segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

86º - Quinto mês cor de rosa

Dedicado á Isabella Guimarães.

- Nossa amor, está vazio. - Ela sorriu lindamente. 
Pegamos uma mesa bem grande e ficamos esperando um pouco. Liz olhava pra todos os lados, ela era louco pelo Pooh, dizia amar desde criança. Então os garçons nos serviram e comemos conversando. 
- Não tem ninguém, o Pooh não veio. - Ela disse terminando de comer. - Queria ver ele. 
- Vamos voltar pra Orlando mais vezes. - Disse sorrindo. 
Todo mundo estava distraído e do nada vários personagens começaram a entrar, ela ficou olhando encantada enquanto eles dançavam como nas paradas. O Dumbo chamou ela pra dançar e todos acabaram se levantando também rindo e batendo palmas. Liz tinha um sorriso lindo no rosto, e eu não conseguia tirar o meu olhando ela.  O Dumbo levou ela pro meio do restaurante todo mundo começou a cantar parabéns em volta dela, que correu pra mim me abraçando. 
- Não acredito nisso. - Riu.
- Parabéns meu amor! - Beijei seu nariz e ela riu. 
Nessa hora o Pooh apareceu com o bolo dela nas mãos. Liz ficou toda feliz depois que terminamos de cantar e abraçou o personagem favorito rindo. Foi nessa hora que resolvi fazer a minha surpresa. 
A música parou e o Pooh pediu a atenção de todos os personagens que estavam ali e das nossas famílias. Me aproximei e agora ela olhava sem entender. Ajoelhei, enquanto o ursinho amarelo estava bem do nosso lado e me passou a caixinha.
- Luan, você é… - Liz sussurrou.
- Por você. - Disse sorrindo e abri a caixinha. 
Tinha escolhido um anel lindo, ali mesmo em Orlando quando sai com meu pai. Tinha contado pra ele a ideia e surpreendentemente, ele me ajudou com tudo. 
A joia era delicada, como ela, um solitário, com um diamante em cima. 
- Quer casar comigo? - Ela ainda tinha uma cara de surpresa no rosto e todos olhavam sorrindo. - Não precisa se assustar, tudo bem? - Ri.
- É claro que eu quero! - Ela disse rindo e se abaixou pra ficar de joelhos comigo e nos abraçamos forte. 
Assim que nos separamos já era visível as lágrimas nos olhos delas e no meu também. Peguei o anel, sem tirar os olhos dos dela por um segundo. Peguei com delicadeza sua mão, beijei, e depois coloquei o anel, e beijos novamente.
- Minha princesa… - Beijei seu rosto e sequei as lágrimas. - A gente vai ser muito feliz, eu prometo. 
- Eu te amo muito. 
A gente se levantou, abraçamos toda a família, e Liz toda menina não se aguentou e queria tirar foto com o Pooh dela. Tiramos nos dois, rindo, e ficou linda novamente. Depois voltamos a passear pelo parque, mas dessa vez não desgrudei da minha noiva. Estava tão feliz, mesmo sendo pra mais pra frente. Não pretendia casar agora com ela, só dali um tempo. Ela podia escolher o momento que quisesse, mas eu não tinha pressa exatamente por saber que tudo havia mudado rápido demais pra ela. 
- O bebê está colaborando hoje. - Vó Clarice falou. 
- Ele resolveu me ajudar. - Disse Liz sentando pra comer pela segunda vez. - Ando com muita fome. 
- É a fase que mais vai engordar. - Minha mãe contou. 
- Quero saber o sexo logo. - Disse.
- Acalma sua namorada Luan. - Seu Manuel falou rindo. 
- Noiva agora, minha noiva! - Beijei sua testa e todos riram. 
Durante a noite, dei o melhor presente que 18 anos que ela poderia receber. 

Liz POV.

O quinto mês chegou depressa. Assim que desembarcamos no Brasil, Luan ainda tinha 15 dias de férias, só voltaria depois do seu aniversário. O que dava a chance dele acompanhar com tranquilidade o ultrassom em que saberíamos o sexo do bebê. 
Chegamos em casa e eu estava com algumas dores, por causa do vôo, então Luan atacou todo cuidado. Seu pai ajudou a levar as malas e ele foi me segurando o tempo todo, super cuidadoso. Entramos em casa e ele já foi me guiando pro quarto. 
- Você precisa descansar, vou pegar seu remédio, deitar você. Minha mãe pode vir fazer uma sopa pro jantar… 
- Luan, calma, eu não estou doente amor, gravidez não é doença. - Seu pai começou a rir e eu também não fiquei atrás. 
- Fico preocupado ué… 
- Só acho que vou precisar ficar mais quietinha agora. - Disse. - Por que meu corpo é pequeno, e o bebê pesa… 
- A médica disse isso né. - Ele falou. 
Seu pai ajudou a gente e eu fui deitar. Fiquei alisando minha barriga até que tive uma surpresa. Meu bebê chutou.
- Luan! - Gritei e ele veio todo desesperado, enquanto eu já tinha lágrimas nos olhos. Era uma sensação única, eu podia sentir ele dentro de mim. 
- O que foi? 
- Chutou. - Sorri. - Olha. - Peguei sua mão e coloquei sobre o local, não deu dois segundos, ele chutou de novo. 
- Sente o papai fazendo carinho filho? - Ele disse rindo e se aproximando da minha barriga. - Ele sente. - Disse com um sorriso lindo. 
- Sim, ele sente. - Disse. - Meu Deus, que sensação! 
- Nosso bebê amor! 
Ficamos acariciando até ele parar, então Luan começou a cantar pedindo pra ele chutar novamente, mas não teve jeito. 
Passei o dia descansando, e no outro levantamos bem cedo pra ir até a médica. 
Estava muito ansiosa pra saber logo o sexo. Luan dirigia batendo as mãos ansioso e me olhava sorrindo. 
- Você quer menino ou menina? - Perguntou. 
- Não importa. - Disse sorrindo. 
- Quero os dois. 
- Não são gêmeos… 
- Mas quero os dois ainda. 
- Tudo bem amor. - Rimos. 
A consulta na demorou, e Camili chamou logo pro ultrassom vendo nossa ansiedade. 
- Estão muito curiosos?!
- Sim! - Luan disse todo agitado.
Ela ficou olhando, olhando e nós dois estávamos de mãos dadas, nervosos. Então ela sorriu e disse. 
- Isso é tão a cara de vocês. - Rimos. - É uma menina. 
Luan me olhou assustado e sorriu. Eu fiz o mesmo, sem acreditar. 
- Um princesa pra casa, vai ser toda delicada como você Liz. - Camili falou. 
- Eu espero. - Luan comentou. 
- Eu sempre quiser ser mãe de menina. 
- E eu não, vou ter trabalho com os marmanjos. - Rimos. 
Saímos logo de lá. Minha saúde estava ótima. Luan e eu fomos parar então no shopping. Tinha combinado com Luan mais cedo. Estávamos indo em direção a praça de alimentação quando senti fotografarem nós. 
- Estão tirando fotos. 
- Já sabem sobre sua idade Liz. - Luan contou. - As coisas vão ficar mais agitadas, ainda mais que todo mundo sabe que você está grávida. 
- Não quero expor nosso bebê. 
- Nem eu, vou cuidar de vocês. 
Comemos com calma, eu não podia comer com pressa. Depois fomos até uma loja de roupas. Fiquei louca com cada coisa linda, mas ainda não tinha escolhido nada. 
- Você quer mesmo ver hoje? - Luan sorriu. 
- Algumas coisas, né?! Já que a maioria vamos comprar fora.
- Sim, mas esse momento vai ser importante pra gente. 
Então fiquei encantadas por um vestidinho, mas o que me conquistou foi uma saída de maternidade, toda de tricô, branca com alguns detalhes rosa, que vinha junto com a manta. Era a coisa mais linda e me emocionei quando peguei. 
- Gostou? - Luan perguntou me olhando sorrindo. 
- Eu quero ela. 
- É linda. - Ele passou a mão e estendeu pra vendedora que nos olhava encantada.
- Vai combinar com o seu sapatinho. - Disse. - Aquele que você comprou. 
- Vai mesmo. - Ele acariciou meu rosto. - Quero que nossa menininha tenha seu rosto. 
- Queria que se parecesse com você. 
- Vai por mim que ela vai ser mais bonita se for com você. - Rimos. 
Luan também gostou de algumas coisas mas não compramos muito, logo depois fomos pra casa da sua mãe contar a novidade. 
Teríamos uma menina, minha menina. 

Posto depois de 10 comentários. 
Queria mandar um beijo pras meninas que falei hoje a tarde atrás de Tatá! Fiquei muito feliz... E aproveito pra falar que decidi liberar meu kik pta vocês. Quem quiser, só me chamar lá: lunacosta.
Beijos.

domingo, 27 de dezembro de 2015

85º - Quarto mês de amor...

Luan POV. 

Fui com a Liz direto pra casa depois da ultrassom. Ela estava calada, alisava a barriga e estava perdida no mundo dela, mas seu olhar brilhava como nunca antes. Não ousei falar nada, deixei ela viver aquele momento. A ficha ia terminar de cair e ai surtar de felicidade, eu estava sentindo, e já podia até imaginar, esse momento que tanto esperei. 
Entramos em casa e ela correu pro quarto, ficou lá, sentada, na mesma posição alisando a barriga. Liguei pra pedir nosso almoço e fiquei na sala, encantada com tudo que tinha acontecido. Lembrei de tudo que tinha falado pra seu pai, no dia em que convenci ele que Liz ficaria bem. 

Flashback on.

