Liz POV.
Deixar minha casa foi muito difícil, mas Luan esteve ao meu lado o tempo todo. Me despedi com o olhar, do cheiro e da aparência, mas não das lembranças. Eu amava meus pais, mas se tem uma coisa que aprendi com a experiência da repressão, é que um pássaro preso em uma gaiola, canta triste. Não era isso que eu queria pra mim.
A viagem até São Paulo foi silenciosa. Luan respeitou meu momento é esteve ao meu lado o tempo todo segurando minha mão.
- Estou feliz por você estar aqui. - Disse beijando minha mão pouco antes de pousamos e depois pegou meu rosto com as mãos. - Eu te prometo minha princesa, minha neném, vou te fazer muito feliz.
À chegada foi tranquila. Luan levou minhas malas e eu ajudei com algumas coisas até seu carro. Os pilotos foram simpáticos, mas bem discretos.
- Eles…
- Não vão dizer uma palavra. - Luan disse colocando as coisas até o seu maior carro. - Que bom que vim com esse, é discreto e grande. - Sorriu.
- E o Roberval?
- Não estou muito bem com ele.
- Ele não concorda. - Afirmei.
- Não. - Ele mordeu a boca num sinal de que não queria muito falar sobre o assunto. - Mas a gente não precisa dele, e de ninguém. Marquinho vem sempre pra cá, vou te apresentar ele, e se algo acontecer, ele vai ajudar. Mas ainda sim, somos só nós dois.
- A gente vai ficar bem. - Sorri pra ele entrando no carro ao seu lado e ele me deu um selinho.
- Deixa toda a tristeza pra tras por favor. - Ele pediu.
- Deixo. - Sorri. - A gente vai ser feliz não vai?
- Vamos, eu prometo.
Ele dirigiu pelo caminho até o hotel que já tinha sido selecionado previamente perto do colégio. Tocando música no rádio, fazia graça nos semáforos, fingindo que tocava uma guitarra como os músicos de rock do rádio. Eu ria de verdade, me divertindo com o meu menino brincalhão. Ele cantava a música perfeitamente e eu só admirava sorrindo.
- Eu sempre quis ir num show desses caras! - Disse erguendo a música. - Você vai comigo?
- Vou! - Ri.
- Na nossa lua-de-mel! - Ele falou rindo. - Vai ser a melhor lua-de-mel, imagina só!
- Não sei ainda se quero casar com você, vou pensar. - Disse fazendo graça.
- Mas casa nem se eu te forçar neném! - Disse pasmo. - Quero ver fugir de mim. O nosso quarto de hotel vai pegar fogo! - Riu malicioso.
- Nossa Luan… - Disse envergonha.
- Vai dizer que é mentira? - Ele riu. - A gente se vendo de vez em nunca pegava fogo imagina juntos sempre amor… Não vai ter pra ninguém.
Ele conseguiu me distrair com a sua conversa bem descontraída até chegar no hotel. Entrou direito pela garagem e subimos com as coisas pra um quarto que ele já tinha a chave.
- Vim hoje de manhã, já falei com o gerente, e está tudo certo. Estamos seguros aqui. - Ele disse abrindo a porta e dando origem a um quarto enorme.
- É lindo aqui.
- Eu também achei. - Ele disse colocando as coisas sobre a cama e me mostrou o quarto. - É um bairro seguro, seu colégio fica ali na esquina, tá vendo? - Apontou na janela. - Vamos lá amanhã. E meu escritório fica umas cinco quadras daqui.
- Isso é bom. - Sorri pra ele.
- É ótimo. - Ele me puxou pra si e nos beijamos com carinho. - Vai ter que me aguentar o dia todo aqui.
- E como vai ser?
- Por enquanto como te expliquei. - Ele colocou meu cabelo por de trás da orelha. - Eu venho nas folgas.
Ele foi até sua carteira e tirou dela um chip de telefone.
