quinta-feira, 5 de novembro de 2015

24º - Esses filhinhos de papai...

Dois meses depois...

Luan POV.

- Sua mala já está certinha meu amor. – Disse Paula entrando no quarto enquanto eu colocava a camiseta pólo.
- Muito obrigado querida. – Disse quando ela me abraçou pelas costas, me virou em seguida e ajeitou a cola da camiseta.
Paula iniciou um beijo de despedida bem intenso.
A gente agora se dava melhor. Eu não a amava, mas quando eu consegui aceitar o que tinha acontecido eu passei a ver que seria mais fácil se eu soubesse conviver com ela. Dava-lhe carinho, cuidava bem dela, e ela, me amava completamente, cuidava de mim com carinho e estava sempre ao meu lado. Claro que as coisas foram seguindo um progresso, o gelo entre a gente, imposto por mim, foi quebrando aos poucos, com força de vontade de fazer algo por ela, já que eu gostava dela e não queria magoá-la. Paula me dava apoio nos momentos difíceis e me ajudava com a carência. Pela primeira vez, mesmo querendo que isso não fosse necessário, eu vi que poderia dar certo. 
Logo que entrei no carro e ela me deixou no aeroporto, depois de atender as meninas, voamos pro Rio. 
Logo pro Rio.
Era a primeira vez que eu voltava lá depois de estar com Liz no dia da despedida. Paula de inicio pediu pra voltar, mas teve um compromisso de ultima hora com as consultas do escritório e não conseguiu. Meu coração estava apertado, não sabia como ia reagir ali novamente. Estava com saudades da minha menina, sentia sua falta, mas eu não podia ir atrás dela depois de ter negado sua proposta. Ela também tinha o direito de ser feliz. Eu queria muito que ela fosse, apesar de não suportar a falta de noticias. Até preferia por esse motivo que Paula estivesse comigo. 
Assim que entrei no avião cumprimentei meio sem graça o Roberval. Depois que ele voltou de licença, veio falar comigo e pedir mil desculpas, mas eu já tinha decidido enterrar tudo e mandei-o esquecer. Claro que isso não mudou muita coisa já que nossa relação ficou meio estranha em seguida, mas eu já tinha acertado ele com um soco depois de saber o que ele tinha feito e antes da licença, então tudo certo. Aos pouco eu esperava que tudo fosse voltar ao normal. 
Alugamos um carro pra conseguir entrar no hotel assim que chegamos e então fomos direto pro show numa cidade vizinha ao Rio. Lotado como sempre, me fez muito bem, e realmente, Roberval tinha razão, aquele era meu lugar. Os palcos me distraíram muito da tensão que era aquele lugar, mas me peguei olhando pros lado em busca do seu rosto no meio da multidão. 
Depois do show, a medida que voltava pro Rio, sentia o coração bater forte, esmagar o peito. Fiquei o caminho todo em silencio, me sentindo estranho e só piorou quando chegamos o hotel, o mesmo que eu e Liz sempre nos encontrávamos. Tomei um banho com as lembranças vindo à tona. Aquele quarto era igual aos que nos vimos tantas vezes, e eu podia a ver nua dentro da banheira, jogada na cama rindo de alguma coisa, ou até podia sentir o nosso cheiro no ar. 
Foi difícil dormir, mas eu consegui logo amanhecendo. Ainda era sexta-feira, e havia mais três show do fim de semana, eu precisa descansar, mas não consegui muito. Acordei quase perto do almoço, assustado, angustiado, com o coração apertado. Eu precisava ver seu rosto, olhar pra ela, apenas. 
- Meu Deus, eu não posso... – Fechei os olhos e passei as mãos pelo rosto. 
Meu coração batia rápido, nervoso e num ato de coragem levantei com tudo. Procurei uma roupa pelo meu quarto e me arrumei rápido, colocando uma touca mesmo. Disquei o quarto do motorista e pedi pra ele me encontrar lá na garagem. Assim que cheguei já encontrei ele na frente do carro.
- Não vai chamar o Well pra sair? – Ele perguntou.
- Não, eu vou sozinho. – Peguei a chave do carro. – Não fala pra ninguém que eu sai, só se sentirem minha falta. 
Ele afirmou e eu já entrei no carro dando partida. Sabia bem o caminho e estava na hora da saída de Liz, se não pegasse transito, conseguiria chegar em cima da hora. 
Dirigi um pouco apressado e assim que cheguei, procurei ela, mas não encontrei. Nenhum de seus amigos. Um desespero tomou conta de mim, eu não tinha ido até ali pra dar de cara com nada. Avancei um pouco na rua e avistei ela andando um pouco mais a frente, no sentido oposto a sua casa. Respirei aliviado, mas curioso ao mesmo tempo.
Ela caminhava ao lado de um menino, devia ter sua idade, mas não vi o rosto. Acompanhei devagar com o carro e decidi ver onde eles iam e quem era que estava com ela. Meu coração batia forte só de imaginar que ela pudesse estar com ele. 
Eles caminharam alguns quarteirões até a praia e então pararam perto de um local que tinha um bar, num lugar bem turístico, mas no almoço de sexta-feira estava vazio. Estacionei o carro num lugar próprio pra isso, um pouco antes deles e parei olhando de longe e rezando pra não ter nenhuma prova que não queria. O rapaz se virou e foi até o bar, não reconheci como sendo um de seus dois amigos. Ela pegou um lugar na praia e tirando a blusa do uniforme, aquela mesma que eu sempre dizia que ela ficava linda, revelou um biquíni lindo, que deixava ela ainda mais gostosa e eu adorei, se ela não tivesse com outro, claro. Comecei a soar frio já, e vi o rapaz voltar com um prato com algum tipo de porção e se sentar na toalha que ela tirou da bolsa. Eles comeram rindo e meu sangue ferveu quando ele brincou com ela, passando a mão sobre sua coxa e depois deu a comida em sua boca. Por um segundo achei que sairia do carro e puxaria ela pelos cabelos, mas eu respirei fundo e travei. Minha ficha começou a cair e comecei a sentir o coração doer. Não sabia se ficava pra confirmar, por que aquilo tinha que ser coisa da minha cabeça, ou então se ia embora pra não ver o desfecho. Minha mente começou a pensar rápido e entrou em pane, então fiquei parado tentando digerir tudo aquilo. Ela era minha, não podia fazer isso... 
De repente, eles estavam se beijando. Eu fiquei tão transtornado de ver aquela cena que não sabia o que fazer e numa atitude desesperada, sai do carro em direção a eles, mas a minha sorte foi que uma menina cruzou a minha frente e me pediu uma foto, me fazendo voltar à razão. Assim que atendi a menina, eu voltei correndo pro carro me segurando muito pra manter uma direção. Eu só pensei em sair dali, então entrei no carro e sai cantando pneus.