- Seu Roberto, me escuta! - Disse pra ele na sala, tentando consertar a situação. 
- Não tem conversa! - Ele disse. - Você disse que ia cuidar dela e não engravidar ela! 
- Aconteceu, e eu estou feliz! 
- Você está! - Ele acusou, vermelho de raiva. - Liz também vai ficar, ela só precisa de tempo e apoio. O senhor não vai ajudar gritando dessa maneira. 
- Não me venha dizer o que fazer seu moleque! - Ele veio pra cima de mim e me apontou o dedo. 
- Eu não sou moleque. - Disse firme. - Eu tenho responsabilidade, eu cuidei da Liz, eu amo sua filha, e isso não vai mudar. Ou melhor, vou cuidar ainda mais, pra sempre. Não vou sair do lado deles, eu amo ela. E estou muito feliz por ser ela a mãe do meu filho. - Ele se calou e ficou me olhando falar. - Meus pais me tiveram cedo também, eles se casaram por minha causa, mas são o casal mais feliz se eu já vi. Minha mãe engravidou com a mesma idade da Liz, mal sabia cuidar dela, e meu pai era mais novo que eu, mas eles assumiram, e conseguiram dar conta. E eles estão bem, eles se amam, e sempre sonhei com um casamento como o deles. E quero que Liz esteja ao meu lado nessa, com nosso bebê. - Suspirei. Ele já estava de costas e nem me olhava mais. - Estou sendo franco com o senhor. Eu sei que não tiveram a Liz cedo, mas isso acontece, e eu não vou abandonar ela, eu vou cuidar dela como se fosse a minha vida, como já cuido. Ela já é minha princesa. - Sorri. - E Liz vai fazer a faculdade dela. Vai ser a melhor arquiteta que essa cidade já viu, se depender de mim. E depois que ela se formar, a gente casa. Não tem problema… Eu só quero ser feliz com sua filha e fazer ela feliz. 
Ele se virou e estava chorando. Me olhou por um tempo e eu pensei que fosse me matar, mas ele veio e me abraçou forte. Pediu mil vezes que eu cuidasse da menina dele, e eu prometi mil vezes que faria isso. E eu faria. 

Flashback of. 

Sorri com aquela lembrança. Estava feliz, radiante. Decidi ir até Liz então. Entrei no quarto sorrindo e ela me olhou da mesma maneira. Me aproximei e abracei ela com toda a força. Ela agora estava meio deitada, então fiquei por cima e me aninhei enquanto ela me fazia cafuné. Minha princesa, minha neném, tinhas as melhores mãos do mundo. Passei meu rosto de leve pelo seu pescoço, roçando minha barba ali e senti ela se arrepiar. Olhei seu rosto e ela chorava.
- O que foi? 
- Vamos ter um bebezinho. - Sorriu e eu quase me afoguei na felicidade. 
- Vamos meu anjo. 
- Vamos cuidar dele não é? 
- Muito. - Sorri. 
- Agora eu posso sentir… 

O quarto mês passou rápido também. Eu tive que resolver muitas coisas, e com a entrada das ferias tudo se apertou. Antes de sair, fiquei de assumir a gravidez de Liz, mas esperei chegarmos em Orlando pra tirar uma foto com ela. Os avós dela quase morreram ao nos ver e trataram minha princesa muito bem e eu fui recebido da mesma forma. Pareciam que tinham gostado de mim. Quase fomos convencidos a ficar na casa deles, que era me espaçosa. Minha família foi comigo, então consegui escapar e Liz convenceu os avós que eles ficariam conosco. Não eram novinhos, mas tinham grande disposição e logo fizeram amizade. 
- Seu Manuel, vamos no parque amanhã com a gente? 
- Eu e a Clarice vamos sempre Luan! - Ele respondeu eu animado enquanto conversava com meu pai e eu voltei levando fruta pra Liz. Em doze dia ela estaria fazendo aniversário e ainda estaríamos em Orlando. 

No dia seguinte fomos até o parque da Disney, o Magic Kingdom, e Liz me mostrou tudo encantada. A quantidade de brasileiros ali havia diminuído e estava bem livre, então vimos o casal dos ratinhos, a Minnie e o Mickey e eu tive a ideia pra foto. Mesmo com a barriguinha pequena já haviam suspeitas e então contamos pra eles, que ela estava grávida e pedi uma foto criativa. Mickey e eu então abaixamos e beijamos a barriga dela, depois tiramos mais uma normal com a Minnie juntos. Peguei a foto na já coloquei no insta com um texto que eu havia preparado.

Todo esse universo de criança, nunca saiu de mim, mas vai ficar ainda mais incrível por que vou ter uma criança pra poder compartilhar com ela tudo que vivi, aprendi e amei. Essa criança vai ser a mais amada de todas, fruto do amor mais lindo que já conheci, do maior amor que já vivi e pretendo viver por muitos anos. 

Foi uma viagem agitada, mas fez bem pra Liz estar perto dos avôs, só teve dois dias que ela teve que ficar mais quietinha, por estar um pouco enjoada.
- Ela já esta comendo bem. - Clarice sorriu levando mais uma manga pra ela depois que chegamos de um dia de compras e Liz estava deitada. - E as coisas do bebê? 
- Ainda não, vamos comprar quando descobrir o sexo, vamos vir pra cá no meio da semana e compramos. - Disse. - Ela ainda não quer ver nada. 
- Compraram o que com tanta sacolas assim menino? 
- Algumas coisas pra ela. - Ri. - As roupas não servem mais. 
- Está ficando barriguinha já, vai ficar bem grandinha, por que ela é magrinha.
- Vai ficar linda. - Disse sorrindo. 

Com o aniversário de Liz chegando, eu estava cada vez mais ansioso pra fazer uma surpresa pra ela. Estava pensando muito sobre muita coisa e planejei uma festa. Seria algo de outro mundo, e ela, toda menina e delicada ia amar. Estava ansioso quando fomos pela segunda vez ao Magic Kingdom a pedido da Liz, já que era seu parque preferido, e era o dia de seu aniversário, um dos últimos dias daquele quarto mês. Tinha preparado tudo, e ela mal imaginava. Logo quando acordamos, todos ficaram felizes e ela recebeu muitos cumprimentos. 
- Estou feliz de estar aqui com vocês. - Disse pros avós e pros meus pais também. Estávamos só nós, Bruna não tinha ido. 
Liz estava feliz e decidimos que ela iria escolher tudo hoje, era o dia dela. Assim que chegamos, comprou uma orelhinha e ficou toda feliz desfilando com ela, enquanto eu ria. 
- Eu já disse né? - Perguntou. - Quero almoçar, estou com fome. - Pediu baixinho pra mim enquanto minha mãe e sua vó estavam entrosadas. 
- Onde? 
- Naquele restaurante que no outro dia estava lotado, do Pooh. Eu já te falei amor. 
- Nós vamos! - Ri. - Não lembro que você tinha dito. - Menti. 
- Você não lembra de nada! - Ela me deu um beijo na bochecha rindo. 
Chamei nossa família e fomos. Estava tudo planejado, ela teria um aniversário incrível. 

Posto depois de 10 comentários. 

sábado, 26 de dezembro de 2015

84º - Terceiro mês de amor...

O terceiro mês da gravidez chegou rápido, assim como Janeiro, e com eles, vieram os resultados da faculdade. Todo esforço valeu a pena, e fui aprovada em Arquitetura na faculdade dos meus sonhos. Luan estava comigo, quando olhou os resultados. Festejamos muito, pulamos, e ganhei um abraço forte e apertado. 
- Eu consegui! 
- Eu disse que acreditava em você. - Ele riu e me beijo. - Tenho uma surpresa. 
- Fala. - Disse ansiosa. 
- Eu fui na faculdade com a Bruna essa semana enquanto você foi correr. - Agora eu fazia exercícios acompanhados pelo personal dele, e apropriados pra uma gestação saudável. - Eu me informei, e você vai poder parar. - Ele sorriu. - Tem duas maneiras… - Prestava atenção nele. - Tem a licença maternidade e a gente pode trancar ela e iniciar mais pra frente. A licença é só de 4 meses… 
- Você acha melhor trancar. 
- Acho, você pode atrasar um semetre. Você quem decide. 
- Nosso bebê só vai nascer em Julho. - Disse agitada. - Teria que trancar dois semestre. 
Foi um decisão difícil, mas eu escolhi o melhor, o que eu tinha que fazer de verdade. Eu sabia que precisaria ser corajosa agora. 

Estava viajando com o Luan sempre, mas acabei não indo em um dos fins-de-semana. Ele estava bem nervoso, queria anunciar a gravidez ao mesmo passo que decidia muitas coisas e eu achei melhor deixar ele se entender lá com a equipe dele. 
Como o pai acompanhou, sua mãe e sua irmã me convidaram pra um fim de semana das mulheres. Eu estava meio nervosa de sair com elas, já que a minha barriga já começava a aparecer. Só que era muito atento poderia perceber, mas não era dificil, então optei por usar vestidos mais soltinhos. 
- Meu Deus, Liz! - Mari sorriu pegando na minha barriga. - Já está dando pra ver. 
- Está. - Ri. 
- Luan vai ter que resolver isso logo. - Bruna riu. 
- E as tonturas? - Mari perguntou. - Enjoos?
- Melhoro muito. Só foram duas vezes essa semana. - Sorri.
- Agora passa mesmo. - Ela disse.
- Quando é a consulta? - Bruna perguntou.
- Na terça-feira. - Sorri. - Luan chega na segunda-feira. 
- Não vai dar pra ver o sexo ainda né?!
- Não filha! - Mari respondeu Bruna. - É cedo ainda. 
Fui informada que iríamos no shopping, e me assustei um pouco. Ao ver minha expressão, Mari foi falando:
- Fique tranquila, Luan já me avisou que você não quer ver nada de bebê ainda. - Ela passou a mão pelo me rosto. - Vai ser tudo no seu tempo. 
Foi bem divertido. Falamos de coisas leves, rimos e fomos ao salão. Cortei um pouco os cabelos, pintei as unhas, foi bom pra me sentir melhor comigo mesma. Luan me ligou no fim da tarde, tínhamos acabado de comprar ingressos pro filme de comédia a noite. 
- Estão se divertindo?
- Sim, estamos. - Sorri. - Você chegou bem?
- Cheguei, mas queria que não demorassem muito. A médica disse que é o momento mais delicado da gravidez. 
- Compramos ingressos pro filme a noite, depois vou pra casa, prometo. Vou me cuidar. 
Ele deu mil recomendações e depois terminou dizendo que tinha uma surpresa pra mim. 
- O que é? - Perguntei. 
- Uma surpresa, que tal? - Riu. - Surpresas não se conta! 
- Por favor… 
- Sem chance Liz. - Rimos.
Ele conversou com a mãe e depois desligamos. O filme foi incrível, e me aproximar delas mais ainda. 