- Aqui. - Me deu. - Assim que a gente estiver com tudo certo, a casa montada, você liga pra eles. Já falei com um advogado e eles não podem te tirar aqui.
- E a polícia?
- Também não. - Sorriu. - Não tem nada ilegal contra nós dois.
- Melhor assim. - Sorri.
- Muito. - Ele suspirou. - Preciso ir no escritório, depois passar na casa dos meus pais, e tenho que ir pra casa hoje. Me desculpa, você vai ficar bem?
- Vou. - Disse com um pouco de pânico.
- Não precisa ficar com medo, está tudo bem, vai dar tudo certo. - Ele me abraçou. - Estou bem triste por não estar aqui com você.
- É a minha primeira noite Luan… - Abracei ele forte.
- Sinto muito pequena, eu vou resolver isso. - Ele pegou meu rosto. - Não posso ficar mesmo, se não eu ficaria. Vou dar um jeito que acabar com isso da maneira certa e você ser descoberta só vai dificultar as coisas. Eu sei que está com medo, mas pode me ligar pra qualquer coisa. Amanhã depois do almoço estou aqui e vamos ver sobre a casa. Na quarta-feira Marquinhos está aqui e vai com você ao shopping comprar tudo que você vai precisar na escola e pra você mesmo. E aos poucos nossa vida se ajeita e vai ficar mais fácil pra mim, vou poder ficar mais aqui com você.
- Tudo bem. - Sorri forçado. - Só me deu um desespero mas vai ficar tudo bem.
- É claro que vai. - Ele me abraçou forte. - Estamos juntos agora.
A noite foi solitária e meu dramática. Senti falta dos meus pais, e medo por mim e Luan, medo de ficar sozinha. Demorei pra adormecer e acordei assustada com um vulto no quarto escuro.
- Sou eu pequena… - Ele disse assim que me viu sentada.
- Você me assustou.
- Desculpa. - Entrou em baixo dos lençóis de cueca. - Eu acordei com a Paula saindo pra trabalhar, e decidi vir agora. - Ele me abraçou e se aconchegou.
- Que horas são? - Perguntei perdida.
- Nem 08h00 ainda. Senti falta do seu cheiro. Vamos dormir coladinhos?
- Vou dormir melhor agora. - Sorri já de olhos fechados e sentido alguns beijos no meu rosto.
- Eu vou dormir literalmente com um anjo. - Ele disse antes de apagar junto comigo.
Eu realmente dormi melhor com ele ali. Fomos levantar no início da tarde e quando abri os olhos ele me olhava com delicadeza e sorrindo.
- Bom dia! - Sussurrou no meu ouvido.
- Bom dia meu amor. - Disse sorrindo.
- Acabei de pedir nosso almoço. Levanta preguiçosa…
- Olha quem fala… - Ri. - Saiu da sua casa pra vir dormir aqui.
- É que eu te amo e falo na sua cara… - Ele cantarolou e rimos.
Fui levantando devagar e depois de ir ao banheiro escovar os dentes eu voltei pra comer já. Conversamos sobre muitas coisas, naturais. Era como se fosse um casal normal enquanto Luan contava de um problema que teve com um notícia pela noite.
- Está tudo bem agora? - Perguntei preocupada.
- Tudo sobre controle. - Ele sorriu. - Mais tarde eu vou chamar o corretor. Mas não aqui, vamos lá eu acho. - Ele pensou. - Ele disse que tem alguns lugares pra nós, aqui pertinho menos, pode vir a pé pro colégio.
Assim que ele terminou de comer pegou o celular e ficou ali. Fui tomar um banho e sai ele já tinha resolvido tudo. Primeiro iríamos a escola e depois ver a casa.
Saímos de carro e paramos logo em frente ao colégio. Era de esquina, pegava grande parte da quadra, é bem bonito também.
- Legal né? - Ele perguntou.
- Muito. - Olhei. - Diferente.
