faculdade dela.
Logo chegamos em casa, e minha mãe já está toda ansiosa me esperando. Cheguei já perguntando de Bella, que descobri que estava almoçando com Liz no centro depois da escola. Queria correr e ver o presente de Liz, que deu trabalho pra 
conseguir, mas agradeci que algumas lojas ainda vendiam, porém, minha mãe me obrigou a comer primeiro. Estava muito animado enquanto ela contava que tinha escolhido uma caixa bonita, e vermelha, com laços dourados.
Depois de comer o creme de abacate que ela tinha feito pra mim, fomos arrumar tudo. Dona Mari parecia mais ansiosa que eu, e fez tudo que pedi com todo carinho do mundo. Fiquei muito feliz quando encontrei todas as três caixas no meu quarto. Parecia lago muito legal, e me cocei pra abrir, mas não fiz.
- Nossa mãe, que legal! - Disse sorrindo enquanto olhava. - Ela vai adorar né?
- Claro que vai. Vamos embalar?
- Vamos.
Ela me ajudou a colocar a colocar na caixa grande e depois a passar o laço.
- Você não vai escrever uma carta?
- Acho que só um cartão. - Disse mordendo os lábios. - Ela vai me ligar se eu for mais misterioso.
- Ela vai te ligar de qualquer forma.
- Eu sei, mas tem coisas que quero dizer pessoalmente. - Disse. - Que horas o pai vem?
- Ele ligou dizendo que estava vindo com seu buquê.
- Ótimo. - Disse pegando a caixa e levando pra sala. - Você vai comigo lá entregar?
- Vou. - Ela disse ouvindo a porta se abrir. - Deu pai chegou.
- Oi filho, tudo bem? - Ele disse me abraçando. - Já liguei pra Liz, e ela acabou de chegar.
- Estou ansioso. - Disse estendendo a mão pra pegar o buquê. - Obrigado. Vou escrever o cartão.
Demorei um bom tempo pra conseguir terminar de escrever, pensando exatamente no que colocar. Cheirei as rosas, eram lindas. Vermelhas vivas, e bastantes, faziam um buquê majestoso. Estava muito feliz. Meus pais colocaram as coisas no carro e eu fui dirigindo, enquanto minha mãe foi comigo. Quando cheguei em frente avisei meu pai pra ligar pra Liz, pra distrair ela. Levei a caixa com a minha mãe e depois ela ajeitou o buquê, e entramos no carro depois de tocar a campainha e fomos embora. Assim que chegamos, meu pai veio contar que Liz desligou o telefone pra atender, então me preparei pra ligação dela.
- Espero que vocês se acertem. - Meus pais desejaram.
- Eu também. - Sorri. 

Liz POV.

Estava falando com seu Amarildo quando a campainha tocou.
- Vai lá atender, mais tarde a gente conversa.
- Tudo bem, eu levo a Bella aí, beijos.
Desci correndo as escadas e encontrei Bella que estava na sala.
- Tá tocando mamãe. - Disse batendo as mãos.
- Eu sei princesa, vou ver quem é. - Disse. - Terminar de pintar a tarefa. - Ela trazia muitas lições de casa pra pintar, com o objetivo de ajudar na coordenação. Ela voltou a se debruçar na mesa da sala sentada no tapete e pintar e fui abrir a porta.
Não havia ninguém, mas tinha uma caixa relativamente grande e um buquê bem grande em cima. Não consegui deixar de sorrir, eram lindas e depois de pegar e sentir, descobri que cheirosas também. Peguei a caixa e levei pra dentro, fechando a porta depois de olhar pra ver se havia alguém.
- Presente mamãe! - Bella apareceu rindo e curiosa.
- É, só não sei do que se trata querida. - Peguei o buquê e procurei um cartão, encontrando.