- Amor! - Ouvi me chamar baixinho. - Levanta… - Ele riu e me beijou o rosto. - Liz… 
- Oi… - Disse sonolenta. - Você chegou? 
- Cheguei amor. - Ele riu. - São quase meio-dia. Vamos levantar… Trouxe comida. 
- Que bom te ver! - Abracei ele pelo pescoço. 
- Você já está barrigudinha. - Ele sorriu passando a mão.
- Está crescendo bastante. - Ri. - Já ganhei dois quilos e nem terminamos o mês. A médica disse dois no mês inteiro! - Reclamei.
- Vai nascer grandão! - Ele sorriu. - Vem comer. 
- É por que não vai ser você que vai colocar pra fora! - Rimos e eu levantei com calma. 
Almoçamos com ele contando sobre seu fim de semana bem agitado e eu falei sobre o passeio com as meninas e depois sobre a tarde de domingo na casa dos seus pais com Mari dando dicas pra grávidas. 
- Tenho um presente! - Ele disse voltando da sala de visitas até a sala de TV. 
- Minhas surpresa? - Me levantei já animada.
- Não é bem pra você. - Ele riu e pegou um embrulho grande. - Eu fui dar uma volta, no shopping em Fortaleza, e eu tive que comprar. - Ele sorriu e eu abri com calma. 
Puxei o que tinha dentro e encontrei três coisas. 
Soltei um riso grande quando vi que se tratava de um body dos minions. Luan adorava eles, e eu tambem. Era todo amarelo e tinha somente o rostinho do Bob. 
- Que fofo amor! - Sorri alisando. - É uma graça! - Ele me deu um beijo. 
- Eu adorei, é a nossa cara. - Ele riu. 
O outro body era do Bob Esponja, no mesmo estilo, só com o rosto dele e todo amarelo. Tornei a rir e me aconcheguei em seus braços. 
- É tão fofo! - Sorri, alisando. - Estou encantada. 
Meus olhos se encheram de lágrimas quando vi o outro pacote. Havia um par de sapatinhos de tricô, brancos. Era lindo, delicado e de uma sensibilidade enorme. Luan percebeu minha emoção e teve a mesma reação. 
- Quero que seja o primeiro sapatinho do nosso bebê. - Disse acariciando meu cabelo e depois fez o mesmo com a minha barriga. - Quero que ele sai da maternidade com eles.
- E ele vai. - Sorri e beijei seu rosto novamente. - São sua cara! - Ri. 
- Eu sei… - Ele riu. - Você quer uma menina ou um menino? 
- Não sei ainda. - Disse calma nos braços dele. - E você? 
- Também não sei, estou em dúvida. - Ele colocou a mão no rosto. - Um menino ia ser incrível, mas ao mesmo tempo, uma menina também. 
- O que Deus quiser. 
- Amanhã tem consulta, será que vai dar? 
- Acho que só no outro mês ainda… - Ele acariciou minha barriga. - Estou ansiosa… - Sorri. - Acho que vamos poder ouvir o coração já… 
- Isso vai ser ótimo. - Ele sorriu. - Imagina só… 
Era um dos momentos mais aguardados por mim. Ouvir o coração. E foi exatamente isso que aconteceu.
No dia seguinte Luan levantou primeiro que eu, e já foi me acordando todo agitado. 
- Vamos neném! - Riu, me chamando da porta. 
Eu estava toda enrolada terminando de me arrumar quando saímos. Fui me maquiando no carro e ele reclamou. 
- Pra que passar esse negócio? 
- Pra tirar essa cara de sono minha. - Disse rindo. - Pareço um zumbi.
- Continua linda. 
Quando chegamos tive que esperar um tempo. Estava agitada, Luan impaciente. Camili recebeu a gente muito bem. 
- E gostou da notícia Luan? 
- Amei! - Riu.
- Pronto Liz, mais calma? - Afirmei. - Eu não disse? - Ela riu. - Tudo se resolve. 
Ela conversou comigo e disse que estava tudo bem já, que os enjoos iam começar a passar já, e eu iria aproveitar mais. Quando fomos fazer o ultrassom, Luan estava muito afoito, e ela ria dele assim como eu que não soltava sua mão. Ela mostrou na tela, e já dava pra ver o contorno dele, certinho. 
- Os braços estão maiores e ele consegue flexionar os cotovelos. Isso não é uma graça? - Camili apontou algo que parecia ser um braço. 
- Ele não está mexendo? - Liz perguntou. 
- Não. - Ela fez careta. - Mas papai pode passar a mão pra ajudar um pouco a gente. 
Luan passou a mão de leve na minha barriga e pra nossa surpresa ele se mexeu e nós rimos. 
- Agora ele reage se alguém mexer na sua barriga, você pode ainda não sentir, mas ele já responde a esse estímulo. 
- Vou passar a mão sempre. - Luan disse animado.
- O bebê está crescendo e junto com ele as unhas, os dentes se formam,e um pouco de cabelo, uma pequena penugem. Os órgãos vitais dele já estão completamente formados e, com o passar das próximas semanas, os outros também se desenvolverão. Os olhos já começam a ir para o lugar certo, assim como as orelhas. - Ela disse bem seria, centrada, e depois sorriu. - Você são pais de primeira viagem, sei dos problemas da Liz, então é importante verem como o bebê de vocês é pequeno, mas está se formando, como as coisas acontecem. E dá pra ouvir o coração, vocês querem? 
Luan me olhou ansioso e sorrindo. Ele sabia o quando estava aguardando por isso, e então afirmei já querendo chorar. Ela sorriu e liberou o som. Aquilo preencheu a sala.
Pi pu pi pu pi pu.
Meu coração deu um solavanco e soltei as lágrimas presas enquanto os dois pares de olhos da sala estavam sobre meu rosto. Aquele era agora meu som preferido. Um alegria enorme invadiu meu corpo todo e meu coração acelerou, meus membros arrepiaram e eu soltei um sorrio. Não sabia o que dizer, só senti cada vez mais aquilo crescer dentro de mim. Peguei a mão de Luan e olhei pra ele encantada. Ele sorria tão lindo e me deu um beijo na testa, delicada. 
- Vou cuidar de vocês. 
Eu só assenti e sorri. 
Agora eu era uma mãe. 

Posto depois de 10 comentários. 
PS: Estava sem internet, me desculpem...

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

83º - E quando a barriga for crescendo você ainda vai ser linda...