- Não tem muita cara de colégio.
Entramos separados, sem dar as mãos. Luan achou melhor dizer que era uma amiga, sem me expor. Ou algo do tipo. Fomos recebidos pela diretora que já estava me esperando e então eles me apresentaram a escola. Era bem grande, diferente, e parecia que seria legal estudar ali. Depois assinei os papéis e tudo mais.
- E seus pais? - Ela perguntou e eu fiquei meio nervosa. Senti Luan pegar minha mão por debaixo da mesa.
- Eles moram no Rio. - Disse tentando parecer natural. - Sou emancipada. - Peguei o papel e lhe estendi.
- Mesmo assim preciso de alguém que se responsabilize por você aqui.
- Eu vou. - Luan disse. - Vou assinar tudo como responsável. Ela é amiga da família faz muitos anos e agora que veio pra cá seus pais pediram pra minha família cuidar de tudo.
- Bom, tudo bem então.
- Mas queria pedir pra isso ficar bem discreto. - Ele pediu. - Eu não quero ela exposta por minha causa, e ninguém precisa saber que é emancipada.
- Claro Luan, vamos cuidar disso com o maior sigilo.
Ele conversou com ela sobre a conta que seria debitada a mensalidade e resolveram algumas coisas. Eu estranhei, já que sabia que seu pai cuidava das coisas do banco e poderia saber, mas não questionei. Não demoramos ali e logo estamos indo encontrar o corretor.
- Seu pai pode descobrir pelo banco. - Disse pensativa.
- Não vai, fica tranquila. - Ele beijou minha mão no sinal e deixou as suas sobre minha coxa esquerda. - Eu tenho uma outra conta desde que nos conhecemos.
- Não preciso me preocupar?
- Não meu anjo. - Ele sorriu. - Estou nervoso pra conhecer nossa casinha. - Ele sorriu.
- Você nem imagina como eu também estou. - Sorri acariciando o cabelo dele.
Estava bem ansiosa quando enfim chegamos ao local que Luan marcou. Eu ia escolher a casa onde nós dois seriamos muito felizes.
Posto depois de 12 comentários. ♥
Me deixem fanfics pra mim colocar ali do lado...
Me deixem fanfics pra mim colocar ali do lado...
Ai que amooooor esses dois juntos, quero pra sempre assim, pode ser? To apaixonada, muito!! Isa
ResponderExcluirQueria mais acontecimentos no capítulo e q vc voltasse a responder os comentários
ResponderExcluirJuuuuuuu, tô é morta. Sinto que Luan vai fazer alguma burrada ou Paula/Amarildo/alguém vai descobrir e atrapalhar o casal. Não judia da gente não...beijo
ResponderExcluirAnna
Olha, você está arrasando, de verdade!! Siga nessa linha, que você vai longe!!
ResponderExcluirJá que pediu fics, tem a minha hahahahah http://fanficasnossasdiferencas.blogspot.com.br/
Nega eu faço essa fanfic http://kimtonaco.blogspot.com.br/?m=1
ResponderExcluirde uma olhada e fala se gostar, bjs, estou amando a sua
Tô amandoooooooo, queria mais um capítulo hoje ������
ResponderExcluirO que fazer quando cadê vez mais eu me apaixono por esse casal <3 por favor não faça a naja da Paula ficar grávida não
ResponderExcluirEsse casal é demais. Espero que o Luan consiga se livrar logo da Paula. Nao vejo a hora deles dois ficarem juntos realmente. Sem Paula ou ngm da família no meio de metendo. Affs! Bjos!
ResponderExcluirQue lindoooooo contt muie
ResponderExcluireu queria um cap narrado pelo pais dela pelo menos um pedaço pra ver como eles reagiram e o q ta escrito na carta q ela deixou se puder corresponder ao meu pedido ficarei imensamente agradecida e ah q lindo estes dois cont
ResponderExcluircátia