“Somente espero que não tenha se arrependido de não ter ido na sua formatura por mim. Fiquei muito agradecido, e feliz por tamanho gesto de amor. Assim, espero que goste do presente que escolhi especialmente para a melhor arquiteta do mundo, afinal, tenho muito orgulho de ti. Você é a melhor pessoa que apareceu na minha vida. Com amor.”
Assim que terminei de ler, mal podia acreditar que ele tinha escrito aquilo pra mim, ou até mesmo tirado um tempo seu pra pensar em mim. Quando ele foi embora, acreditei de verdade que não significava nada pra ele, mas agora ele estava mostrando o contrário. Não tinha assinado, mas também não tinha necessidade. Não sabia do que se tratava, mas só pelo gesto eu já estava completamente feliz. Meu coração bobo, apaixonado e esperançoso, se encheu de alegria e amor. Luan despertava em mim as melhores coisas da vida.
- De quem é mamãe?
- Do papão meu anjo.
- Cadê papai?
- Seu avô disse que chegou hoje, daqui a pouco vamos lá ver ele.
- A gente pode levar brigadeiro?
- Pode, podemos meu anjo. - Ri, ela também gostava de brigadeiro como eu.
Decidimos então abrir a caixa. Estava muito curiosa, mas fiquei completamente encantada quando soltei o laço e encontrei uma caixa do Lego Arquitetura, onde se podia montar a Torre Eiffel. Eu era louca em legos, e sabia que tinha essa coleção, mas nunca tive oportunidade pra encontrar. Era uma coisa incrível pra uma arquiteta, diga-se de passagem louca pelos monumentos franceses. Fiquei completamente apaixonada, e feliz, não tanto pelo presente, mas só quem já viveu isso sabe como é bom receber algo de alguém que ama, e ver o quanto a pessoa te conhece. Luan mostrava que me apoiava com aquilo, gesto tão singelo. Ele realmente me conhecia.
- Lego mamãe! - Bella disse apontando a caixinha, e feliz. Tinha incentivado isso nela, e ela também amava os brinquedos de montar. - É pra mim?
- Esse é de adulto, mas você pode ajudar a mamãe! - Expliquei o que era aquilo pra ela.
- A gente pode montar mamãe?
- Claro que sim. - Disse, olhando o resto.
Além da Torre, também ele havia me dado o Museu do Louvre, outra linda obra que eu tinha muito amor. Ainda não conhecia o Louvre, mas era um dos meus maiores desejos. Havia até a pirâmide, e eu amei. Também havia a caixa da Villa Savoye, uma casa que se tornou o marco da arquitetura moderna. Fiquei fascinada e muito feliz com o cuidado dele de me agradar. Havia conseguido.
Sempre penso que não se compra o amor, não com dinheiro pelo menos, mas se compra com os gestos de carinho, ou pela simbologia, envolvendo eles dinheiro ou não.
- Vamos montar mamãe! - Bella disse animada.
- Por que não vamos até a casa da sua avó, e convidados papai pra um piquenique aqui no condomínio.
- Pode no jardim?
- No jardim pode! - Disse me levantando e colocando as rosas na água com um sorriso no rosto.
Ao se trocar, Bella quis ir combinando comigo. Colocamos as duas um vestido florido amarelo de verão que tínhamos iguais, e chapéus fofos pra proteger do sol. Escolhi um óculos e passamos protetor solar. Bella ainda vestiu um shorts por baixo pra poder brincar mais à vontade. 
Decidi ir até uma padaria ali próxima, que Luan amava. Comprei um bolo em miniatura do qual ele mais gostava, e Bella escolheu alguns doces. Eu cuidava muito da alimentação dela, o que permite alguns excessos de vez em quando. Compramos também pãos doces, bolachas gostosas e suco. Logo estávamos na casa da minha ex sogra. Ela recebeu as duas com muito entusiasmo. Bella já correu chamar o pai.
- Você gostou querida? - Mari perguntou me abraçando.
- Eu amei Mari. - Disse envergonhada. - Viemos chamar ele pra um piquenique, pra agradecer, e vocês também, tenho certeza que ajudaram…
- Ajudamos um pouco, a ideia é toda dele. - Sorriu.
