38º - Se aventurando por São Paulo...

- Ah, oi! - Ele me deu um beijo no rosto. - Eu esqueci que você ainda não me conhece, te assustei? 

- Um pouco… - Sorri. 

- Sou o Marquinhos, amigo do Luan. 

- Ah, oi, entra! - Ri abrindo a porta. - Eu me esqueci meu Deus, que você vinha aqui, nem estou pronta. - Fechei a porta. - Luan não me lembrou. 

- É então, eu imaginei. 

- Ele estava aqui ontem à noite, mas eu peguei no sono e acho que ele foi embora. Eu achei que ele fosse te trazer. - Falei envergonhada. 

- Ele foi me buscar no aeroporto, dormi na casa dele, ele ia realmente me trazer, mas hoje cedo ele teve um problema. 

- Problema? - Me assustei. 

- Sim. - Ele deu de ombros. - A Paula. Ele te disse que a mãe dela estava doente? - Assenti. - Então, ela passou mal de novo, piorou muito e ele teve que ir às pressas com ela pra Campo Grande. 

- Mas ela vai ficar bem? - Perguntei preocupada. 

- Acho que sim. - Ele falou com tristeza. - Ele ia te ligar, mas o celular estava desligado, então tive que vir direto. 

- Ah, não tem problema. Eu nem sei onde está meu celular. Sai com ele ontem, e nem lembrei já que só ele que tem o numero mesmo. - Procurei e o encontrei na bolsa, colocando pra carregar. - Só espera eu tomar um banho? - Ele afirmou. - Luan vai me matar, olha como eu abri a porta, que vergonha… 

- Prometo que não conto pra ele. - Ele disse. 

- Obrigado. - Ri. - Tomou café? 

- Já, mas espero você. Fica tranquila.

- Não, não sou muito de comer pela manhã. Espera aqui um pouco.

Sai correndo pro banheiro envergonhada e tomei um banho rápido, dei um jeito no cabelo e coloquei um vestido é uma sapatilha. Me maquiei levemente e sai já pronta. 

- Demorei? 

- Não, me distrai no celular. - Ele levantou. - Luan mandou uma mensagem. Disse que Carmen está melhor, mas não sabe ainda se volta hoje ou amanhã. 

- Bom, pelo menos ela está bem. - Disse pegando a bolsa. - Vamos? 

- Vamos! - Ele riu se levantando. 

Marquinhos me guiou até a garagem e lá estava o carro branco de Luan.

- Esse é o carro discreto do Luan. - Ele riu. - Já conhece?

- Já, ele foi com ele no aeroporto quando foi me buscar. - Ri. 

- Olha, vamos se aventurar hoje. Vou te levar pra conhecer SP. - Ele disse assumindo a direção. 

- Não queria te atrapalhar, sério! 

- Não, que isso… Não atrapalha, e alguém tem que te tirar desse hotel né? - Rimos. - Não sou a melhor pessoa pra isso, não moro aqui, mas conheço algumas coisas, sei dirigir e tenho o GPS do Luan. - Ele apontou pro aparelho e rimos. - Vamos se aventurar juntos. 

- Vou adorar! - Ri. - Se aventurando por São Paulo, fantástico! 

Primeiro o GPS nos levou até uma livraria no centro. Compramos tudo que estava na lista, menos os livros que Luan encomendou quando foi fazer a matrícula na escola mesmo. Era quase meio dia quando acabamos e colocamos tudo no porta malas. Decidimos então comer no shopping e aproveitar pra comprar algumas coisas pra casa e Luan mandou ele me levar pra comprar o resto das coisas que eu havia deixado no Rio de Janeiro. 

- Luan tem bom gosto. - Ele comentou depois que fizemos o pedido em um restaurante num shopping perto do hotel. 

- Ah… - Fiquei sem graça. 

- Não fica com vergonha. - Ele riu. - Você é delicada, menina demais. É muito legal, gostei de você. De verdade. - Ele riu. - E olha, eu gosto da Paula hein… - Rimos. 

- Er… Obrigado? - Ri. 

- Entendo por que ele gostou de você. 

- Também gostei de você. - Falei. - Não vai trocar de lado né? Igual o Rober. - Fiz careta e ele gargalhou.

- Não. - Ele riu. - Luan é meu amigo a muitos anos, sei que o que estão fazendo não é bem certo, mas quero que ele seja feliz ué… É o amor. 

