28º - Porque em cada pedaço de mim, sempre haverá um pedaço de você.

Luan POV.

- Luan, por favor, para vai! – Liz disse virando o rosto. 

Parei o carro naquele mesmo lugar que conversamos pela ultima vez.

- Liz, presta atenção. – Virei seu rosto pra mim. – Eu fiz até uma festa surpresa pra ela, mas quero-me sentir amando, como o Noah, do seu livro. 

- Você leu... – Ela sorriu.

- Li. – Virei pra trás e procurei o livro. – Eu vi que você tinha falado a frase e eu tinha que ler quando soube da historia. 

Ela me olhou encantada e eu sorri, começando a recitar uma frase do livro.

- “Porque em cada pedaço de mim, sempre haverá um pedaço de você.”

- A gente já conversou Luan.

- Quero que a gente termine como eles.

- Num asilo? - Ela foi irônica.

- Não, juntos! – Falei nervoso e peguei sua mão. – Você está com aquele cara, da praia?

- Não, que cara? – Ela me olhou assustada e depois corou. – Eu sabia que era você. A gente ficou, mas... Eu não consigo parar de pensar em você.

- Nem eu meu neném... – Sorri acariciando seu cabelo com seu rosto em minhas mãos. – Nossa, quando eu te vi com ele, meu mundo parecia acabar. Eu quase fui lá, mas daí eu reconquistei o juízo...

- Eu ia te matar! – Ela riu.

- Eu que ia te matar... 

- Até parece que tem moral...

- Para vai... – Sorri pra ela, amando ver seu sorriso de novo. – Volta pra mim?

- Vai se separar?

- Se eu me separar, não vou poder te ver criaturinha. – Apertei o nariz dela. – Minha coisa mais linda desse mundo.

- Não vou ficar com você casado Luan.

- Mas, você já tem 17 aninhos, logo logo podemos casar se você quiser, e se não quiser também, por que eu vou te roubar... – Ri. – Você acha que eu esqueci? Trouxe-te um presente.

Peguei uma caixa no banco de traz e lhe estendi sorrindo, mas quando ela foi pegar curiosa, eu puxei. 

- Primeiro meu abraço. – Ri e puxei ela pra mim, sentindo forte seu cheiro. – Minha princesa, não via a hora de te dar um abraço desse. Parabéns minha linda, eu não consigo parar de contar as horas pra ter você pra sempre minha e todo mundo saber. Você me conquistou Liz.

- Eu te amo. – Ela me disse chorando.

- Eu te amo mais. É como se meu mundo dependesse de você princesa.

Ela abriu a caixa e tirou dela uma escultura pequena, dois bonecos, uma menina morena, linda, igual ela, e um menino moreno também, ao seu lado num banquinho cantando pra ela e tocando violão.

- Obrigado. – Ela sorriu, encantada.

- Só imagina a gente de novo, juntos.

- Não podemos nos ver mais Luan.

- Não, por favor... – Me desesperei. – Eu não casei por amor, não é errado.

- É sim. – Ela falou nervosa. – Eu já estou com problemas demais.

- O que aconteceu?

- Meu pai, eu o vi traindo minha mãe, e não quero fazer isso com a Paula.

- Para de falar da Paula, está bem? – Ele suspirou. – Ele é um idiota Liz. Olha o que fez com a gente, estava na cara que não conhece o amor. Sinto muito, por tudo, mas é a verdade.

- Você nem pode falar muito né...

- Não compara. Eu não amo minha mulher. E ela sabe disso. E eu conheço muito bem o amor.

- Não sei o que eu faço. – Ela confessou.

- Você tem que pensar bem antes de qualquer coisa.

- Eu sei... – Ela suspirou e eu lhe abracei. – Quero contar, mas eu tenho medo. 

- Espera um pouco mais. Eu vou te ajudar.

- Vou esperar. – Secou as lagrimas. – Vai tudo ficar bem.

- Eu prometo que vou fazer de tudo por você.

Ela me olhou de baixo, ainda nos meus braços e sorri largamente.

- Sabe que eu não vou responder por mim se ficar tão próxima de você.

- Não responde.

