39º - Você samba?

Luan POV. 

Cheguei em casa depois de pegar o Marquinhos no aeroporto e de também ter um dia excelente com minha princesa. Me assustei um pouco, Paula dormia cedo e as luzes estavam acessas.

- Disse pra ela esperar? 

- Não. - Falei. - Eu disse que ia demorar. Ela trabalha amanhã. - Respirei fundo. - Ainda bem que tomei banho antes de sair do hotel. O perfume da Liz sempre fica em mim. 

- Deu sorte. - Ele riu.

Fechei tudo no carro e entrei devagar. Assim que abri a porta com meu amigo atrás de mim, Paula veio correndo pela escada, cumprimentou ele e pulou no meu pescoço. Estava nervosa, agitada e começou a chorar. 

- Hey, o que houve? - Arrastei ela pro sofá e Marquinhos foi pegar um copo de água. 

- Meu pai me ligou. Minha mãe foi internada de novo. Estou nervosa. 

- Está tudo bem. Vai ficar tudo bem. - Acariciei o rosto dela. 

- Preciso ir pra lá. 

- Vou com você, amanhã. Saímos cedo daqui. 

- Faria isso? - Perguntou me abraçando. 

- Claro que sim! - Afirmei selando os lábios dela. - Toma sua água. - Peguei a água do meu amigo e ele abraçou ela também. 

Aos poucos convenci Paula a dormir e tentei ligar pra Liz pra falar com ela e não consegui. Marquinhos me fez companhia pela noite um pouco e depois que passei todas as coordenadas que ele precisava pra sua missão do dia seguinte, foi dormir. 

Acordamos cedo e depois de revisão tudo com ele, e tentar manter Paula estável, levantamos voo até Campo Grande pra ver meus sogros. Ela dormiu o caminho todo e foi bom, por que eu precisava pensar sobre algumas coisas.

Eu precisava falar com alguém sobre Liz, ver o que podia fazer e o que era melhor agora. Só não sabia com quem ainda, e fui pensando nisso o caminho todo. Pensei em abrir o jogo com meu pai, mas podia colocar tudo a perder. Ele estava me cercando muito, então estava suspeitando que ou o pai de Liz tinha ligado pra ele, ou o advogado falou sobre minhas perguntas. Com Rober não podia contar, e nem adiantaria, já que tinha que ir além e saber o que aconteceria publicamente se assumisse a separação e a Liz também. Então acabei decidindo jogar verde com Arleyde. Como ela não sabia de Liz, não iria suspeitar. O bom era que ela viajaria conosco na sexta-feira e eu já podia ter a oportunidade. 

Assim que pousamos em CG Paula quis ir direto pro hospital. Seu pai era diretor de lá, então assim que chegamos ela conversou lá e nos levaram pra sala dele. Paula colocou sua bolsa lá e depois saiu me puxando. Entramos no quarto da sua mãe batendo na porta e ela já saiu correndo pra ver ela e abraçar. Entrei de fininho vendo a cena e cumprimentei seu pai que estava ao lado da cama. 

- Luan meu querido. - Ela me chamou e fui até lá. 

Cresci em sua casa e também me doía ver ela mal. 

- Dona Carmen, como é bom ver a senhora.

- Paula é louca querido, te trazer pra um hospital justo na folga. - Ela passou a mão pelo meu rosto. 

- Que isso! Nada haver… Tudo certo, só queremos que a senhora fique boa logo. 

- Mãe… - Paula pegou em sua mão. - Não pode deixar de comer, se não fica fraca. - Vou falar com o doutor que está cuidando da senhora.

- Ele vai vir aqui logo minha filha, vamos ficar conversando! 

Ficamos ali por um tempo enquanto Paula andava nervosa de um lado pro outro, eu estava conversando com Carmen. Ela ria, e estava mais leve, parecia mais feliz de ver a filha. 

O médico veio vê-la e Paula ficou por muito tempo conversando com ele. Fiquei no quarto com seus pais e depois que ela voltou, percebi que estava nervosa e chamei pra comer. Seu pai ia ficar e comer com a mãe. 