- Obrigado pelo apoio. - Sorri. - É o único. 

- Isso vai passar, e depois que não tiver mais o casamento entre vocês, vão gostar de você também. Nem tem como não gostar com essa delicadeza toda. - Ele me olhou analisando. - Sabe de uma coisa? Quando ele me falou que era novinha, eu achei que você devia ser bem criança, mas é bem madura pra sua idade, e isso que você fez por ele, mostra isso. E você lida bem com a ideia dele ser casado também, acho que se fosse eu nessa situação, não lidaria bem. 

- Acho que tenho vocação pra amante. - Rimos. - Brincadeiras à parte, eu não lidei bem no começo, ele deve de falado. - Ele afirmou. - Mas eu não quero perder ele. Eu amo seu amigo, e sei também que ele casou por mim, apesar de ser uma ideia bem idiota. - Ri. 

- Eu disse pra ele.

Nossa comida chegou e paramos por um tempo. 

- Você acha que ele vai mesmo fazer isso? - Perguntei enquanto comíamos.

- Isso o que?

- Enfrentar todo mundo, por mim. Se separar e assumir pra família dele isso que estamos fazendo. 

Ele terminou de comer e ficou me olhando por alguns segundos. 

- Sinceramente? Não consigo imaginar. - Meu coração parou. - Mas também não conseguia imaginar ele trazendo uma garota como você do Rio e fazendo por ela o que está fazendo por você. Ele nunca faria isso antes de te conhecer, acho que você mudou ele. Então, acredito que sim. - Ele sorriu.

- Eu também acredito. - Sorri. - Estou aliviada de ouvir isso. 

- Ele te ama, apenas isso. 

- Estou feliz de ouvir isso. 

- Agora vamos comer por que estou ansioso pra escolher a decoração do  meu quarto de visitas. 

- Quarto de visitas? 

- É, o Luan disse que eu vou dormir lá quando vir pra SP agora. Pra você não ficar mais sozinha. - Ele revirou os olhos. - Ele mima você demais. 

- Está com ciúmes? - Brinquei. 

- Estou, antes era só eu que era o amor dele. 

Comemos rindo e depois fomos até algumas lojas ali mesmo. Nós passamos por um casal é uma decoradora da loja ajudou desenhando em cima da planta do apartamento. Escolhemos muitas coisas e passamos boa parte da tarde ali, mas adiantou bem o processo. Marquinhos escolheu tudo do quarto de visitas e eu ri muito o dia todo. Estendemos a noite, quase morrendo de cansados por insistência dele. Entramos numa loja de roupas e eu escolhi algumas coisas. Fui experimentar e ele ficou do lado de fora, esperando. Sai com algumas e ele dizia se estava bom ou não e eu ria das vendedoras achando que ele era meu namorado já que ele fingia bem. 

- E esse? - Sai com um vestido. 

- Lind… Não, feio. 

- Por que? 

- Por que se você levar isso seu namorado me pica… 

- Por que? - Perguntei rindo. 

- Está curto. Ele foi bem claro: “Se você deixar ela comprar roupa curta eu te mato boi.”

- Você ainda dá atenção. - Ri voltando e colocando minha roupa. - Vou levar. - Disse pra vendedora e ele ergueu as mãos. 

- É só eu falar que não vi né? 

- Sim. - Ri.

Ele logo foi me deixar em casa depois de jantar, era quase noite e estava acabada.

- Muito  obrigado pela noite. E pelo apoio. Eu adorei sua companhia. - Disse. 

- Só faz o Luan feliz. - Ele riu. - Que gay, mas a gente é bem amigo.

- Eu sei. - Disse e ri. 

- E quando a casa de vocês estiver pronta, eu vou me hospedar lá, lembra? 

- Ah claro. - Ri. 

- Boa sorte de verdade com tudo isso. 

- Obrigado! - Dei um beijo no rosto dele e sai, indo direto pro meu quarto e depois de tomar banho, desmaiei sem uma notícia sequer do Luan.

Posto depois de 12 comentários. ♥ 

Amores, vocês pedem pra mim postar mais coisas no capitulo, mas eu não quero que vá rápido demais. Querem que eu poste mesmo assim? Odeio quando as fanfics que estou lendo vão rápido demais...