O Natal chegou rápido demais e quando vi já estávamos indo pra Londrina um dia antes da véspera.
Luan tinha me levado na nutricionista na segunda-feira e ela me receitou uma dieta própria pro bebê, e eu faria um acompanhamento rigoroso. Apesar de ainda não me sentir uma mãe, queria que ele ficasse bem e saudável, e com o tempo as coisas se acertam. Iria começar depois das festas, já que ela achava que seria bom pra mim relaxar agora já que ainda estava nervosa com a criança. Como o psicológico Luan queria que eu passasse até depois que nosso filho nascesse, já que havia muitas histórias de depressão pós-parto e ele estava meio assustado com algumas que leu, mas as coisas pareciam caminhar bem.
Fiquei com a função de ligar pros meus avós em Orlando e contar a novidade, que eles receberam bem demais. Avôs mimam, pais educam, é a lei da vida. Luan me fez prometer pra eles que ele me levaria até lá nas férias e queria conhecer eles. Já o resto da família do Luan, ficaria sabendo na chácara.
Terminamos as compras no shopping em Londrina, com a minha cunhada se empolgando com coisas de bebês, mas Luan não deixou ela me arrastar pra nenhuma loja a meu pedido. Eu queria fazer aquilo quando me sentisse bem, seria natural.
Meus pais chegaram na quarta-feira de manhã, véspera de Natal, assim como alguns familiares de Luan. Expliquei a eles quem sabia já, e que Luan contaria pro resto durante a ceia. Eles gostavam muito dos pais de Luan e já se enturmaram, depois que meu namorado apresentou pro resto da família, e eu também pra alguns mais distantes que ainda não tinha conhecido.
- Como está esse bebê? - Minha mãe perguntou baixinho pra mim enquanto eu estava ajudando Mari.
- Bem, eu vou começar uma dieta. - Contei pras duas juntas e nos animamos bastante.
Luan estava todo feliz, no meio dos tios e primos. Fazia tempos que não se encontravam e aquilo renovava as forças dele.
Coloquei um biquíni pra nadar, estava com uma saída de praia e quase preparada pra tal, quando fui levar uma bebida pra ele e na volta pra dentro de casa senti uma tontura e me sentei numa das mesas disfarçando, mas já senti o olhar do meu anjo pra mim, que veio todo preocupado.
- Você está bem? - Se ajoelhou.
- Estou. - Sorri e espalhei o protetor no rosto dele, que estava branco em algumas partes. - Só preciso ficar sentada um pouco pra passar. Pode voltar lá. - Mexi de novo no rosto dele.
- Odeio esse negócio que você passou em mim. - Reclamou tirando minha mão e eu ri.
- Depois vai ficar todo ardendo e não vem reclamar.
- Tem que você passar, que vai ficar desfilando de biquíni aqui. - Riu. - Pra proteger o bebê.
- Ele não vai pegar sol. - Ri.
- Mas se você passar mal, ele passa também.
- Eu passei em mim meu amor. - Sorri. - Prometo não ficar muito no sol.
- Passou a tontura? - Me ajudou a levantar.
- Passou. - Sorri.
- Cuidado pra não ficar andando na beirada da piscina. Você cai lá e eu quero ver, mentira… Quero nem pensar nisso.
- Não se preocupa. - Beijei ele. - Vou ficar bem. - Ri me soltando de suas mãos. - Agora volta lá pra sua diversão.
Entrei e fiquei um pouco na cozinha com a minha mãe e minha sogra e uma das tias do Luan. Conversamos sobre muitas coisas e Mari me ensinou a fazer um doce diferente que Luan gostava. Eu também gostava de cozinhar, então foi bem divertido.
Bruna entrou em casa correndo e me chamou pra ir a piscina com ela. Tirei minha saída ali mesmo e fui. Ficamos brincando com uma das primas pequenas do Luan e eu me encantei. Ela se parecia com ele, e era linda logo depois Luan entrou e ficou comigo, dobrando sua perna e me colocou no seu colo. Ficamos conversando com as meninas e com um primo do Luan, abraçados e rindo, enquanto ele sismava em morde meu ombro. Todos foram muito legais comigo.
- Está gostando? - Luan perguntou sorrindo e me abraçando quando ficamos sozinhos.
- Sim, eles são legais.
- Meus tios adoraram você. Acharam simpática. - Sorriu. - E claro que falaram que eu sou esperto demais.
- Por que? - Ri com os braços na sua nuca.
- Por que você é novinha. - Rimos e eu dei um tapinha nele. - Não estou mentindo não, boneca. - Ele me afastou e passou as mãos pelos meus lábios. - Você parece uma boneca. Só que mil vezes melhor né, por que você beija! - Rimos e ele voltou a me abraçar.
Estava escurecendo quando fomos nós trocar depois do banho. Dessa vez me vesti com uma saia longa com uma fenda vermelha, um croped preto é uma sapatilha simples, já que estava proibida de usar meus queridos saltos. Luan saiu todo arrumado também, de camisa xadrez e bermuda e fiquei ainda mais encantado. Fiz uma maquiagem bonita e arrumei meus cabelos recém seco, deixando eles bem bonitos. Mal descemos e Luan já veio me puxando pra árvore de Natal, pedindo pra Bruna tirar uma foto. O amigo secreto deles foi revelado, e eu fiquei de fora, já que não havia entrado, por não conhecer todo mundo, achei chato. Mas fiquei o tempo todo ao lado do Luan rindo de tudo que saia. A família era grande divertida. Depois, antes da ceia reuniram todos no jardim, e Luan fez uma roda de viola com os tios, e começaram a cantar, e eu fiquei ao seu lado. Todo mundo ficou em volta, foi bem divertido, e meus pais já estavam bem entrosados e amando. Assim que a música parou, Luan começou a falar mais alto, pedindo a atenção de todos e eu tentei pegar sua mão, já que sabia os e ia acontecer, mas ele não me deu. Se virou um pouco pra mim com o seu violão e todos prestaram atenção.
- Essa é inédita. - Riu. - Pra mulher mais linda desse mundo, que está esperando um filho meu.
Todos começaram a falar surpresos, mas ele não deixou a conversa começar e iniciou a canção, a mais doce que eu tinha ouvido já.

Um mês e o tempo voa
Eu já sou
E você nem descobriu
São dois e chega perto
Mas eu ainda sou
Pequeno demais, viu
Três meses e o tormento
Esse teu sofrimento
Eu também já posso sentir
Vê se aquieta o coração
Pra quando eu sair daqui
Talvez eu dê trabalho
Uma vida de despesas
Mas por favor me deixa ficar
E se por um acaso
Eu não tiver seus olhos
Você ainda vai me amar
Eu sei que a ansiedade
É quase uma inimiga
Mas eu não quero ser confusão
Então, por favor
Me deixa na sua vida
Mas vê se aquieta o seu coração
Se é tempestade, todo medo
Se for arrependimento
Por favor tira daí
Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir
E quando a barriga for crescendo
Você ainda vai ser linda
Eu nem preciso te ver
Seca o choro e fica aqui comigo
Que até assim tristinha eu já sei
Que eu amo você!
Quatro meses tempo
Eu te imploro paciência
Eu vim do céu por causa do amor
No quinto faltam quatro
E eu aposto que os presentes
Já tão vindo em rosa ou azul
E quando chega o sexto
Todo mundo já vê
Que você não anda sozinha
No sétimo eu já tenho lencinhos com meu nome
Desculpa pai mas ela é só minha
Se é tempestade, todo medo
Se for arrependimento
Por favor tira daí
Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir
E quando a barriga for crescendo
Você ainda vai ser linda
Eu nem preciso te ver
Seca o choro e fica aqui comigo
Que até assim tristinha eu já sei
Que eu amo você!
Oitavo mês aguenta
Que eu já to chegando
Só quero um jeito de te encontrar
No nono vem a pressa
A dor, o choro, a gente
Desculpa você ter que sangrar
E por mais uns anos
Você vai fazer planos
Pensando se eles servem pra mim
E eu vou te acordar
Bem de madrugada
Você vai me amar mesmo assim
O meu primeiro passo
Vai ser no seu abraço
Me segura quando eu cair
E no final do dia só a tua voz
Que vai me poder fazer dormir
Se é tempestade, todo medo
Se for arrependimento
Por favor tira daí
Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir
E quando a barriga for crescendo
Você ainda vai ser linda
Eu nem preciso te ver
Seca o choro e fica aqui comigo
Que até assim tristinha eu já sei
Que eu amo você!

Quando ele terminou de cantar eu já não me aguentava em lágrimas. Aquelas palavras tinham tocado o mais fundo do meu peito e me perguntei como podia estar sendo tão viva a ponto de rejeitar meu bebê. Abracei Luan com força, e não queria soltar mais. Ele me apertou da mesma forma e chorava de emoção também. Éramos uma família agora, naquele momento eu podia sentir.
- Não sei nem o que te dizer…
- Meu presente de Natal pra você. - Beijou meus lábios e voltou a me abraçar. - Espero que te ajude.
- Já mudou minha vida. - Sorri acariciando seu rosto. - Eu te amo mais que tudo, e amo nosso bebê. A gente vai ser feliz.
- Já somos felizes, só seremos uma família agora. - Ele me colou bem perto dele. - Eu te amo muito meu neném.
As palmas já aconteciam e em questão de segundos que nos separamos já comecei a receber mil cumprimentos, muitas perguntas, mas  Luan não soltou da minha mão um segundo respondia todas as curiosidades da família. Meu pai falou com ele também e eles se abraçaram, depois senti o abraço forte dele também.
Luan e eu não conversamos sobre aquilo tudo, mas ele sentia no meu olhar o quanto estava feliz. Bruna apareceu com seu presente comprado no shopping. Luan e eu abrimos rindo, e ele se acabou quando viu, um body branco, com escritas no centro “Instruções para o papai”, e uma seta apontava onde devia estar a cabeça, os bracinhos e as perninhas. Eu ri muito daquilo, e Luan ficou encantando, correndo pra mostrar pra todo mundo.
Comemos em clima de festa, todos alegres. Luan não me largou um segundo e a meia noite todos se abraçaram. Foi um Natal feliz, eu estava feliz, e fiquei mais ainda quando passei a madrugada vendo as estrelas nos braços do meu amor.


Posto depois de 10 comentários. 
Amores, Feliz Natal! Que Deus ilumine a vida de vocês, que todos seus sonhos se realizem e suas vidas se encham de luz (bem ao estilo do nosso casal), paz, amor, união e carinho... Capitulo mais que especial hoje! Lindo né? Agora começa uma fase gostosa da gravidez. Vou narrar mês a mês como vocês pediram. Essa música é linda e doce, minha amiga que tem uma fanfic linda que está ali do lado, a Promete que vai ser só minha, que me mostrou. Ela se chama 9 meses da Barbara Dias, e eu vou deixar o play pra vocês escutarem que graciosidade... Feliz Natal!


quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

82º - Você é minha princesa Liz.

Liz POV.