Liz POV.

Assustei-me muito com o carro e virei, empurrando um pouco Leonardo. Quando olhei pra dentro do veiculo conseguia jurar que vi Luan, mas ele já tinha saído cantando pneus e logo estava fora de vista.
- Olha o carro do cara... – Olhei pra ele meio perdida.
- O que?
- Esses filhinhos de papai, com carro importado, se acham mesmo, pra sair com o carro cantando pneus.
Por um segundo eu consegui jurar que era ele, e ele tinha visto. Meu coração bateu mais forte de imaginar ele tão perto novamente, mas apertou de achar que se fosse ele, eu viu eu com Leonardo. Eu tinha certeza que era, e eu podia sentir. 
- Não fala assim, você nem conhece ele.
- Você conhece? – Ele se aproximou rindo e ia me beijar novamente, mas eu me esquivei nervosa. 
- Não.
- Esquece o cara lá e me dá outro beijo vai...
- Eu vou dar um mergulho. – Disse me levantando e indo em direção ao mar.
Comecei a ficar com Léo fazia umas duas semanas. Ao mesmo tempo que era bom ficar com alguém e tentar seguir em frente, eu ainda me sentia estranha com outra pessoa. E também, meu pai me viu com Léo uma vez e quase que pagou um dote pra ele se casar comigo logo. Estava fora dos castigos também, e isso fazia toda diferença na minha vida.
Leonardo era legal, mas algumas coisas nele me irritavam, muito moleque, babaca até, o que confesso que não me deixava deixar de comparar ele com Luan, que já era homem e não tinhas essas coisas. Luan tinha maturidade, sabia como cuidar de mim e pra ser bem sincera, eu amava me sentir nas mãos dele. 
Assim que entrei no mar, tentei me acalmar e deixar as ondas levarem minha tensão. Eu estava ficando louca, vendo ele em todos os lugares. Mas sabia também que Luan estava no Rio e isso estava me deixando nervosa e ansiosa.

Vou surpreender vocês, aguardem vai...
Posto depois de 15 comentários. ♥ 

16 comentários:

  1. Aiiii já quero o reencontro dos dois e, com direito a muito amor envolvido hein.
    Beijos!!

    Nayara

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  2. Ok. Aguardarei
    Haha
    Nem que seja pra um dos dois ficar doente, ela grávida, sei la, mas quero ele a juntos :(
    Não da pra postar dois capítulos por dia? Só até eles voltarem, É agonizante ter que esperar kkkkk

    Tô achando que nessa ida do Luan pro Rio eles se encontram, amém.

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  3. Eles vão se encontrar??????
    #curiosa

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  4. Eles vão se encontrar??????
    #curiosa

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  5. Sou mt agitada, quero q alguma coisa aconteça logo, n fica enrolando mt rs

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  6. caralhooooo continuem to morta

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  7. Continua mulher. E pula pra parte que ele se separa da Paula e fica com Liz

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  8. Já quero o próximo capítulo hahahahaha só acho que um capítulo é muito pouco pra minha curiosidade, podia ter dois caps um dia sim e outro não né hahahaha vai diz que sim diz que sim siiiiiiiiiim? Hahahaha tô amando quero o reencontro deles

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  9. Tadinho do Luan, fiquei com dó. Msm q a culpa de td tenho sido dele, dele entre aspas neh? Pq a culpa foi do fdp do pai da Liz.
    Pelo visto ela tbm seguiu em frente neh? Mas o amor deles vai superar isso tudo. #anciosa #curiosa
    Lua, tem grupo da fic no whats?

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  10. Tadinho do Lu :/ esperando ansiosamente o encontro dos dois ����
    *Rayane Silva

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  11. Merecem um reencontro . os dois seguindo a vida . dois meses ae passaram e putz , eles merecem um reencontro muito foda , com direito a flashback e tudo não gosto de traição mas nesse caso abro uma exceção pro meu casal matar a saudades que sentem um do outro .*Laís

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  12. Sou coração mole e fiquei com muita dó do Luan ������ tadinho!
    Esperando você surpreender! Hahahaha

    Júlia ❤️

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  13. Ameiii!! Acho ótimo Luan vê isso. Quero mais!

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