Ela se aproximou e me beijou com delicadeza. Eu tinha me esqueci como seu gosto era bom. Minhas mãos entraram nos longos cabelos escuros e sedosos e as delas seguraram com toda a delicadeza do mundo o meu rosto. Nossas línguas pareciam ser feitas uma pra outra e eu queria colocar ela no meu colo e não deixá-la sair nunca. Tão delicada, frágil e sensível. Minha vontade era beijar seu corpo inteiro, a boca era pouco pra saudade que eu tinha dela. Sequei sua lagrima com um beijo e fiquei beijando e acariciando seu rosto. 

- Esse teste serviu pra você como serviu pra mim?

- Como?

- Pra mostrar que Liz e Luan nasceram pra ficar juntos.

- Serviu. – Ela sorriu. – Mas ainda vou pensar sobre isso. Que a gente nasceu pra ficar junto eu sei, mas não sei se vamos.

- Não diz isso que meu coração para. – Ri botando a mão sobre o meu peito.

Liz se afastou um pouco e prendeu os cabelos num coque mal feito enquanto me olhava sorrindo. 

- Quem  te deixou sair com essa saia menina? – Disse olhando pra ela.

- Está feio? – Ela disse levantando um pouco e fazendo cara de inocente.

- Não me provoca. – Ri sem tirar o olhar das suas coxas. – Minha vontade era voltar e ter uma conversa seria com seu pai sobre suas roupas.

- Homem nenhum manda em mim. – Ela me olhou com um sorriso safado nos lábios. 

- Eu mando. 

- Nem você. – Disse se aproximando e ficando bem de cara comigo.

- Sorte sua que a gente está no meio de uma estrada, na praia, escondidos no carro, por que se não... – Perdi a fala. – Você sabe como fica sexy com esse cabelo preso assim?

- Fico? – Ela perguntou fazendo posse pra mim.

- De todos os jeitos. – Peguei sua cintura e lhe puxei pro meu colo, afastando o banco. – Mas fica ainda mais aqui no meu colo. 

Ficamos um bom tempo nos pegando e quando vi estava quase levantando sua sai quando ela se afastou rindo.

- Luan... – Me acusou.

- Você é um perigo com essa sua carinha de inocente, mas é terrível também. Sorte sua que não posso te levar pro hotel, por que se não, você não saia de lá nunca mais.

- 99% ela é santa, mas aquela 1% "vish”, nem te conto o que ela apronta... – Ela cantou e eu ri.

- Bem isso mesmo... Mas 1% pra você é pouco. – Beijei ela mais uma vez. – Estou com tanta saudade de você. 

- Estou aqui, não estou? – Ela perguntou sinicamente.

- Você me entendeu bem... – Disse rindo. 

- Sua mulher não está dando conta? – Ela provocou.

- Por que você sempre estraga falando dela? – Perguntei suspirando.

- Simplesmente por que eu odeio imaginar vocês dois juntos. 

- Não pensa nisso, isso não faz a mínima diferença pra mim. Todas as vezes, é com você que quero estar sua ciumenta.

- Quando eu... Fiquei com o Léo eu também pensei em você. – Ela falou bem calmamente, depois ainda começou a beijar meu pescoço e eu quase morri.

- O que? 

- Léo, o cara da praia.

- Liz, não fala isso pra mim... – Disse passando a mão no rosto e afastando ela. – Você não dormiu com ele né? – Ela assentiu e eu senti meu sangue ferver, suei frio. - Eu sou possessivo com você e você me fala uma coisa dessas. Se eu visse esse menino agora eu afogava ele no mar.

Fechei os olhos e logo ouvi sua gargalhada. Assim que percebi a dela, puxei seu cabelo com delicadeza e me aproximei dela.

- Você não mentiu pra mim né?

- Queria que fosse verdade?

- Não fica nem vermelha de me por louco assim...

- Eu gosto, de te ver com ciúmes.

- Mas eu não gosto nem um pouco de sentir. – Beijei ela novamente. 

Depois, Liz me olhou no fundo dos olhos.

- Nem eu, me entende agora? 

- Eu tenho uma proposta pra você: Se me aceitar de volta, eu compro uma casa aqui. Venho todas as vezes que conseguir e a gente se encontra. Renova-se e continua lutando. Um ano passa rápido Liz. O que acha? 

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