Fomos imensamente bem recebidos no Espírito Santo. Luan se acabou atendendo às meninas, e voltou pra van no aeroporto lotado de presentes. 
- Algumas perguntaram de você, querem te ver. - Disse sorrindo. 
Fomos no caminho pro show na maior festa. Ele contou pro staff da gravidez, recebemos muitos cumprimentos e brincadeiras. 
- Luan papai, quem diria! - Well zuou ele e todos rimos. 
- Liz, vai ter que tomar cuidado pra ele não roubar os brinquedos do bebê. - Brincou Rober. 
- Nossa que inveja. - Disse rindo e deu a língua pra eles. 
- Quando vão assumir? - Disse. - Por que ninguém sabe quase nada da Liz, nem a idade dela… Só algumas conversas na internet. Isso vai chamar a atenção pra ela.
- Vamos ver isso depois do Natal. Vou sentar com o pessoal, resolver muita coisa. - Luan disse. 
Assim que chegamos Luan foi novamente até uma grade ver eles. Fiquei olhando sorrindo, até ele me chamar e então algumas meninas mandaram beijo pra mim, eu retribui, claro, e depois fui de mãos dadas com ele. Ajudei Luan com o cabelo e a maquiagem, fazendo Rober dizer que ele tinha que me levar toda vez. Depois, na hora do atendimento, eu sai e fiquei lá fora conversando com o Heman. Uma menina depois que saiu veio até mim e depois de me abraçar forte, me pediu uma foto. Eu não sabia muito o que fazer e tirei, é claro. Não ia negar nada pras fãs dele. Heman tirou pra mim e depois de agradecer ela foi embora. 
- Por essa você não esperava. - Disse. 
- E quem ia esperar? - Ri. 
Luan não demorou pra subir no palco e eu fiquei ali ao lado olhando tudo o tempo todo. Não arredei o pé, toda encantada com ele, com como ele se entrega pro público quando sobe ao palco. 
Chegamos ao Rio estava amanhecendo. Dormi no avião e não vi nada, só despertei com Luan me chamando. Ele quase me levou no colo, me dando a mão com delicadeza e foi me arrastando pela mão até o local que saia, sem eu entender muita coisa. Parou, atendeu algumas pessoas e logo estava no hotel. Ele ficou o tempo todo comigo, cuidando do meu sono. Nem cheguei a tomar banho e cai na cama do nosso quarto. 
Acordei com um despertador no dia seguinte. 
- Luan, para isso… - Reclamei. 
- São meio-dia, seus pais estão esperando a gente pra comer. - Ele disse passado a mão no rosto sonolento. 
Levantamos com muita dificuldade. Depois de um banho, me vesti pro Rio. Vestidinho e rasteirinha. Luan saiu com cara de quem não tinha levantado e eu ri, dando beijo nele. O motorista deixou a gente no prédio. Meus pais fariam churrasco, na nossa varanda que tinha espaço gourmet. No caminho até o AP combinamos que não falaria hoje, só no dia seguinte. Fomos recebidos de braços abertos pelos meus pais e logo ele estava na churrasqueira com meu pai enquanto ajudava minha mãe na cozinha. 
- Você está linda filha… - Disse me olhando e eu me senti um pouco incomodada, com medo dela reparar algo. 
- Obrigado mãe. 
- E as brigas? 
- Pararam. - Cortei o tomate pro vinagrete e sorri pra ela. 
- Amor… - Luan me chamou e eu fui ver o que ele queria. Nada, só pra irritar e fazer graça. 
- Mas mima demais. - Meu pai riu quando eu voltei pra cozinha sem graça.
- Ele é um tonto. - Ri chegando na cozinha de volta. 
- Os resultados não saíram ainda né? 
- Não. - Suspirei. Mal ela sabia que minha faculdade estava dependendo muito mais do que um resultado.
Passamos uma tarde divertida. Luan quis se vingar e obrigou minha mãe dar a ele uma foto minha pequena. Ficou esfregando na minha cara que era pior que a sua. Eu, chorando loucamente enquanto corria pelada da minha mãe no quintal, não querendo tomar banho. Ele se acabou de rir, e todos acompanharam, menos eu claro. Aquilo era horrível. 
- Desde cedo já demostrava que seria uma gatinha e não gostava de água. - Disse se acabando. 
- Que piada horrível! - Me defendi roubando a carne dele. 
- Vou fazer mil cópias e colar pela casa toda. Vingança amor! - De deu a língua rindo. 
E você lá tem tamanho pra se vingar? - Perguntei. 
Ele fez sinal pra mim ficar em silêncio e voltou a atenção pros meus pais. 
- Vocês já foram em um show meu? 
- Não. - Minha mãe sorriu. 
- Vão hoje né? - Ele perguntou animado. - Vai ser legal! 
- Vamos, né Roberto? - Sorri pra eles. - Estou curiosa. 
Combinamos que meus pais encontrariam a gente no hotel e iríamos juntos. Eles seguiriam com o carro. Luan ficou bem animado com a presença deles e já parecia bem à vontade em casa, então fomos embora pra nós arrumar no fim da tarde e encontrar eles logo. 
Assim que cheguei já corri pro banho pra não me atrasar e acabei chamando Luan pra ir junto, que se levantou da cama na hora rindo. Trocamos muitas carícias, e nós amamos ali, rapidamente. Sai logo, enquanto ele terminava o banho, pra secar meu cabelo e me trocar a tempo.
Pelo show ser numa casa noturna e o Rio estar muito quente, optei por uma saia branca de cintura alta simples e um croped todo bordado de pérolas e um peep toes mude com uma bolsa carteira vermelha. Estava terminando minha maquiagem quando Luan saiu já arrumado e o perfume preencheu o quarto todo. 
- Nossa Luan… - Reclamei. - Assim não dá… - Botei a mão na boca. 
- O que foi? 
- Esse perfume… - Disse já me recuperando. - Você não vai poder chegar perto de mim. 
- O que tem de errado? - Ele riu. 
- Estou grávida cabeção… - Ri. - Está me enjoando.
- Desculpa. - Pediu. - Quer que eu tome banho de novo? 
- Não, claro que não. - Disse. - É por que você passou agora, ele vai ficar mais fraco. - Disse rezando pra aquilo ser verdade. 
- Esqueci neném, me desculpa. - Me mandou um beijo e foi pra varanda, tadinho. 
Enrolei todo meu cabelo com babyliss e estava pronta quando vieram chamar. Luan se aproximou e me deu um beijo. Estava enfim bem mais suave seu cheiro e eu sorri pra ele, lhe dando a mão. Rober informou que meus pais esperavam lá embaixo. 
Assim que chegamos, meu amor foi cumprimentar eles e depois de encher minha mãe de elogios, foi atender os fãs enquanto íamos pra van. Eles deixariam o carro no hotel, o que foi decidido ali na hora. 
- Olha essa saia menina… - Meu pai falou enquanto eu ria subindo na van. - Luan não reclama não? 
- Só quando não estou com ele. - Disse sorrindo fraco. 
Me sentei do lado da minha mãe e fomos conversando, e Luan fez o mesmo com meu pai. Foi bem legal, passar aquele tempo ali, em família. Mas eu ainda tinha medo de contar. 
Meus pais assistiram o show do camarote que Luan reservou pra nós e amaram. Foi sem divertido, e eu que já estava decorando cada trecho, mostrei tudo pra eles com o maior orgulho. Foi bem diferente e agradecia por já estar tudo bem, por não ter que me separar deles pra sempre. 
Voltaram pro hotel com a gente enquanto Luan a todo mundo queria saber o que acharam e fomos comentando as coisas que elas mais notaram, como as fãs, o jeito que elas estavam me tratando, os efeitos e tudo mais. 
No hotel nos despedimos e marcamos o almoço do domingo um pouco mais tarde. Minha mãe faria lasanha, e eu já estava louca pra comer. 
- Me deu uma vontade agora que ela falou… - Disse pro Luan enquanto ele me abraçava pelas costas no elevador e Rober quase dormia em pé ao nosso lado. 
- Essa sua barriguinha querendo experimentar a comida da vovó. - Ri. 
Assim que cheguei e reclamei de dor nos pés, Luan me fez uma massagem enquanto a gente conversava. 
- Temos que contar amanhã. 
- Eu não quero. - Disse seria puxando meu pé de sua mão. 
- Mas eles vão passar o Natal com a gente. - Disse. - Meus pais já sabem. Melhor saber aqui que chegar lá e saber que todos já foram informados. Seu pai não vai brigar com você, é comigo que ele vai. - Disse serio. - Não podemos fugir. Vamos falar e até o Natal já engoliram a história. 
- Não quero. 
- Liz, não faz birra agora. - Ele disse firme e se levantou, tirando sua roupa. - É assim que tem que ser. 

