quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

90º - Chegada do amor.

Luan POV.

Alguns dias antes de completar 9 meses, Liz acordou com muita dor. Eu fiquei a principio, confuso, e agradecido por estar ali com ela. Primeira coisa que fiz foi dar remédios, mas diante do desespero dela eu me assustei. 
- Luan… - Ela me chamou enquanto eu tentava ligar pra minha mãe.
- Oi. - Me aproximei ainda com o telefone no ouvido, chamando eternamente.
- Acho que são contrações. - Disse baixinho.
- Não está na hora ainda amor. - Disse. - Falta quase um mês, não tem jeito de ser isso mesmo.
- E se for? - Ela pediu fazendo cara de dor. - Me leva pro hospital.
- Não precisa se desesperar neném. - Eu disse calmo, pelo menos por fora, e dei um beijo nela.
Corri pro closet e coloquei uma roupa melhor, desesperado. Desisti do telefone peguei um vestido pra ela também, e fui pro quarto.
- Vamos pro hospital. - Disse. - Se acalma. - Ajudei ela se vestir. - O que tiver que ser, vai ser.
- Não quero perder. - Seus olhos estavam molhados.
- E não vai. - Passei a mão pelo seu rosto. - Bella já esta pronta. Se acontecer algo, vai ser ela nascer no ultimo mês antes das ferias de inverno do colégio, em vez de nas ferias mesmo. - Sorri rindo e ela me acompanhou. - Você vai ter que rezar pra ela não ficar de recuperação, por que se não a gente não vai poder ir viajar pra comemorar. - Ela gargalhou e eu dei a mão. - Vamos.
- Pega as minhas coisas.
- Vou pegar, depois que deixar você no carro. 
Assim que fechei a porta do carro com a ajuda do porteiro, que ficou lá com ela pra mim, voltei pro elevador e me permiti se desesperar. Perto dela não, mas ali eu podia. Me segurei pra não chorar e tentei ligar novamente pra minha mãe enquanto pegava as bolsas. Era madrugada de uma quarta-feira, dia 15 de junho, e com certeza Dra. Camili estava de plantão, o que eu respirei aliviado depois de checar. Ela havia me passado seu cronograma. Desci rápido com a bolsas depois de fechar a casa e dirigi com ela com dor até o hospital que estava marcado já. Pedi pra Liz ligar pra medica no caminho e ela disse que estava preparada já, tentando acalmar minha pequena.
- Ela falou que vai ficar tudo bem.
- Mas é claro que vai! - Disse parando no semáforo. - Aguenta firme amor. - Passei a mão por seu rosto. - Está acabando já.
Assim que cheguei no estacionamento, avistei Camili com uma cadeira de rodas. Ela veio até o carro e ajudei Liz a se sentar. 
- O que você está sentindo? - Ela perguntou.
Liz foi explicando enquanto elas conversam e eu não entendia muita coisa. 
- Vamos entrar, vem Luan. - Ela me chamou e eu foi levando a cadeira pelo hospital até uma das salas. 
Duas enfermeiras entraram e eu fiquei quietinho na minha fingindo que não estava ali pra não atrapalhar elas. Liz subiu na maca e depois de fazerem alguns exames de analise no corpo dela, Camili começou a dizer pra prepararem uma cesária. É claro que eu me assustei, não era esse combinado.
- Calma. - Ela veio até mim. - Não precisa me olhar assim. Está tudo bem. Vai nascer.
- Mas não está na hora.
- Ela quer agora, é impaciente. - Disse e sorriu, me passando segurança.
- E por que não pode ser parto normal? - Liz perguntou sentindo cada vez mais dor. 
- Por que você não tem dilatação e está em trabalho de parto, cada vez mais contrações, pode ser perigoso esperar. - Ela segurou a mão de Liz. - Cesaria não é o fim do mundo, é uma seguraça pra vocês agora. Você é magra Liz, toda pequena, é o melhor no momento. Podemos ter algum problema se esperar.
- Então tudo bem, não é? - Falei e minha pequena me olhou. - Vai dar tudo certo. - Ela só afirmou e em seguinda deu um grito de dor que me assustou.
- E você, se quiser assistir, tenta respirar. Um enfermeiro vai vir te buscar. Vi pegar as coisas delas no carro. 
Dei um beijo na testa dela e sai correndo pro estacionamento, tornando a tentar falar com casa, mas não consegui. Peguei as bolsas e voltei pro mesmo lugar, depois de ser parado pra fazer um ficha na recepção quase vazia. Era a parte da maternidade, haviam só alguns pais impacientes. Ao voltar pro quarto, encontrei um homem, ele pegou as bolsas e me levou até uma sala, onde tive que colocar uma roupa diferente e me mandou esperar ali. Fiquei só com o celular na mão pra filmar ou tirar fotos, o que eu conseguisse. Tremia todinho de nervoso e não cabia em mim. Pensei ter andado tanto no quarto que poderia ir até a China quando uma mulher simpática veio me chamar. 