- Obrigada. - Abracei ela.
- Tenta de novo… - Ela disse sorrindo.
- Vamos ver né… - Falei envergonhada.
Convidei os dois pra ir conosco, mas eles preferiram ficar. Bella desceu dizendo que o papai estava se arrumando. Assim que ele cruzou o olhar comigo, eu sorri. Cumprimentei com um beijo e um abraço, e depois no caminho a atenção dele foi toda de Bella enquanto eu dirigia. Deixaria pra falar quando chegasse.
Bella ainda vestiu um shorts por baixo pra poder brincar mais à vontade. 
Decidi ir até uma padaria ali próxima, que Luan amava. Comprei um bolo em miniatura do qual ele mais gostava, e Bella escolheu alguns doces. Eu cuidava muito da alimentação dela, o que permite alguns excessos de vez em quando. Compramos também pãos doces, bolachas gostosas e suco. Logo estávamos na casa da minha ex sogra. Ela recebeu as duas com muito entusiasmo. Bella já correu chamar o pai.
- Você gostou querida? - Mari perguntou me abraçando.
- Eu amei Mari. - Disse envergonhada. - Viemos chamar ele pra um piquenique, pra agradecer, e vocês também, tenho certeza que ajudaram…
- Ajudamos um pouco, a ideia é toda dele. - Sorriu.
- Obrigada. - Abracei ela.
- Tenta de novo… - Ela disse sorrindo.
- Vamos ver né… - Falei envergonhada.
Convidei os dois pra ir conosco, mas eles preferiram ficar. Bella desceu dizendo que o papai estava se arrumando. Assim que ele cruzou o olhar comigo, eu sorri. Cumprimentei com um beijo e um abraço, e depois no caminho a atenção dele foi toda de Bella enquanto eu dirigia. Deixaria pra falar quando chegasse.
Era segunda-feira à tarde, o jardim do condomínio estava vazio. Bella escolheu um lugar embaixo de uma árvore e tirou o sapato pra brincar no parquinho.
- Não é melhor ela comer primeiro? - Luan perguntou rindo e segurando os sapatos.
- Tem lugar pra lavar a mão, então não tem problema né. - Disse rindo, sentando com ele. - Comprei aquele bolo pra você. - Tirei da sacola.
- Nossa cara, que gostoso. - Disse sorrindo. - Nunca mais fui lá depois que… - Disse, sem completar a frase.
- Eu e Bella sempre comemos. - Sorri, separando um pratinho pra ele.
- Foi cuidadosa, trouxe até pratinho.
- Você tem sorte, por que sou a melhor. - Disse rindo. - Luan, eu queria te agradecer. - Sorri lhe olhando nos olhos, antes de cortar pra ele.
- Você gostou? - Ele levou uma mão até meu rosto, e abaixei o olhar meio envergonhada.
- Eu amei, eu sempre achei demais essa coleção, mas faltou sei lá, oportunidade.
- Achei sua cara. - Sorriu. - Eu que tenho que te agradecer, e você sabe que não estou sendo modesto.
- Fiz o que eu senti que devia.
- Isso mostra que nem tudo está perdido não é? - Sorriu e eu afirmei. - Só que, foi um sacrifício muito grande, não precisava, você sabe disso.
- Eu não estaria feliz e em paz na festa, de nada adiantaria. Estava onde precisava estar.
- Fico feliz com isso. - Ele beijou minha mão. - Muito obrigada. E saiba que sempre tive muito orgulho de você. É toda menina, mas ao mesmo tempo mulher batalhadora, decidida e segura. Antes eu achava que era o pilar da relação, mas sempre foi você. E eu sempre fui o dependente. - Sorriu. - Nunca no mundo subestimei você.
- Eu sei, e agradeço por que foi talvez a única pessoa que acreditou em mim.