No dia seguinte quem nos chamou foi Roberval. Ele está a todo feliz que poderia passar a tarde na praia com os meninos depois que nos levar até a casa dos meus pais. Luan estava emburrado comigo e eu com ele, então fomos assim até o AP. 
Fomos recebidos da mesma maneira, e depois de conversar um pouco a lasanha ficou pronta. Luan fez o mesmo esquema do dia que contamos pros seus pais, espero comermos, e abriu a boca dele. 
- Precisamos contar uma coisa. - Eu fiquei calada. 
- Diga. - Meu pai olhou sem entender. 
- Liz está grávida. - Ele falou de uma vez e as duas pessoas a minha frente não pareciam ter reação. - Aconteceu, um erro com o remédio, não foi irresponsabilidade, nem nada. Só aconteceu. - Falou de uma vez. 
Meu pai ficou olhando pra ele sem expressar nada, e do nada bateu na mesa com força. 
- Eu sabia que passar tanto tempo no Rio tinha algo errado. - Apontou o dedo pra mim. - E sua faculdade? Criei você pra isso? - Ergueu a voz. - Irresponsáveis… Isso que dá morar juro Liz, você não imaginou? Você não tem juízo! 
- Não foi culpa dela seu Roberto. - Luan disse com toda a calma do mundo. - Aconteceu. 
- Não quero nem falar com você. - Ele apontou pro Luan. - Cala a boca!
- Meu bem… - Minha mãe entrou no meio. 
- Ela é uma criança Lúcia! - Gritou. 
- Não tanto assim… Eles foram irresponsáveis mais vai assumir, não vão? - Perguntou olhando pra Luan e eu já estava cheia de lágrimas nos olhos. 
- É claro que sim, estamos felizes. - Disse. - Não é o melhor momento, mas Deus sabe a hora.  
- Deus sabe a hora pra você! - Ele acusou Luan. - Você realizou todos os seus sonhos, você já tem idade pra ser pai. Liz nem começou a vida dela! Agora nem faculdade mais ela vai fazer! 
Minha mãe veio até me mim e ao sentar ao meu lado me abraçou, então comecei a chorar mesmo. Precisava daquele abraço por tudo que havia passado aqueles dias. 
- Liz não vai deixar de realizar um sonho dele, eu não vou deixar! - Luan falou de levantando atrás dele. - A felicidade dela é o mais importante pra mim. Ela vai pra faculdade, ela vai fazer tudo que ela quiser fazer, eu prometo pra ela! 
Eles continuaram a discutir e minha mãe sorriu pra mim. 
- Você está feliz? 
- Estou assustada ainda, não deu tempo de ficar feliz. - Disse rindo. - Mas acho que eu já amo ele. - Acariciei minha barriga de leve e ela me abraçou de novo. 
- Meu Deus filha… 
- Luan está cuidando de mim, ele está me levando aos médicos, mas eu fiquei muito assustada, tive reações estranhas, mas conversei com uma médica ginecologista da família do Luan, e ela disse que é normal, por causa de todas as mudanças, de tudo que a gente viveu. Ela disse que eu vou amar ele quando ouvir o coraçãozinho. - Ri emocionada pela primeira vez. - Mas ainda é difícil. 
- Eu entendo querida. - Ela me abraçou emocionada também enquanto os dois ainda gritavam. - Vai tudo passar. - Sorriu. - Queria te ajudar, estar perto de você nesse momento. Tem certeza que a família dele vai te ajudar? 
- Acho que vou viajar sempre com o Luan, então vou estar mais no Rio. - Sorri. - Mas a mãe dele é incrível comigo, ela disse que vai me ajudar. 
- Qualquer coisa você me liga. - Ela disse. - E aquele salto de ontem você guarda, tudo bem? - Ri. 
- Tudo dona Lúcia!
Minha mãe perguntou sobre tudo, sobre os enjoos, sobre as tonturas, desejos, e eu contei as coisas que estava por dentro, por que ainda era novo pra mim. 
A gritaria já tinha parado a um tempo quando meu pai apareceu na sala de jantar chorando e me abraçou. Pelo canto do olho consegui ver Luan fazer o mesmo com a minha mãe e eles conversarem. 
- Se ele não cuidar de você, você me liga viu? - Ele disse acariciando meu rosto. - Você é minha princesa Liz. 
- Me desculpa por tudo. 
- Não tem problema, ele vai cuidar de você, se não eu arranco o que ele tem no meio das pernas fora, você escutou né? - Comecei a rir e abracei ele com doçura. - Você está feliz?
- É muito novo pra mim, mas já amo seu netinho! - Ri pegando sua mão e levando até minha barriga, e ele acaricio.
- Parabéns minha menina! - Sorriu. 
- Obrigado pai… - Abracei ele novamente e ficamos rindo dele, agora mais calmo e todo bobo. 
Estava feliz por Luan ter se acertado com ele e conseguir passar um natal em paz, harmonia e felicidade.

Posto mais depois de 11 comentários. 
Amores, me desculpa por estar devendo capítulos, mas estou tentando escrever pra não ficarem sem no Natal, tudo bem? Esse é bem grandão pra compensar! 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

81º - E se eu não conseguir?

Sentamos no sofá que tinha ali e ele me olhou com uma cara diferente. Parecia aguardar eu falar algo, então achei que devesse. 
- Aconteceu. - Disse. 
- Eu sei, você explicou. Mas queria saber como está se sentindo. 
Abri um sorriso. 
- Feliz. Eu já estava querendo, mas é claro que não ia falar com Liz sobre isso ainda. Estou com medo, é uma sensação diferente, mas ela também está muito assustada enquanto não posso demostrar. 
- Aconteceu. Não no melhor momento, mas Deus sabe o que faz Luan. Liz é nova, vai precisar do seu apoio. Vai ser difícil, mas vocês vão passar por isso. 
- Eu sei que sim. - Sorri passando a mão pela minha barba. - Você vai me ajudar né? A ser um bom pai. 
- Você não vai precisar que eu te ensine Luan. - Ele riu. - Isso vem de dentro de você. É natural. 
- E se eu não conseguir? 
- Você vai conseguir. - Ele sorriu pra mim. - Quando o bebê nascer, você vai entender o que estou dizendo. 
- Estou com medo. - Disse sincero. - Não quero falhar. 
- Pode ser que aconteça. - Ele deu de ombros. - Mas você vai achar o caminho certo no final. É assim que as coisas são. Mas se você precisar de conselhos, eu vou estar aqui. 
- Eu não sei nada sobre crianças e Liz também não. - Falei desesperado.
- Liz vai aprender. - Ele disse. - Ela não aceitou não é?!
- Não. - Fiz careta. - Mas é medo, eu entendo ela. 
- Vai passar.
- Já está passando. 
- O pai dela não vai ficar feliz com isso. - Disse.
- Eu não quero nem ver o que vai ser de mim quando ele souber. Espero que esteja errado, por que no fim ele aceitou a gente, mas não quero que ele reaja mal, vai acabar piorando a situação com a Liz. - Suspirei. - Fique morrendo de medo de vocês reagirem de uma forma ruim e ela ficar mal. 
- Não ia adiantar, ia? - Ele me olhou e eu neguei. - Eu errei com vocês dois. Luan, ela é a pessoa certa pra você. - Sorri. - Mas agora, você tem muita responsabilidade com ela. Vai casar?
- Por mim a gente casava, mas ela é muito nova, não quero pressionar. 
- Conversem e decidi junto. E não pisa na bola com ela. Você é responsável por eles dois agora. 
- Estou feliz pai! - Sorri e abracei ele. 
Escutamos as meninas conversando no corredor resolvemos nós juntar a elas. Assim que me viu Liz veio com um sorriso lindo que não via a muito tempo, toda saltitante.
- Olha isso que sua mãe me mostrou amor. - Disse estendendo uma foto minha quando criança. 
Eu peguei já reclamando. 
- Não acredito nisso mãe! - Acusei e ri. 
Era uma foto minha de cuequinha, devia ter uns 2 anos. Todo lambuzado de chocolate no quintal da casa da minha avó. 
- Gordo desde criança. - Liz riu apertando minha cintura e eu abracei ela pelo pescoço.
- Deixa você comigo, gordo… - Reclamei. - Mãe, não pode mostrar essas coisas pra Liz. Guarda isso logo. - Eu era uma criança fofa. 
- Ela já tirou uma foto do celular. 
- Liz! - Falei soltando ela que não parava de rir. 
- Está tão fofa amor! 
- Não mesmo… - Fiz careta. 
Ficamos mais um tempo conversando e decidimos ir embora. Liz estava ficando com sono, já tinha começado a dormir muito e eu ficava rindo da cara de cansada dela. Me despedi dos meus pais e combinei de ver eles novamente no dia 23, na chácara, na terça-feira. Segunda eu já não tinha show, mas tinha que resolver algumas coisas com Liz em casa. 
Liz chegou já se jogando na cama e eu ri dela, mas não demorou pra estar ao seu lado com ela nos meus braços. A gente ria da foto ainda, enquanto ela comentava sobre meu cabelo engraçado e bagunçado. 
- Vou pegar você de jeito agora! - Me virei ficando por cima dela e tirando o celular da sua mão. 
- Assim em sacanagem… 
- Sacanagem é o que você está fazendo comigo com essa foto… - Rimos. 
Me aproximei o rosto dela e comecei a beijar sua face com toda a delicadeza do mundo. Eu amava tanto, vivia por ela. Enchi seu rosto de beijos e então comecei a beijar seus lábios vermelhos e convidativos por causa do batom forte que ela amava passar. 
- Você não estava com sono? - Perguntei rindo quando ela começou a passar as mãos na minha nuca e na minha bunda. 
- Perdi o sono. - Disse com um sorriso tão inocente que podia jurar que não era a mesma que havia feito um bebê comigo. 
- Então a gente vai ter que resolver seu problema. - Disse rindo e me aproximei mais pra beijar seu pescoço. 
Liz levou a mão pra minha nuca e acariciava, me provocando e me dando ainda mais vontade dela. Minhas mãos desceram pras suas coxas e reclamei entrei beijo do seu vestido shorts. Ela deu uma gargalhada gostosa e se levantou e virou de costas pra mim. Abri o zíper com delicadeza e assim que ela virou de frente, deitei seu corpo e puxei sua roupa, liberando seus seios lindo pra mim. Com um sorriso maliciosa, puxei a parte de baixo e ela continuou deitada enquanto eu jogava sua roupa pra bem longe e voltada a atenção pra sua calcinha pequena e delicada. Que visão mais linda, minha mulher nas minhas mãos… 
Sorri pra ela e voltei minha atenção pra sua boca. Não queria parar nunca mais de beijar seus lábios. 

Acordei com um barulho no closet. Bati a mão na cama e Liz não estava, então me obriguei a abrir os olhos. O quarto estava escuro, mas o closet aceso. 
- Amor… - Chamei. - Liz, pequena… 
- Oi. - Apareceu e veio me dar um beijo de calcinha e sutiã. 
- Bom dia. 
- Bom dia meu príncipe. - Voltou pro closet. - Estou arrumando nossas malas. E já vou separar algumas coisas pro Natal. 
- Nossa mas faz isso depois… 
- Seu vôo foi adiantado e vai sair às cinco. Depois já vamos pro Rio. 
- Vamos ficar num hotel né? Já que seu pai vai tentar me matar. 
- Amor, não estou preparada pra contar. 
- Mas depois vai ficar pior.
- Não quero contar. Espera eu ficar preparada pra isso. 
- A gente vê isso depois. - Virei pro lado e cochilei novamente. 