Fomos até o restaurante e peguei em sua mão por cima da mesa. 

- O que ele disse? 

- É sério a infecção, mas ela está reagindo bem. - Comeu e depois suspirou. - Estou tão sem fome. 

- Não quer ser mais uma doente né? - Perguntei. - Está trabalhando muito, estressada e agora tem que comer. Pra cuidar da sua mãe. 

- Ela vai ficar bem. - Ela me deu a mão. - Estou te deixando de lado não é? 

- Claro que não, está tudo bem. - Falei. 

Conversamos por muito tempo antes de voltar e ficar com eles o resto do dia. No fim do dia nos despedimos e fomos embora pra SP, já que tinha coisas marcadas no escritório pra quinta pela manhã e ainda tinha que fechar o contrato do apartamento e falar com Liz. Dormimos a viagem inteira e encontrei Marquinhos chegando junto comigo. Paula subiu pra tomar banho e eu comecei a questionar ele, que contou tudo sobre seu dia com Liz e dizendo que eles se divertiram. 

- Ela é incrível não é? 

- Sim, ela é sim. - Ele riu. - Seu apaixonado. 

- Calma que eu não vou pirar, já pirei… - Cantarolei. - Vou dormir e vai também que amanhã vou vai cedo comigo pro escritório. 

- Nossa, vai ficar me fazendo de escrevi agora? - Ele fez drama enquanto eu subia as escadas. 

- Esteja pronto as 08h00. - Ri ignorando. 

Liz POV. 

Acordei no dia seguinte com o celular tocando. Luan estava agitado, dizendo que estava indo na imobiliária com o Marquinhos fechar o negócio é depois o amigo ia ver uns amigos e ele viria passar a tarde comigo. Era quase 11h00 e eu estava com fome, então levantei e pedi a comida pra mim, e dei um ajeitada no quarto. Tomei banho pra esperar ele e assim que sequei meus cabelos, ele entrou pela porta e veio sorrindo me dar um beijo. 

- Senti sua falta ontem. - Fez careta.

- Eu não, seu amigo é legal. - Brinquei irritando ele. 

- Não mesmo, sentiu sim. - Ele apertou meu nariz. - Ele me contou tudo que fizeram, e disse que gostou de você também. 

- Ele é legal. Nem parece amigo seu. - Pisquei.

- Vou pegar você pequena, você vai ver só… 

Ele me puxou pra cintura e nos abraçamos rindo. 

- Não me ligou ontem, fiquei preocupada. 

- Paula não me largou. - Ele fez careta. - E também ela estava bem mal com tudo que vem acontecendo. 

- Eu entendo. Você tem que apoiar ela. - Disse arrumando a gola de sua camisa.

- Por que você é um anjo dessa maneira?

- Não acostuma. - Ri. - Só por que a mãe dela está doente. 

- Ela vai ficar bem, graças a Deus. - Ele sorriu. - Tenho uma novidade. 

- Boa? - Abracei ele. 

- Maravilhosa. Fechei o AP com o Marquinhos hoje de manhã. Se entregarem os móveis logo, dentro de uma semana mais ou menos você pode se mudar. 

- Isso é maravilhoso mesmo! - Sorri animada e pulei no seu pescoço. 

- Minha bonequinha… Ficou feliz?!

- Muito! 

- Seus olhos estão lindos hoje. - Disse.

- É por que estou feliz. Com saudade dos meus pais, mas feliz!

- Assim que você se mudar, a gente liga pra eles. - Ele respirou fundo e sentou me colocando no seu colo. - Queria pode te levar pra passear por SP também. 

- Não ligo. - Escondi meu rosto sobre seu ombro. 

- Mas eu ligo. Mas vamos esquecer isso é ficar aqui juntinhos. O que você quer fazer hoje? 

Pensei um pouco.

- Dançar! - Ele começou a rir e dei um tapa no seu ombro. 

- Não sei dançar. 

- Mas eu te ensino…

- Tudo bem. - Ele disse com uma cara bem maliciosa e eu ri. - Você dança igual estava fazendo na boate quando te conheci? 