- Muita gente acreditou em você Liz. - Disse sincero. - Só que você largou elas por mim, e eu sou muito grato por isso.
- Bom, então, vamos comer… - Disse tentando quebrar o clima.
Cortei um pedaço de bolo pra cada e encostei na árvore com ele. A gente comeu em silêncio, olhando Bella descer no escorregador ou brincar na areia.
- Adorei o look de vocês. - Ele disse rindo.
- Foi ideia dela. - Falei rindo. - Ficou fofo.
- Ficou demais, duas menininhas! - Riu, olhando a pequena.
Cortei um pedaço de pão e estava toda lambuzada já. Luan me olhando rindo, já que mesmo depois de ter experimentado tudo, ainda estava parecendo igual quando chegou: limpo.
- E o que você vai fazer essa semana? - Perguntei depois que o assunto acabou.
- Vou pro sul.
- E vai ficar um tempo lá passeando?
- Até queria, mas pra levar a Bella tem escola né… - Disse tampando as coisas pra não encher de formiga e peguei o potinho de brigadeiros. - Você vai passar mal, esta comendo muito.
- Eu tô comendo mais mesmo, nos últimos tempos. - Disse. Sabia que era ansiedade, e já tinha engordado alguns quilos. Luan com certeza reparou, mas era galante demais pra comentar.
- Não pode. - Disse simplesmente mas parou quando eu olhei feio pra ele.
- Por que você não leva a Isabella? - Perguntei, sem resistir.
- Por que? - Ele perguntou rindo e desviou o olhar, sem graça. Eu sabia quando ele ficava assim.
- Por que vocês estão ficando, não estão?
- Faz quanto tempo que você está esperando pra me perguntar isso? - Riu.
- Algum. - Ri.
- Então me diga como anda você e o Mateus.
Podia jurar que por essa não esperava. Imaginava que ele tinha percebido que no dia que estávamos na casa dele, eu só estava tentando provocar.
- Não precisa ficar com essas bochechas aí… - Ele falou. - Está meio na cara que vocês estão ficando…
- A gente não está mais.
- Não? - Ele parecia surpreso.
- Não. - Disse.
- Ele fez algo com você?
- Não. - Sorri pela preocupação. - Ele foi muito gentil em tomar a decisão certa.
- Você tem razão. - Disse olhando pra frente. - Eu não falei com a Isa ainda, mas também vou botar um fim.
- Hum… Por que? - Disse fingindo estar mais interessada no meu brigadeiro.
- Eu não posso amar ela, e ela é uma pessoa muito legal pra ficar presa assim…
- Por que você não tenta? - Quando vi, já tinha saído. Tentando me fazer de legal, claro.
- Sério mesmo? - Ele riu, me olhando estranho.
- Não, eu só estava tentando ser uma boa amiga. - Rimos.
- Você é minha ex mulher. - Ele disse revirando os olhos. - Não tente e nem ache que não te conheço.
- Não nos casamos. - Corrigi, feliz da vida por ele terminar o que quer que tinha com Isabella.
- Bella é mais que um casamento. - Ele disse e eu tive que concordar. - Acho melhor buscar ela pra comer. - Ele se levantou.
- Chama, não é mais fácil?
- Ela não vai vir. - Riu. - Até parece que não conhece a miniatura de Liz.
- Graças a Deus. - Ri, e ele já deu as costas indo até a pequena.
Ele ainda deu a mão pra ela descer do escorregador. Era lindo de ver os dois juntos, uma união completa e linda. Eram os amores da minha vida.
Bella comeu com empolgação, e fez Luan experimentar na frente dela tudo que já tinha comido. Ele ria, mas fazia o gosto dela. Eram muito apegados, e se ela era apegada comigo, com Luan era 3x mais. Aquela velha coisa de que falam, que o pai é sempre o herói da menininha. Luan cumpria muito bem esse papel.

Muito obrigada por quem ainda esta aqui, isso significa muito pra mim. Por mais que vocês não acreditem, essa historia significa muito! ♥