O cheiro de comida invadiu o quarto e me despertou. Estava com muita fome e não consegui ficar na cama. 
- Está indo te chamar. - Disse Liz com os mesmo trajes lindos de mais cedo. 
- Você pediu comida? - Perguntei sonolento. 
- Pedi. - Colocou suco na mesa. 
- Abriu a porta assim? 
- Claro que não. - Disse rindo. - Coloquei um vestido. 
- Ah tá, por que se não eu ia te pegar. 
- Nossa é muito ciumento.
- Está tão disposta assim por que? 
- Tive uma boa noite. - Ela disse com a mesma cara de inocente e eu comecei a gargalhar. 
- Com essa sua cara aí nem parece… - Ri. - Carinha de criança que comeu um doce. 
Ela ficou toda vermelhinha e eu não me aguentei de rir. 
Passamos a tarde juntos, deitados sem nada pra fazer. Ficamos conversando, juntos, grudados, até ela ir tomar banho e eu fiquei deitado ainda. Depois fui tomar banho também e logo estávamos no avião pra ir até o ES. Logo mais estarei no Rio pra uma tarefa mais que difícil. 

Posto mais depois de 16 comentários. 
PS: Desculpa por ontem, eu me enrolei. 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

80º - Vai ser o melhor jantar, prometo.

Estava na sala esperando Liz terminar de se arrumar. Mais cedo avisei minha família sobre o jantar e foi uma surpresa, mas ninguém questionou nada. Liz ainda estava meio nervosa, e eu estava pensando em algo que pudesse ajudar naquele momento. Durante a tarde já havia ligado pra médica, que me foi indicada e pra uma nutricionista, mas queria ajudar de outra forma. É também estava rezando muito pra nada dar errado é uma possível reação ruim da minha família não acabar prejudicando a cabeça dela ainda mais. 
- Amor, por que não usa no pé algo mais baixo? - Disse olhando quando ela se aproximou, linda. 
- Quero aproveitar enquanto ainda dá pra usar, eu não sinto nada, está tudo bem. 
- Você está na fase das tonturas ainda. - Disse. 
- Eu vou trocar então. - Disse sorrindo pra. Foi até o quarto. 
Ela estava se esforçando, desde a conversa na noite anterior. Parecia pensar bem mais antes de tudo. 
Voltou com a mesma roupa, um vestidinho meio justo, que em vez de saia era shorts, amarelo, toda menininha e uma sapatilha preta, com uma bolsa. 
- Você está linda. - Beijei seu rosto pegando em sua mão e saímos, apagando tudo. - Vai ser o melhor jantar, prometo.
- Você não devia estar trabalhando? Ontem e hoje? - Perguntou no carro. 
Eu tinha alguns compromissos no estúdio e reuniões.
- Pode esperar. - Disse. - Tenho uma menina rebelde pra cuidar. 
O telefone dela começou a tocar e ela foi atender, mas era Aline e eu vi de canto. 
- Não atende. - Pedi. 
- Por que? 
- Por que não quero me estressar agora, - Disse impaciente. - Ela quer te levar pra mais uma clínica de… - Nem terminei de falar e ela recusou. 
- Vai ficar com mágoa dela?
- Vou. - Foi a última coisa que falei. 
Liz não discutiu comigo, ficou quieta. Mais não demoramos muito depois daquilo pra chegar na casa dos meus pais. Liz mexia nas mãos o tempo todo, inquieta. Minha mãe e Bruna receberam ela muito bem e meu pai tentou mimar demais a minha pequena. Ficava me perguntando se isso iria continuar depois da nossa notícia da noite. 
Bruna chamou Liz ao quarto, queria mostrar algo de menina pra ela e eu não fui atrás. Pensei em falar com meus pais antes, mas também fiquei com receio e não falei. Fiquei conversando com meu pai sobre umas coisas na semana que tinham dado certo no trabalho, e coisas que não tinham também. 
- E você e a Liz? - Minha mãe perguntou. 
- Estamos bem. - Sorri. 
- Luan, cuidado. Essa menina é sua responsabilidade, estão morando juntos. Você tem que ter maturidade.
- Estamos nos entendendo mãe, e eu sei que não podemos simplesmente brigar. É mais do que isso agora. - Disse. 
Minha mãe subiu pra conversar com as meninas e ficamos nos dois vendo um replay de um jogo na TV enquanto meu pai dizia as coisas que já estavam certas pras férias. 
- E a faculdade da Liz? 
- Ela acha que foi bem, foi tudo bem confuso nos últimos tempos, mas eu acredito nela. 
- Vai dar certo. 
- Fico feliz que agora goste dela.
- Cometi um erro com vocês e reconheci isso. 
A pizza chegou e eu fui com
Meu pai pegar. As meninas desceram rindo e Liz me ajudou com toda sua delicadeza e me deu um beijo rápido. 
- Tudo bem? - Perguntei pra ela. 
- Tudo. - Sorriu. 
Minha mãe já havia arrumado a mesa e eu servi Liz, já que ela ficava toda tímida na casa dos meus pais. 
- Cancelou compromisso hoje? - Meu pai perguntou. 
- Sim. Eu estava cansado, estou trabalhando sem parar faz tempo. 
- Não precisa ir com tanta pressa. - Minha mãe disse. - Você já quase esgotou tudo que ficou pra trás com o acidente. 
- Por isso mesmo que resolvi respirar um pouco. 
- Luan, estava chamando Liz pra sair comigo esse fim de semana. 
- Ela não te disse? - Olhei sorrindo. - Vou levar ela comigo pro Rio. 
- Ela falou. Mas pensei que semana que vem você pode deixar ela ir, tem uma festa e… 
- Bruna… - Liz olhou meio sem graça. 
- Se eu estiver aqui, tudo bem. - Disse.
- Você não vai estar! - Ela bufou. - É no fim de semana. 
- Liz não vai ficar aqui. - Disse tentando sorrir. - Tem o Natal na chácara semana que vem. 
- E no Ano Novo? 
- Liz não vai pra balada com você. - Fui direto. - Só se eu for junto. 
Como não sabia a reação da minha família esperei pra falar depois que todos terminassem de comer. Liz parecia a cada minuto mais nervosa e eu também fui ficando. Quando minha mãe ia levantar pra pegar a sobremesa, eu pedi pra ela esperar. Peguei a mão da Liz por debaixo da mesa. 
- Queria falar com vocês. - Disse serio.
- O que foi? 
- Tivemos uma noticia essa semana, boa. - Sorri. - Não contei pra ninguém ainda. - Eles esperaram eu continuar. - Liz está grávida. 
Todos ficaram nos olhando sem muitas reações. 
- Meu Deus Luan… - Minha mãe disse e levou a mão na boca. - Você é muito nova querida. - Disse assustada.
- Eu sei mãe, mas aconteceu. Ela tomou alguns antibióticos quando eu estava doente e não contou pra não me preocupar, acabou cortando o efeito do remédio. - Disse tentando explicar. - Mas a senhora tinha essa idade também. 
- Eram outros tempos. - Disse e abriu um sorriso. - Mas estou feliz, um netinho! - Levantou e veio nos abraçar. 
Bruna levantou depressa também e me olhava meio perdida. 
- Nossa, estou feliz, mas meio surpresa ainda… - Riu me abraçando. - Parabéns Pi! 
Olhei pra minha mãe que abraçava Liz e falava algumas coisas pra ela, que já chorava. Meu pai não estava mais ali, voltou com uma champanhe sorrindo e eu olhei pra ele. 
- Acho que temos uma coisa pra comemorar! - Disse e abriu. 
Logo em seguida de servir a bebida, ele veio me abraçar também. 
- Você não vai gritar? - Ri. 
- Não vai adiantar. - Falou. - Depois a gente conversa. - Falou sério. 
- Tudo bem. - Disse e sorri.
Ele também cumprimentou Liz muito bem. Todos pareciam felizes quando a gente voltou a sentar na mesa e ela abriu um sorriso pra minha mãe. Então dei um beijo bem doce na sua bochecha. 
- Liz, você continua no seu suco amor. - Disse rindo. 
- Eu não gosto desse negócio. - Disse me fazendo uma careta e todos ríram. 
- Liz estava muito assustada mãe, disse que ela podia contar com a senhora. 
- Vai ser uma mãe incrível Liz. - Ela sorriu pra minha menina. - Mas é muito menina, vocês não tem juízo mesmo… E a faculdade? 
- Eu não sei ainda. - Disse. 
- Minha amiga passou e eles têm licença maternidade. - Disse Bruna. - Acho que no seu caso você vai poder começar depois. 
- Sério? - Disse sorrindo. - Está vendo, eu não disse que a gente dava um jeito? - Beijei o tipo da sua cabeça. 
- E seus pais? - Meu pai perguntou pra Liz, mas eu interrompi. 
- Vamos contar nesse fim de semana. 
- Da pra ver na sua carinha que está assustada Liz… - Minha mãe disse. - Não está sozinha, vai ficar tudo bem. 
- Vai passar… - Eu disse. - Já marquei uma nutricionista. - Disse acariciando a cabeça dela e escondendo o outro médico.
- Isso é ótimo. - Bruna falou. - Vai ficar linda grávida. Quanto tempo? 
- Está pra entrar nos três meses. Ela sorriu. - Faz umas duas semanas que eu descobri. 
- E não me contou. - Falei. - Fico com medo. - Todos riram e ela se encolheu comigo. - Eu disse pra ela que muita coisa vai ficar agitada agora, mas a gente dá um jeito né? 
- Sua mãe está longe. - A minha disse. - Vou ajudar no que você precisar. E os enjoos? 
- São bem ruins. - Disse fazendo careta. - Quase todas as manhãs. Tonturas são poucas. - Sorriu. 
- Mas a mudança de humor né… - Ri.
- É só o começo. - Meu pai riu. 
- Eu quase pirei com ela essas últimas semanas, enlouqueceu. - Disse. - Disse até que eu estava traindo dela. 
- Amor… - Liz reclamou escondendo o rosto, doce. 
- Você fica muito sensível Liz. - Minha mãe explicou. - E você já é, toda delicada, então imagina… - Riu. - Luan vai ter que ter paciência. 
- Olha, mais do que tive nessas últimas semanas eu duvido que precise. - Rimos. 
- Daqui a pouco vai ter que parar de usar perfume. - Minha mãe riu. - Já que ela enjoa bastante, o estômago está bem sensível.
Fiz graça e minha mãe começou a falar sobre minha infância e a gravidez dela. Chamou Liz pro quarto pra simplesmente mostrar fotos minhas enquanto eu protestava enquanto terminava minha comida.
Mas meu pai me chamou e eu fiquei com medo do que ele iria falar, apesar de estar tranquilo. Então fomos até o escritório. 