- Não! - Ri. 

- Ah neném! - Ele reclamou jogando a cabeça pra trás e colocando as mãos no rosto. 

Coloquei no celular uma música internacional perfeita. Eu havia feito aulas de dança e gostava muito. Me afastei dele tirando as nossas coisas que estavam espalhadas pelo chão e começando a fazer meus movimentos sincronizados. Peguei em sua mão e mostrava alguns passos leves pra ele, bem ao seu lado.

- Não vou rebolar. - Ele reclamou. - Prefiro ver você rebolar.

- Nossa como você é machista. - Ri. - Vamos dançar arrocha então! Isso você sabe… - Eu me divertia com ele.

- Sei, borá… Vou te mostrar minha pegada. - Ela riu tirando o sapato e a camisa. 

Me empolguei e sai correndo mudar a música. Coloquei um arrocha famoso e olhei pra ele rindo, um pouco longe, e comecei a dançar, rebolando um pouco e até com um pouco de sensualidade. Luan me olhava com um sorriso no rosto e me puxou pelas mãos, se aproximando no refrão. Continuei com meus passos mais ele pegou forte na minha cintura me obrigando a parar. Assim que a música deu um parada ele me deu um junta-se rápida e forte de tirar o fôlego. No mesmo segundo me arrepiei toda e depois comecei a rir quando ele começou os passos em casal e acompanhei, encantada com ele. Era incrível como a cada dia me encantava mais. 

- Gostou da minha juntada? - Rimos muito assim que abusiva parou. 

- Maravilhosa! - Falei em seu ouvido. 

- Assim você me mata morena! - Rimos. 

Nos aventuramos pela arrocha mais umas duas musicas, numa total sintonia, no meio de brincadeiras e carinhos. A gente tinha química. 

Como uma boa carioca, eu surpreendi ele.

- Agora a gente vai sambar. 

- Você samba? - Ele riu.

- Todo carioca samba! - Falei como se fosse óbvio. 

- E por que nunca vi isso? - Ele riu sentando. 

- Por que tenho vergonha. - Procurava uma música.

- Não, comigo você é bem sem vergonha. 

- Para! - Ri corando as bochechas e achei a música. 

Ele me olhava rindo e pegou o celular pra me filmar, enquanto eu ficava cada vez mais com vergonha. Comecei tímida, mas me empolguei com meu vestido rodadinho que voava e era perfeito pra aquilo. Luan largou o celular no meio da música e ficou me olhando encantado. Peguei em sua mão e puxei ele, que se levantou e parou perto de mim, então dei uma das agachadas clássicas sambando bem no meio de suas pernas e ele me pegou meu cintura. 

- Vai ter que sambar também… 

- Mas eu não sei. 

- Vai aprender… - Ri ficando ao seu lado e mostrando os passinhos. A gente ria dele todo desajeitado e babando na minha dança. 

- Está com inveja né? - Abracei ele quando acabou.

- Olha, tenho que confessar que sim. - Rimos. - Você dança tão lindo. - Ele me pegou pela cintura e segurou as pontas do meu longo cabelo e depois levou as mãos pras minhas nádegas. - Vou comprar aquelas roupas das rainhas de baterias sabe? - Comecei a rir. - Toda brilhosa, e claro, mais pequena impossível. 

- Vou pode desfilar? - Ri mordendo sua mandíbula. 

- Vai, vai sim, no nosso apartamento só pra minha. - Ele apertou meu nariz e começou a me beijar. 

Eu amava rir com ele, eu amava estar ele. A maneira como ele se entregava de corpo e alma pra mim quando estava comigo, era o que mais contava. Nenhum casamento é capaz de pagar por isso. 

Capitulo maior, como vocês pediram. E mais detalhado também. Estou tentando me adaptar aos pedidos de vocês, então é importante pra mim que deem suas opiniões: pior, melhor, é isso, precisa disso ou daquilo. Vocês fazem a fanfic. Amei cada comentário do capitulo anterior. 

Surpresas vindo por ai...

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