- Ela tomou anestesia local. - Disse. - Vai te escutar normal. 
- Obrigado. - Sorri. 
- Posso avisar seus familiares.
- Não consegui acordar ninguém ainda. - Disse. Era quase 06h00 da manhã, logo meu pai me retornaria.
Quando cheguei, nem olhei pro resto. Ainda não tinha começado, então eu me abaixei e comecei a falar com ela.
- Você está bem?
- Sim. Não sinto mais dor, confio na Camili.
- Eu sei, eu também. - Me sentei ao lado dela e respirei fundo. - Mê dá sua mão.
Ela me estendeu e sorrindo, fechei os olhos e comecei a fazer uma oração. Pedi a Deus pra cuidar dela e de Bella, proteger minhas meninas e abençoar as mãos de Camili. 
- Amém.
- Amém meu amor. - Ela disse emocionada.
- Não vou sair daqui está bem?
- Você está tão calmo.
- Por fora, somente. - Ela riu. Levei sua mão ao meu coração, que batia muito forte. 
- Você nem faz ideia de como está o meu. - Disse com um sorriso enorme. - Eu te amo tanto.
- Eu também, te amo muito. - Sorri. 
Quando a operação começou, eu não olhei. Nõ tirava os olhos de Liz, que estava toda aflita pra mim, me olhava nervosa, curiosa. 
- Não acaba logo.
- Vai acabar. - Eu disse. 
- Estou com medo, muito medo. - Ela começou a chorar. - E se eu não for boa mãe?
- Você vai ser a melhor mãe desse mundo. 
- Pra você é fácil falar, você com certeza vai ser.
- Ai que besteira. - Ri e ela me acompanhou. - Estou do seu lado, não estou?
- Sim. 
- Então pronto.
- Me sinto melhor, mais segura. 
Não consegui responder e ouvimos o choro preencher toda a sala. Solte uma risada gostosa e ela me acompanhou, já emocionada. Nem me preocupei em ficar ali, já me levantei e olhei nossa menina, linda. Ela era bem grandinha e mal consegui ver o rosto quando levaram ela pra limpar. Só vi a cabecinha. 
- Vão trazer ela, se acalma. - Uma das enfermeiras me disse e eu sentei, sem tirar os olhos do corpo dela numa mesa um segundo. 
- Ela é moreninha. - Sorri pra Liz e ela chorava, limpando as lagrimas que eu já não continha. - Cabelinhos escuros, da cor do meu, e a pele é mais pra sua, morena clara. - Liz era um pouco mais morena que eu.
- Eu te amo. - Ela me disse e eu dei um selinho nela.
- Eu amo muito vocês. 
Fiquei com a testa grudada nela e sorrindo até enfim trazerem minha Bella. E ela era linda. Eu e Liz choramos ainda mais quando vimos. Ela tinha bastante cabelo já, era grandinha, e o rostinho lindo. Não consegui definir com quem se parecia, mas tinha grandes bochechas e os olhos estavam fechados.
Liz pegou ela no colo e sorriu pra mim.
- Ela é linda. - Disse.
- Um princesa. - Sorri. 
Uma enfermeira se ofereceu pra tirar a foto e nós olhamos pra ela. Peguei o celular agradecendo e mostrei pra Liz, que se encantou, mas logo voltou o olhar pra nossa Bella. Nossa linda Bella.

Mais depois de 9 capítulos. Preparados pra maratona?

11 comentários:

  1. Aí que coisa mais lindaaa!!!! Quero o próximo já. Isa

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  2. Mortaaaaaaaaa!!! Preparadíssima
    Anna

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  3. Próximoooo!!!! Socorro ♥

    Júlia

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  4. Ai meu core. Bella eh que nem o pai, oh bixinha impaciente kkkk. Que bom que deu tudo certo. Que a felicidade prevaleça nessa família ♥♡

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  5. Super preparada continuaaa! Não entendi muito esses problemas na gravidez da liz já que tem mulheres que são bem menores e mais magras que adaptam seu corpo para o bebe e ela ter esses problemas! Continuaaaa logo!

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  6. Ai meu Deus continua 😍😍😍😍😍

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  7. Aiw que bom que esta dando tudo certo. Bella nasceu graças a Deus.

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