Posto mais hoje depois de 16 comentários. 

sábado, 19 de dezembro de 2015

79º - Você não ia mesmo fazer isso né?

Levantei ficando de costas pra ela, colocando as mãos sobre os olhos. 
- Você já sabia então? 
- Sabia. - Me virei pra ela. Deixei uma lágrima cair, de decepção. 
- Não acredito que você bebeu daquela maneira sabendo que estava grávida. 
- Eu não sei o que deu em mim. - Ela se desespero e começou a chora ainda mais. 
- Confiei em você, eu achei que você tivesse maturidade… Mas não. Poderia ter feito mal pra ele, não ia desculpar nunca. Que irresponsabilidade. Falta de cabeça Liz, tudo aliás, principalmente essa ideia ridículo de aborto. - Falei firme. - Se fosse filho de uma cara que não te apoia é diferente, mas eu não. E queria te dizer que estou me segurando pra não te deixar ainda mais nervosa, por que essa era minha vontade só que diferente de você, eu penso no meu filho. 
- Por favor, me deixa terminar. 
- Tem como piorar né? - Ri. - Termina. 
- Eu fiquei muito mal quando acordei, pensei em como você se sentiria sabendo de toda a besteira. E foi nisso que pensei do aborto e tudo mais… Me perdoa. 
- Você não ia mesmo fazer isso né? - Perguntei desacreditado. 
- Não, não ia, eu não tive coragem, e inventei mil desculpas. 
- Estou muito chateado. - Voltei a não olhar pra ela. - Se você acha que tem direito de decidir sobre a sua vida, é uma coisa, direito seu e você é livre, mas sobre a vida do meu filho é diferente. - Disse. - Achei que quando isso acontecesse a gente ia ser as pessoas mais felizes do mundo. 
- A doutora me disse, que é normal. Por causa da minha idade, da maturidade, de tudo mais. Dos meus medos… Eu achei que fosse ficar bravo, que não ia me deixar fazer a faculdade. Mas ela disse, que quando eu escutar o coraçãozinho vai ser diferente, que eu vou me sentir de outra maneira. - Ela passou a mão sobre a barriga e sorriu levemente. - Eu acho que é verdade, por que eu já sinto algo por ele. 
- Não sou esse monstro. É claro que vamos ter que abrir mão de algumas coisas, mas quando ele ficar mais velho você fará sua faculdade, e vamos dar um jeito. - Disse me amolecendo. Queria que ela visse que pra tudo que ela achava que era o final, havia uma solução. 
- Eu estou me sentindo tão culpada por me sentir assim.  - Ela voltou a chorar. - Está tudo tão confuso pra mim. - E se você não ficar do meu lado eu não aguentar passar por tudo isso. 
- Não sei se eu consigo. - Disse ainda sem olhar pra ela. - Tudo isso que você disse… você pode ter feito muito mal pra criança, que não tem culpa de nada, nem de você se sentir assim. 
- A médica me disse que ele está bem agora, mas eu preciso me cuidar, principalmente da cabeça. - Me senti aliviado.
- Agradeça por ele estar bem. - Me virei. - E as pílulas? Por que não funcionaram? 
- Ela disse que por causa dos antibióticos que tomei um pouco antes de engravidar. Quando você estava doente, do acidente, eu tomei. Fiquei doente, mas eu não quis te preocupar. Me assustou isso também, achei que poderia falar que eu fiz de propósito.
- Como poderia pensar isso de mim? - Disse olhando pra ela. - Olha… - Me sentei ao seu lado respirando fundo. - Presta bem atenção no que eu vou te dizer. 
- Luan, por favor, só fiquei desesperada. 
- Presta atenção. - Olhei dentro dos seus olhos. - Eu entendo que você não esteja se sentindo preparada, e eu vou te ajudar pra isso. Posso procurar um médico, vai te ajudar a aceitar melhor essa gravidez. É totalmente compreensível isso tudo. Mas eu não quero te forçar, você quer isso? 
- Quero. - Disse me abraçando bem forte. - Eu preciso de você, eu já gosto dele, mas estou com medo. 
- Liz, olha pra mim. - Puxei ela. - Eu não vou te largar, não vou te abandonar. Vou ficar ao seu lado, o tempo todo, você deve se sentir segura, por que é isso que farei por você e pelo nosso filho agora. Mas se você pisar na bola comigo nessa gravidez, acabou pra mim. Se você pensar em tirar esse bebê de novo, eu nunca mais quero saber de você. Você vai se cuidar, não vai? - Perguntei. 
- Vou, eu vou. - Disse. - Me perdoa. Eu sai do consultório, depois que conversei com a Camili, e imaginei nós dois juntos cuidando dele. Protegendo, amando, sabe? Eu senti vontade de ouvir o coração. Eu tenho certeza, que eu estou com medo. 
- Eu sei, eu sei que sim. - Acariciei a cabeça dela. - É tudo novo pra você, mas você tem que me prometer que não fará mal pra ele e nem vai ficar rejeitando. O bebê sente, ele vai saber que você está sentindo isso sobre ele. Você tem que fazer sua parte.
- Eu prometo, eu vou fazer, eu nem sei por que senti tudo isso. Você vai me ajudar não vai? 
- Vou te ajudar em tudo. Você não está sozinha Liz, vou cuidar de vocês e da felicidade dos dois, eu prometo. A gente vai ser muito feliz meu amor. - Dei um sorriso e abracei ela rindo, ela também fez o mesmo, sorriu. - Você só precisa, se sentir segura. 
- Eu me sinto, agora eu me sinto. - Disse em meus braços. 

Fiquei o resto do dia deitado com Liz. Precisava acalmar ela, sentia que ela só precisava de mim naquele momento. Pedi pra Rober desmarcar uma reunião e avisei que estava tudo bem. Deixei ela tomando banho e fui até a padaria que sempre ia, comprei coisas gostosas pra ela. Na segunda eu iria levar até um médico nutricionista e também veria um psicólogo pra ajudar ela com aquilo tudo, mas hoje seria só cuidado, mimaria ela demais. É claro que mostrando que ainda estava chateado com suas atitudes. 
Sobre nosso bebê, minha ficha ainda não havia caído. 
- Liz, trouxe aquele bolo que você gosta. - Disse e ela se levantou pra comer. 
- Precisamos contar né? - Ela perguntou enquanto comia. 
- Primeiro pras nossas famílias, depois pra todo mundo. - Disse. - Mas você pode ficar tranquila, eu vou preservar cada segundo da vida de vocês duas, como já venho preservando a sua. 
- Eu acredito em você. 
- Eu sei que acredita.

No dia seguinte, bem cedo, fui com Liz buscar o exame de sangue. E com a confirmação em mãos, eu nunca sorri tanto na minha vida. Eu que abri, enquanto ela me olhava curiosa. 
- Olha amor. - Mostrei pra ela com doçura e calma. - Isso é lindo, não acha?
- Sim. - Ela sorri pra mim. - Meu coração começou a bater mais forte. - Disse me olhando.
- Isso é amor. - Falei. - Esse bebezão vai ser muito amado. - Falei olhando dentro dos seus olhos. 
- Dentro todos aqueles pensamentos, eu nunca duvidei que você vai ser o melhor pai do mundo. - Ela me falou com algumas lágrimas nos olhos. 
- E eu acredito que você vai ser a mãe mais incrível do mundo também. 
- Tenho tanto medo de não conseguir.
- Você vai conseguir. Eu acredito em você. Estou do seu lado. - Beijei seus lábios com delicadeza, queria demostrar o amor,  passar toda a calma que ela precisava. 
Imaginei que com a felicidade da família, ela poderia se sentir mais leve, rodeado de pessoas que iriam estar junto de nós. 
- Podemos contar pra sua família no fim de semana, estaremos no Rio mesmo. - Disse. - Vai ser bom pra você ver sua mãe, conversar sobre isso com ela. - Sorri. - E como amanhã já vamos viajar, podemos jantar na casa dos meus pais hoje é contar de uma vez.
- Você não acha melhor esperar eu estar preparada? - Disse com medo. 
- Acho que você vai se sentir melhor quando ver que não estamos sozinhos. 
- Seu pai não vai gostar. 
- Ele sempre quis um neto. 
- Não meu. - Disse e peguei sua mão. 
- Olha, pode ser mesmo que ele fique meio relutante de início. Mas ele vai aceitar, não tem o que fazer, e tem minha mãe e a Bruna, elas vão amar, e vão te acolher. Você vai se sentir melhor. 
- E meus pais? 
- Bom, pode ter certeza que ninguém vai brigar com você, justamente por que você já tomou a decisão da sua vida. Mas se alguém tiver que ter uma conversa séria com alguém, vai ser eu, vou ter que enfrentar seu pai. - Fiz careta e ela riu. Sua risada era tão gostosa e eu ri junto. - Vai ficar tudo bem neném. 
Queria reforçar mais uma vez sobre o aborto, mas não faria. Era uma fase e iria passar, já tinha passado, e eu não queria trazer tudo de volta. Ela parecia superar. E eu só queria que o jantar ajudasse e não atrapalhasse. 

Posto depois de 16 comentários.